Nascido sob o som de um trovão invertido — onde o céu silencia e a terra canta — Armoniel não foi concebido como os homens são. Dizem que foi moldado a partir de notas esquecidas do primeiro acorde do mundo, uma harmonia pura demais para ser sustentada por corpos mortais. Desde a primeira infância, já dedilhava melodias que despertavam sonhos, dissolviam ódio e faziam até as criaturas do Éter chorar sem saber por quê. Armoniel era música viva, mas também dissonância — pois seu dom não era simplesmente emular beleza, mas confrontar o mundo com a sua própria estrutura oculta. Cada sinfonia que criava revelava algo que havia sido escondido: segredos familiares, verdades políticas, pactos esquecidos, ou a dor ancestral de um povo silenciado. Seu som encantava, mas também feria.
Chamaram-no de prodígio, de anjo rebelado, de maldição. Nobres temiam que seus acordes invocassem revoluções. Religiosos acusavam-no de conjurar espíritos com escalas invertidas. E, no entanto, os deuses — mesmo em sua arrogância — permaneciam em silêncio toda vez que ele tocava. Pois até eles sabiam que a música de Armoniel não era feita de som, mas de uma forma de verdade que nenhuma palavra, magia ou espada poderia refutar. Ao fim da vida, dizem que compôs uma última peça. Ninguém a ouviu por completo. Aqueles que tentaram morreram chorando, ou renunciaram à própria humanidade. O manuscrito desapareceu da realidade — alguns afirmam que ele o guardou dentro de uma única nota, uma dissonância escondida entre mundos, que só os merecedores poderão escutar, ampliando ainda mais suas capacidades.
história do legado
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Não foi o som que criou Armoniel — foi Armoniel quem revelou que o som já estava ali. Antes dele, a música era apenas forma de entretenimento, de devoção ou de guerra. Depois dele, a música passou a ser uma linguagem sagrada que rasga véus, invoca verdades e quebra pactos com a leveza de um acorde. Diz-se que nasceu durante o Encontro das Três Constelações, quando o firmamento emitiu um som que nenhum ouvido humano jamais conseguiu descrever. Naquela noite, uma criança foi deixada aos pés de um templo destruído. Ao chorar, o som de seu lamento fez as colunas caídas se reerguerem. Ao rir, invocava aves que não existiam naquele continente. Cresceu entre bardos que temiam ensiná-lo, pois tudo o que ele tocava retornava à sua forma pura — e isso incluía sentimentos, estruturas, crenças.
Armoniel dominava cada instrumento como se já o conhecesse antes de nascer, mas seu talento era maior do que a técnica. Cada sinfonia escrita por suas mãos era um espelho — e os que a escutavam viam dentro de si o que jamais ousaram confessar. Suas melodias curavam febres, desmentiam mentirosos, enfraqueciam magos corrompidos e até silenciavam deuses menores, que fugiam ao som de sua oitava invertida. Não era magia o que ele produzia — era Realidade em sua forma audível. No auge de sua juventude, compôs obras que os reinos tentaram censurar, pois seus compassos causavam revoltas populares. Um coral composto por ele fez reis abrirem mão do trono. Um solo de cravo despertou um espírito ancestral. Mas sua última peça, escrita em silêncio absoluto, foi considerada perigosa demais para existir. A Sinfonia do Véu Despedaçado foi tocada apenas uma vez, e naquele dia, três torres caíram, duas luas se apagaram, e uma raça antiga abandonou o plano. Desde então, Armoniel desapareceu. Alguns dizem que foi absorvido pelo próprio som, tornando-se divino.
habilidades passivas
primeiro desbloqueio
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Em Midrel, os Legados não são apenas marcas narrativas ou títulos honoríficos — eles são fontes vivas de poder. Ao serem adquiridos, cada Legado desperta habilidades passivas únicas, profundamente ligadas à essência do herói, figura ancestral ou entidade que o originou. Essas habilidades são desbloqueadas automaticamente no momento da compra, como se o próprio mundo reconhecesse o vínculo selado entre o personagem e a história que ele agora carrega. Essas passivas agem de forma constante e espontânea, sem exigir ativação. Cada Legado possui uma ou mais dessas passivas exclusivas, e nenhuma pode ser obtida por outros meios de forma geral.
