No crepúsculo entre os mundos, quando os anjos ainda caminhavam entre os homens e as estrelas tinham nomes conhecidos apenas pelos iniciados, houve um homem que olhou para o alto — e o alto olhou de volta. Seu nome era Enoque, mas nas esferas mais ocultas do saber, ele seria lembrado por outro nome: Anokhael. Diferente dos profetas que pregavam dogmas, Enoque não era um servo. Era um observador. Escolhido não por fé cega, mas por lucidez insuportável, ele atravessou os véus da ignorância humana e viu os segredos que sustentam a criação. Foi levado pelos Vigilantes — entidades estelares que guardavam os pilares do mundo — e lá, entre constelações mortas e espelhos do tempo, aprendeu o que jamais deveria ter sido revelado, ampliando ainda mais o conhecimento e seu poder.
Mas Enoque não esqueceu de onde veio. E sua mente mortal não foi feita para conter as verdades eternas. Ao retornar, mesmo sem corpo, deixou fragmentos de si selados em correntes de escrita, em pedras encantadas, em olhos que brilham à noite. Esses fragmentos formaram o legado conhecido como Anokhael. O herdeiro deste legado carrega o peso de um saber que não pertence aos homens. Ele vê símbolos antigos em gestos comuns, ouve os ecos da Criação nas vozes do vento, e sonha com estruturas que não existem neste mundo. Seus dons não se manifestam como feitiços comuns, mas como distorções da realidade, como anomalias ordenadas por uma lógica superior. Anokhael não é um portador de fé. É um intermediário entre o que é compreensível e o que é inevitável. Alguns o chamam de visionário, outros de apóstata, e outros de charlatão.
história do legado
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O legado de Anokhael nasceu não de pactos, mas de um encaramento brutal da verdade cósmica. Ele foi aquele que andou com os anjos não por fé, mas porque viu o que não deveria ter visto — e foi visto de volta. Os Vigilantes o escolheram porque, entre todos os filhos da terra, era o único cuja mente era fina o suficiente para não se quebrar diante do inominável. Nos salões espelhados das alturas, Enoque aprendeu a linguagem dos astros, o nome secreto de cada constelação, o fluxo de tempo que não passa, os ossos da realidade, os códigos que sustentam o silêncio. E aprendeu também o preço do saber. Pois todo conhecimento é uma oferenda — e o que se entende, também transforma quem entende, amplificando suas capacidades e melhorando a sua força de vontade dentro dos limites gerais.
O que ele viu não pode ser traduzido, mas sua alma fragmentada se espalhou entre os mundos. Suas visões ficaram gravadas em minerais vivos, em estátuas que sonham, em pergaminhos escritos em línguas que ninguém ensinou. Anokhael não morreu. Ele se tornou estrutura, parte da arquitetura oculta da existência. Os que herdaram esse legado não buscam glória, fama ou obediência. São marcados por sonhos nos quais a realidade se desfaz e se recompõe. Eles veem símbolos no movimento das árvores, ouvem orações ocultas nas pedras antigas. Têm olhos que não pediram para ver tanto. E mesmo assim, veem. O legado de Anokhael não oferece conforto. Ele dá lucidez. E a lucidez, para quem não está pronto, é uma maldição. Mas para quem aceita — é liberdade. Herdeiros de Anokhael caminham entre monges e hereges, tocando limites que não deveriam ser tocados. Suas palavras desarmam feitiços, suas mãos redesenham os véus, sua presença perturba os que vivem de certezas. Anokhael não foi um profeta no sentido comum. Não pregava. Não liderava. Ele escutava.
habilidades passivas
primeiro desbloqueio
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Em Midrel, os Legados não são apenas marcas narrativas ou títulos honoríficos — eles são fontes vivas de poder. Ao serem adquiridos, cada Legado desperta habilidades passivas únicas, profundamente ligadas à essência do herói, figura ancestral ou entidade que o originou. Essas habilidades são desbloqueadas automaticamente no momento da compra, como se o próprio mundo reconhecesse o vínculo selado entre o personagem e a história que ele agora carrega. Essas passivas agem de forma constante e espontânea, sem exigir ativação. Cada Legado possui uma ou mais dessas passivas exclusivas, e nenhuma pode ser obtida por outros meios de forma geral.
