ANO 210 
​a queda da trindade
Após a reconstrução e a restauração do equilíbrio no Primeiro Universo, alguns anos se passaram e finalmente tudo começava a se encaixar. As raças habitantes de Kindsart desfrutavam de um período de relativa paz e prosperidade. Não havia guerras assolando o mundo, a fome não era uma ameaça constante, e as sociedades haviam evoluído para se tornarem mais organizadas e estáveis. Nesse período, os reinos passaram a ser conhecidos como cidadelas, cada uma delas governada por um líder ou governante. No entanto, nem todas as cidadelas compartilhavam o mesmo grau de privilégio, e as diferenças entre elas podiam ser marcantes. O Primeiro Universo começava a se estabelecer como um lugar onde diversas culturas e civilizações coexistiam, cada uma com suas próprias tradições, governantes e sistemas de governo, dando origem ao mundo que conhecemos hoje.
A destruição causada pela entidade que usou o poder da Trindade da Criação como fonte de energia absoluta teve consequências significativas. As três joias, privadas de sua fonte de energia, acabaram caindo na terra de Kindsart, mais especificamente em diferentes continentes espalhados pelo mundo. No entanto, uma delas caiu no Continente de Varkitan, em uma região conhecida como Pathdashgal. Essa joia em particular, mesmo desativada, ainda mantinha o poder da criação. Cravada no solo, as Linhas de Ley, forças místicas naturais, começaram a interagir com ela. Foi neste momento que a Grande Floresta se tornou o local mais místico, poderoso e vivo de todo o continente. Essa região se encheu de vida e magia, tornando-a um lugar de grande importância e poder, causando assim a inveja das outras regiões que observavam o crescimento absoluto da floresta.
A conexão especial dos elfos com a joia e a Grande Floresta os encheu de habilidades únicas e uma profunda afinidade com a magia da criação. Essa conexão fortaleceu significativamente a posição dos elfos em relação às outras raças de Varkitan, tornando-os uma raça com poderes especiais e uma influência marcante no continente.
​A crescente soberania dos elfos despertou inveja e ressentimento nas outras raças dominantes da época, como os humanos, anões e animálias. Essas raças começaram a se voltar contra seus antigos aliados da floresta, levando a conflitos e guerras no continente de Varkitan. As guerras que surgiram foram alimentadas pela competição por recursos, território e poder, e a inveja das habilidades e influência dos elfos desencadeou conflitos sangrentos. A harmonia que uma vez existiu entre as raças foi substituída por desconfiança e hostilidade, ameaçando a estabilidade do continente. O futuro de Varkitan e de todo o Primeiro Universo estava mais uma vez em perigo devido a essas guerras e rivalidades causada pelo sentimento do medo.

ANO 230
​grande guerra das raças
A primeira e única guerra das raças teve início devido ao conflito pelo poder contido na Grande Floresta, que os elfos haviam se apropriado devido à sua conexão especial com a joia e à magia da criação. Essa guerra foi longa e durou vinte anos, marcando um período de conflito intenso entre Elfos, Humanos, Anões e Animálias. No comando dos elfos estava Thalirion Drithemion I, o governante mais poderoso e formidável que já existira entre eles. Os elfos, imortais e praticamente invulneráveis, exceto por lâminas especiais capazes de matá-los, eram uma força temível na guerra. Sua imortalidade os tornava formidáveis, mas ainda podiam ser mortos por meios especiais. Essa imortalidade, no entanto, não garantia a cura após a morte causara pelos resquícios de guerra. A guerra entre as raças envolveu estratégias brutais e confrontos sangrentos, com cada lado lutando pelo controle da Grande Floresta e do poder que ela continha. Nesse cenário, as batalhas eram ferozes, e o destino de todas as raças estava em jogo.
Do lado dos Humanos, o líder durante essa guerra era Uther Pendragon, um ancestral de Ronald Pendragon, o mesmo que forjou Midrel muitos éons atrás. Uther desempenhou um papel crucial na liderança dos Humanos durante esse conflito, buscando garantir o controle da Grande Floresta para seu povo. Os Anões, conhecidos por suas habilidades na forja e na produção de armas de guerra, eram liderados pelo grandioso Imperador Bonther Buscapedra. Sua perícia na criação de armas desempenhou um papel fundamental nas batalhas que se desenrolaram durante a guerra. Por fim, do lado das Animálias, estava Zerim Trakghar, uma figura notável e a mãe das criaturas feéricas. Ela liderou as Animálias na guerra, trazendo sua sabedoria e conexão com as criaturas mágicas para a batalha. Essa guerra feroz fez com que as quatro raças se unissem contra os Elfos, resultando em um banho de sangue que moldou as terras de Varkitan durante muitos anos. Cada lado lutou com determinação pelo controle da Grande Floresta e do poder que ela continha, tornando essa guerra um período sombrio e violento na história do continente.