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harmonia das esferas |
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A presença do herdeiro de Armoniel sintoniza o ambiente com uma frequência primordial. Mesmo sem tocar um instrumento, as vibrações que o cercam ajustam-se sutilmente: aves se aproximam, espíritos tornam-se calmos, e até os próprios campos mágicos parecem pulsar com mais clareza. Magias aliadas se tornam mais estáveis ao seu redor, e feitiços caóticos perdem consistência. Essa ressonância constante é fruto de uma SABEDORIA musical transcendental, de uma FÉ sensível às forças invisíveis, e de uma VITALIDADE vibracional que harmoniza o corpo.
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ouvinte das verdades |
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O herdeiro é capaz de ouvir o que não foi dito. As frequências ocultas nas vozes dos mentirosos, os tremores sutis na magia encoberta, os sons escondidos em documentos antigos — tudo se revela a seus ouvidos como se o mundo inteiro lhe sussurrasse os segredos. Mesmo sem intenção, ele pressente traições, mentiras e encantamentos ilusórios apenas por estar presente. Essa habilidade nasce de uma PERCEPÇÃO auditiva extrema, sustentada por uma SABEDORIA empática, e alimentada por uma PRECISÃO refinada, capaz de distinguir uma nota falsa entre mil sons.
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ressonância emocional |
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A alma do herdeiro vibra em compasso com os sentimentos de quem o cerca. Ele sente a tristeza antes que alguém chore, a raiva antes que seja expressa, o medo antes que ecoe. Essa empatia sonora permite que seus aliados ganhem maior resistência a manipulações mentais ou ilusões enquanto estiverem próximos, pois sua presença estabiliza e traduz emoções em música interna. Ao mesmo tempo, inimigos desequilibrados sentem desconforto crescente ao confrontá-lo. A base desse poder vem de uma SABEDORIA afetiva refinada, um CARISMA intuitivo, e uma FÉ artística, onde cada emoção é tratada como uma nota sagrada da sinfonia.
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habilidades ativas
conhecimento geral
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Em Midrel, os Legados não se limitam a conceder apenas habilidades passivas — eles também despertam habilidades ativas exclusivas, profundamente enraizadas na essência heroica, espiritual ou mítica da figura que originou o legado. Essas habilidades ativas representam manifestações diretas da vontade, do poder ou da memória viva do ancestral, sendo únicas, poderosas e, muitas vezes, transformadoras. Ao adquirir um Legado, o personagem desbloqueia automaticamente uma habilidade ativa vinculada ao núcleo simbólico daquele legado. Essas técnicas carregam um peso narrativo enorme e são respeitadas por todos aqueles que estão ao seu redor dentro de uma missão, aliados ou não.
[NÍVEL I] Aria da Revelação - Ao entoar uma única nota pura, cristalina e contínua, o herdeiro de Armoniel faz com que o espaço vibre com transparência. Magias ilusórias se desfazem como véus de névoa, criaturas invisíveis são forçadas à manifestação, e a própria mentira perde seu esconderijo. Aqueles tocados pela onda sonora sentem-se expostos, nus diante do universo. Essa habilidade só é possível graças à PRECISÃO do herdeiro ao modular frequências impossíveis, à SABEDORIA de compreender o som como verdade ancestral, e à sua FÉ inabalável no poder.
[NÍVEL V] Concerto do Corpo - Ao liberar uma sequência de acordes dissonantes, Armoniel distorce o ritmo natural do corpo de seus inimigos. Ossos vibram em contra-ritmo, corações se confundem, e circuitos mágicos se embaralham. Magias que dependem de canalização ou estabilidade falham, e até guerreiros sentem suas pernas fraquejarem como se estivessem dançando contra sua vontade. A execução exige o uso refinado da AGILIDADE sonora em conjunção com uma FÉ disruptiva, e uma VITALIDADE vibracional que sustenta o colapso gerado por cada nota.
[NÍVEL X] Coda da Restauração - Em meio ao caos, Armoniel se cala, fecha os olhos e faz do próprio corpo um instrumento. Com os dedos, dedilha sobre o ar acordes invisíveis, e cada nota toca o corpo e a alma dos aliados próximos. Feridas se fecham, febres evaporam, e até maldições profundas começam a se dissolver. Mas o milagre verdadeiro não está na cura — está no reconhecimento: cada célula se lembra do que era antes da dor. É uma canção de retorno, de reconexão com o eu verdadeiro. E como toda boa coda, ela encerra não apenas o sofrimento, mas o esquecimento de quem se é. Essa melodia vive da FÉ no som como reestruturação divina, da SABEDORIA de ver o corpo como partitura, e do CARISMA profundo que dá coragem à alma para recomeçar, amplificando sua gl[oria.