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olhar de quem |
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O herdeiro de Anokhael não precisa buscar o que está oculto — ele já sente, já sabe, mesmo antes que os outros percebam. Essa habilidade desperta uma percepção constante do ambiente além do visível. Ilusões se desfazem em sua presença. A consciência dimensional do herdeiro o torna imune a encantamentos mentais simples e reduz a eficácia de manipulações mágicas que dependem da ignorância do alvo. Essa habilidade brota da SABEDORIA transcendental, que atravessa o véu, da PRECISÃO espiritual, que lê o mundo como uma linguagem viva, e da FÉ silenciosa, que não venera, mas reconhece.
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fragmento da estrutura |
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O corpo do herdeiro é mais do que carne: ele é um ponto de sustentação entre realidades. Por essa razão, ele resiste a colapsos mágicos, áreas de instabilidade arcana e ataques que tentam distorcer a existência física ou espiritual. Enquanto estiver em regiões de alta energia mística ou caos dimensional, ele não apenas sobrevive — ele floresce. Ganha controle superior sobre sua aura e pode estabilizar o ambiente com sua presença. Essa habilidade é sustentada pela VITALIDADE metafísica, pela RESISTÊNCIA astral herdada de sua ligação com os Vigilantes e pelo PODER oculto, que ressoa com a linguagem primordial.
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nome escrito |
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O herdeiro carrega um nome que não foi escrito por mãos humanas — uma sigilação oculta que vibra em seu sangue. Entidades extraplanares o reconhecem mesmo sem conhecer sua forma; certas maldições ancestrais não se fixam nele; e escrituras profanas ou divinas parecem reagir à sua presença. Além disso, quando um ritual tenta afetá-lo sem consentimento direto, há uma chance natural de distorção no feitiço, como se o próprio tempo recusasse interferir em algo que "já foi selado". Essa habilidade se ancora na FAMA cósmica de sua linhagem, no CARISMA oculto que transcende aparência, e na SABEDORIA escrita.
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habilidades ativas
conhecimento geral
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Em Midrel, os Legados não se limitam a conceder apenas habilidades passivas — eles também despertam habilidades ativas exclusivas, profundamente enraizadas na essência heroica, espiritual ou mítica da figura que originou o legado. Essas habilidades ativas representam manifestações diretas da vontade, do poder ou da memória viva do ancestral, sendo únicas, poderosas e, muitas vezes, transformadoras. Ao adquirir um Legado, o personagem desbloqueia automaticamente uma habilidade ativa vinculada ao núcleo simbólico daquele legado. Essas técnicas carregam um peso narrativo enorme e são respeitadas por todos aqueles que estão ao seu redor dentro de uma missão, aliados ou não.
[NÍVEL I] Glifo da Impossibilidade - O herdeiro desenha no ar — com sangue, poeira ou luz — um símbolo que não existe nos registros mágicos conhecidos. Ao ser completado, ele se fixa no espaço e cria uma distorção na realidade ao redor. O efeito depende do contexto: pode desacelerar o tempo localmente, impedir conjuração dentro da área ou inverter temporariamente a direção de forças elementais. Esse glifo só pode ser mantido por alguns instantes antes de desintegrar-se em partículas de linguagem. A habilidade requer SABEDORIA abstrata, PODER simbólico e PRECISÃO dimensional, pois um traço errado pode fazer o glifo falhar… ou se voltar contra o conjurador.
[NÍVEL V] Palavra não Dita - Anokhael ensinou palavras que não devem ser pronunciadas. O herdeiro murmura uma dessas — não com a boca, mas com a alma. Ao fazê-lo, todos ao redor sentem um calafrio profundo, como se a realidade hesitasse. Inimigos podem ser silenciados, incapacitados de conjurar por um turno, e aliados protegidos de encantamentos externos. A Palavra é única a cada herdeiro e pode ser usada com diferentes intensões: ofensiva, defensiva ou ritualística. Essa habilidade exige FÉ não devocional, CARISMA metafísico e SABEDORIA ancestral, pois evocar o indizível exige reconhecer sua presença sem se perder.
[NÍVEL X] Geometria do Véu - O herdeiro ativa a matriz simbólica que Anokhael desenhou nos salões dos Vigilantes. Linhas de energia surgem ao redor do campo de batalha, como padrões de luz fluindo pelo chão, ar e até pelos corpos. Quem estiver dentro da área entra em um estado de hipersensibilidade: magias tornam-se instáveis, sentidos se ampliam, e a fronteira entre corpo e alma se torna tênue. Aliados podem agir com maior clareza, como se vissem a “mecânica” da luta. Inimigos, por outro lado, ficam confusos ou desnorteados. Essa habilidade emerge da PRECISÃO simbólica, do PODER dimensional e da SABEDORIA interpretativa, pois a geometria só se manifesta para quem entende seu significado, de maneira geral.