A guerra levou Thalirion a recorrer ao poder da joia para afastar seus inimigos, sem compreender completamente as consequências que isso traria para seu próprio corpo. Esse uso intenso e descontrolado da joia durante a guerra marcou o que seria conhecido como a Primeira Era dos Elfos. Esse período foi caracterizado por uma luta constante pelo controle da Grande Floresta e do poder contido nela, tornando uma época tumultuada e desafiadora para os elfos e todas as raças envolvidas. Quando a guerra finalmente chegou ao fim, as terras de Varkitan estavam devastadas e os recursos eram escassos. A luta prolongada tinha exaurido os recursos e causado danos irreparáveis à paisagem. Isso resultou em uma grande escassez no continente, forçando as raças a explorarem outras regiões em busca de recursos e oportunidades para reconstrução e crescimento. A necessidade de encontrar soluções para a escassez e revitalizar as terras marcava o início de uma nova era para Varkitan e suas raças residentes.

ANO 250 
tratado de paz
Quando a guerra finalmente chegou ao fim, as cinco raças decidiram estabelecer um tratado de paz que trouxe a tão esperada pacificação para o continente e suas cidadelas. Uma das condições desse tratado foi que a joia, antes pertencente apenas aos elfos, agora fosse compartilhada por todas as raças. A joia permaneceu cravada na Grande Floresta, tornando-a um centro de recursos praticamente infinitos para todas as raças. No entanto, os Elfos, como os instigadores da guerra, optaram por se retirar e se esconder na floresta, deixando para aqueles que desejavam o poder e os recursos que lá existiam. Essa decisão permitiu que todas as raças compartilhassem dos recursos da Grande Floresta e vivessem em paz, mesmo que os elfos optassem por se manterem afastados e protegidos. Foi um momento de reconciliação e cooperação entre as raças de Varkitan, marcando o início de uma nova era de relações.
O uso indevido do poder da joia durante a guerra teve consequências graves para Thalirion, despertando uma essência maligna relacionada ao medo dentro de seu corpo. Essa essência começou a dominá-lo gradualmente, transformando-o em um imperador elfo louco e tirano que governava com crueldade sobre seu próprio povo. Enquanto os Elfos sofriam sob o domínio de seu líder enlouquecido, as outras raças de Varkitan viviam em harmonia e prosperidade. Nesse período de relativa paz, novas raças começaram a surgir e o continente testemunhou uma era de crescimento e descoberta. As feridas causadas pela guerra começaram a cicatrizar, e a cooperação entre as raças se fortaleceu. Parecia que um novo mundo de aventuras e possibilidades estava se abrindo, uma era onde a paz e a harmonia prevaleciam, e a memória da Primeira Era dos Elfos servia como um lembrete sombrio dos perigos do poder descontrolado se tornando apenas uma mancha na criação, como diversas outras manchas.
Com a influência maligna que dominava Thalirion e ameaçava a harmonia do mundo, o equilíbrio entre a luz e a sombra estava, de fato, prestes a ser testado mais uma vez. Essa nova ameaça representava um desafio formidável para as raças que habitavam Varkitan e o continente de Kindsart como um todo. O futuro se desenrolaria em meio a aventuras, batalhas e conflitos enquanto todos lutavam para preservar a paz e a coexistência entre as raças, ao mesmo tempo em que enfrentavam as sombras do medo que ameaçavam dominar seu mundo mas, até que isso pudesse de fato acontecer as coisas estavam começando a mudar, e aos poucos as expedições se tornavam a coisa mais poderosa e mais gloriosa que um ser mortal podia obter, os poderes da caçada e é claro a gloria das riquezas infinitas.

ANO 270 
era das expedições
As expedições se iniciam com a presença de Valerius, um pirata que até então nunca tinha feito absolutamente nada de interessante. Valerius, um pirata cuja vida até então carecia de aventuras interessantes, vivia vagando sem rumo e sem nenhuma conexão com eventos importantes. No entanto, um dia, sua vida tomou um rumo inesperado quando ele foi convocado por Thalirion para uma missão que parecia promissora. Naquela época, ninguém do lado de fora da floresta sabia sobre a insanidade do rei elfo, e Valerius aceitou a proposta que parecia simples: ele receberia navios, frotas e recursos marítimos para explorar terras além dos mares conhecidos.
Essa missão marcaria o início de uma jornada cheia de desafios, descobertas e perigos, levando Valerius e sua tripulação a explorar o vasto oceano em busca de algo desconhecido e misterioso. O que eles encontrariam além das águas conhecidas moldaria o destino de todos os envolvidos e poderia desempenhar um papel crucial na luta contra a influência maligna que se espalhava aos poucos pelo mundo.