[NÍVEL XV] Escala do Vácuo - O herdeiro se cala… e o silêncio torna-se arma. Executando uma sequência de frequências subsonoras, ele cria uma zona onde o som é absorvido e a realidade é desfeita. Feitiços verbais falham, palavras perdem significado e conjurações silenciam antes de nascer. Os que adentram essa área se veem confrontados com o silêncio primitivo — aquele que antecede todas as criações. A habilidade se ancora na SABEDORIA do silêncio como elemento, na FURTIVIDADE absoluta que permite ocultar o som e na FORÇA mental de suportar a ausência de vibração sem enlouquecer, amplificando seu poder.
[NÍVEL XX] Sinfonia do Véu - Armoniel ergue sua batuta invisível… e o mundo responde. Com a primeira nota, o tempo hesita. Com a segunda, a luz se curva. E com a terceira, as paredes que separam os planos começam a ruir. As notas seguintes revelam entidades banidas, pactos antigos, ruínas escondidas no espaço-tempo. Durante a sinfonia, a realidade dança conforme a música: correntes se quebram, selos se abrem, e a energia do mundo vibra como cordas tensas de um violino cósmico. Quem escuta não sai ileso — ou desperta… ou enlouquece. Essa peça sagrada exige uma FÉ absoluta nas forças superiores, uma SABEDORIA arcanomusical que poucos seres em Midrel compreendem, e uma FAMA divina o bastante para que o universo permita que o herdeiro de Armoniel toque o que jamais deveria existir.
[NÍVEL V] Concerto do Corpo - Ao liberar uma sequência de acordes dissonantes, Armoniel distorce o ritmo natural do corpo de seus inimigos. Ossos vibram em contra-ritmo, corações se confundem, e circuitos mágicos se embaralham. Magias que dependem de canalização ou estabilidade falham, e até guerreiros sentem suas pernas fraquejarem como se estivessem dançando contra sua vontade. A execução exige o uso refinado da AGILIDADE sonora em conjunção com uma FÉ disruptiva, e uma VITALIDADE vibracional que sustenta o colapso gerado por cada nota.
[NÍVEL X] Coda da Restauração - Em meio ao caos, Armoniel se cala, fecha os olhos e faz do próprio corpo um instrumento. Com os dedos, dedilha sobre o ar acordes invisíveis, e cada nota toca o corpo e a alma dos aliados próximos. Feridas se fecham, febres evaporam, e até maldições profundas começam a se dissolver. Mas o milagre verdadeiro não está na cura — está no reconhecimento: cada célula se lembra do que era antes da dor. É uma canção de retorno, de reconexão com o eu verdadeiro. E como toda boa coda, ela encerra não apenas o sofrimento, mas o esquecimento de quem se é. Essa melodia vive da FÉ no som como reestruturação divina, da SABEDORIA de ver o corpo como partitura, e do CARISMA profundo que dá coragem à alma para recomeçar, amplificando sua gl[oria.
[NÍVEL XV] Escala do Vácuo - O herdeiro se cala… e o silêncio torna-se arma. Executando uma sequência de frequências subsonoras, ele cria uma zona onde o som é absorvido e a realidade é desfeita. Feitiços verbais falham, palavras perdem significado e conjurações silenciam antes de nascer. Os que adentram essa área se veem confrontados com o silêncio primitivo — aquele que antecede todas as criações. A habilidade se ancora na SABEDORIA do silêncio como elemento, na FURTIVIDADE absoluta que permite ocultar o som e na FORÇA mental de suportar a ausência de vibração sem enlouquecer, amplificando seu poder.
[NÍVEL XX] Sinfonia do Véu - Armoniel ergue sua batuta invisível… e o mundo responde. Com a primeira nota, o tempo hesita. Com a segunda, a luz se curva. E com a terceira, as paredes que separam os planos começam a ruir. As notas seguintes revelam entidades banidas, pactos antigos, ruínas escondidas no espaço-tempo. Durante a sinfonia, a realidade dança conforme a música: correntes se quebram, selos se abrem, e a energia do mundo vibra como cordas tensas de um violino cósmico. Quem escuta não sai ileso — ou desperta… ou enlouquece. Essa peça sagrada exige uma FÉ absoluta nas forças superiores, uma SABEDORIA arcanomusical que poucos seres em Midrel compreendem, e uma FAMA divina o bastante para que o universo permita que o herdeiro de Armoniel toque o que jamais deveria existir.