[NÍVEL XV] Vigilante - A presença do herdeiro de Anokhael se impõe com uma aura de autoridade que não vem da força, mas do reconhecimento arquetípico. Ao ativar essa habilidade, ele evoca uma manifestação verbal — ou mental — que obriga entidades mágicas, espectros ou até deuses menores a ouvirem, mesmo que por apenas alguns segundos. Durante esse tempo, ele pode interromper uma conjuração inimiga, forçar a manifestação de um espírito oculto, ou quebrar pactos silenciosos em andamento.
Essa habilidade depende do CARISMA cósmico, da FAMA mística herdada do legado e da FÉ racional, que não se submete, mas encara de igual para igual.
[NÍVEL XX] Códice da Criação - Em momentos críticos, o herdeiro abre a palma da mão e revela um selo queima lentamente, liberando fragmentos do “códice proibido”: uma sequência de realidades que foram destruídas antes mesmo de acontecerem. Ao ativá-lo, ele conjura uma memória de um mundo não nascido: uma criatura paradoxal, uma arma impossível, uma distorção que atravessa matéria. O efeito é sempre único: pode ser uma defesa absoluta, um ataque imprevisível, ou uma reorganização do campo. Mas após o uso, o herdeiro sofre instabilidade mental temporária, pois teve contato com uma linha da existência que não devia retornar. Essa habilidade é sustentada por PODER ancestral, SABEDORIA multidimensional, e VITALIDADE espiritual, pois manter-se inteiro após esse contato exige mais que força.
[NÍVEL V] Palavra não Dita - Anokhael ensinou palavras que não devem ser pronunciadas. O herdeiro murmura uma dessas — não com a boca, mas com a alma. Ao fazê-lo, todos ao redor sentem um calafrio profundo, como se a realidade hesitasse. Inimigos podem ser silenciados, incapacitados de conjurar por um turno, e aliados protegidos de encantamentos externos. A Palavra é única a cada herdeiro e pode ser usada com diferentes intensões: ofensiva, defensiva ou ritualística. Essa habilidade exige FÉ não devocional, CARISMA metafísico e SABEDORIA ancestral, pois evocar o indizível exige reconhecer sua presença sem se perder.
[NÍVEL X] Geometria do Véu - O herdeiro ativa a matriz simbólica que Anokhael desenhou nos salões dos Vigilantes. Linhas de energia surgem ao redor do campo de batalha, como padrões de luz fluindo pelo chão, ar e até pelos corpos. Quem estiver dentro da área entra em um estado de hipersensibilidade: magias tornam-se instáveis, sentidos se ampliam, e a fronteira entre corpo e alma se torna tênue. Aliados podem agir com maior clareza, como se vissem a “mecânica” da luta. Inimigos, por outro lado, ficam confusos ou desnorteados. Essa habilidade emerge da PRECISÃO simbólica, do PODER dimensional e da SABEDORIA interpretativa, pois a geometria só se manifesta para quem entende seu significado, de maneira geral.
[NÍVEL XV] Vigilante - A presença do herdeiro de Anokhael se impõe com uma aura de autoridade que não vem da força, mas do reconhecimento arquetípico. Ao ativar essa habilidade, ele evoca uma manifestação verbal — ou mental — que obriga entidades mágicas, espectros ou até deuses menores a ouvirem, mesmo que por apenas alguns segundos. Durante esse tempo, ele pode interromper uma conjuração inimiga, forçar a manifestação de um espírito oculto, ou quebrar pactos silenciosos em andamento.
Essa habilidade depende do CARISMA cósmico, da FAMA mística herdada do legado e da FÉ racional, que não se submete, mas encara de igual para igual.
[NÍVEL XX] Códice da Criação - Em momentos críticos, o herdeiro abre a palma da mão e revela um selo queima lentamente, liberando fragmentos do “códice proibido”: uma sequência de realidades que foram destruídas antes mesmo de acontecerem. Ao ativá-lo, ele conjura uma memória de um mundo não nascido: uma criatura paradoxal, uma arma impossível, uma distorção que atravessa matéria. O efeito é sempre único: pode ser uma defesa absoluta, um ataque imprevisível, ou uma reorganização do campo. Mas após o uso, o herdeiro sofre instabilidade mental temporária, pois teve contato com uma linha da existência que não devia retornar. Essa habilidade é sustentada por PODER ancestral, SABEDORIA multidimensional, e VITALIDADE espiritual, pois manter-se inteiro após esse contato exige mais que força.