A busca pela joia misteriosa que Thalirion desejava conduziu Valerius, agora nomeado Corsário dos Elfos, por um caminho perigoso e desafiador. Enquando a caçada avançava além dos mares conhecidos, ele enfrentava ameaças cada vez mais mortais e perdia contato com sua própria mortalidade. Muitos membros de sua tripulação morreram ao longo da jornada, e a sanidade de Valerius foi testada repetidamente. Conforme avançava, Valerius começou a questionar se realmente encontraria a joia que buscava. Ele sabia que essas joias poderiam trazer grande destruição, como já havia acontecido no passado, e tinha a sensação de que Thalirion não tinha intenções benevolentes em mente. A incerteza sobre o verdadeiro propósito de sua busca e o peso da imortalidade começaram a pesar sobre seus ombros, tornando a jornada cada vez mais sombria e misteriosa.
Valerius, consciente do perigo que as joias representavam, tomou uma decisão sábia e cautelosa. Ele escondeu todos os mapas e informações que havia descoberto sobre as três joias espalhadas pelo continente de Varkitan. Ele compreendeu que essas joias, nas mãos erradas, poderiam trazer de volta a escuridão e o caos de uma era antiga. Ao retornar ao continente com suas riquezas e tesouros, Valerius estabeleceu a Marinha Imperial, permitindo que todos que desejassem se aventurar além dos mares o fizessem com segurança e sob a supervisão de sua liderança. Ele também levou consigo para o túmulo qualquer informação sobre as antigas joias, garantindo que seu conhecimento permanecesse oculto e que as joias permanecessem inacessíveis para aqueles que poderiam usá-las de forma prejudicial. Essa ação demonstrou sua determinação em proteger o continente e suas raças de uma ameaça que poderia desencadear as sombras.

ANO 300
primeiro reinado de salomão
Depois de toda essa discussão e legados que foram rompidos, uma coisa boa aconteceu. A criança, Salomão, gerada pela luz da joia que residia na Grande Floresta, era uma figura extraordinária. Ele cresceu com uma inteligência e sabedoria excepcionais, sendo considerado por muitos como um verdadeiro messias ou ser iluminado. Salomão não era apenas notável por sua capacidade intelectual, mas também por sua capacidade de se conectar com divindades e entender as leis que regiam o universo. Sua história começou quando ele foi encontrado por um simples casal de humanos enquanto vagava perdido na floresta. A partir desse momento, Salomão foi criado por esse casal e cresceu em um ambiente que lhe proporcionou conhecimento e compreensão profundas sobre a diversidade do mundo e as leis que governavam a existência. Sua sabedoria e habilidades especiais fizeram dele uma figura única e influente em seu tempo, e sua história se tornaria uma parte importante do mundo.
A jornada de Salomão como pregador de sua palavra e mensageiro de sabedoria o levou a viajar por várias regiões de Midrel. Enquanto ele compartilhava seu conhecimento e ensinamentos, sua reputação cresceu e ele se tornou uma figura respeitada e reverenciada em todo o continente. Para o povo, ele era considerado um messias, um guia espiritual que oferecia sabedoria e orientação. No entanto, para os deuses, Salomão era visto como um sacerdote especial, um ser puro que mantinha uma conexão única com o divino. Sua pureza e sabedoria o elevaram a um status quase divino, e ele foi eventualmente conhecido como o Pai da Sabedoria. Seus ensinamentos e legado deixaram uma marca duradoura em Midrel, moldando a cultura, a espiritualidade e o entendimento do mundo para as gerações futuras. Salomão se tornou uma figura lendária e inspiradora para todos aqueles que buscavam conhecimento.
O governante Salomão, mesmo com seu domínio sobre Midrel e sua sabedoria incomparável, não estava imune às inquietantes visões que o assombravam. À medida que o tempo passava, ele começou a sentir o ressurgimento do medo e da escuridão, como se pudesse vislumbrar um futuro sombrio se desenrolando diante de seus olhos. Essas visões perturbadoras o atormentavam, mostrando um poder que ameaçava consumir tudo e que ele sentia que não seria capaz de enfrentar sozinho. Apesar de sua sabedoria e autoridade, Salomão estava ciente de que o medo era uma força formidável e que sua ascensão poderia desencadear eventos catastróficos. Ele percebeu que, para enfrentar essa ameaça iminente, ele precisaria buscar aliados e tomar medidas decisivas para proteger Midrel e todo o Primeiro Universo. Mas o que ele faria a seguir e como ele enfrentaria essa crescente escuridão eram questões que exigiam respostas urgentes e ações determinadas. O destino do universo estava mais uma vez pendurado em um fio, e Salomão era a última esperança contra o retorno do medo.