A família Azarath, também de Ruksanth, é envolta em mistério, contemplação e poder místico ancestral. Originária de uma linhagem que caminha entre o plano material e os véus espirituais, os Azarath carregam consigo o legado dos primeiros mestres do Velo Interior — uma forma de energia que transcende a magia arcana e toca o âmago das emoções, da alma e da mente. Diferente de outras casas nobres, a família Azarath não busca influência política ou militar de maneira convencional. Seu poder está no domínio sobre os fluxos etéreos, as correntes do destino e os ecos da consciência coletiva. Seus membros são conhecidos por seus olhos marcados por tons violáceos ou prateados, reflexo de sua ligação com a Realidade Intermediária — um espaço entre o sonho e o caos, onde verdades ocultas são reveladas.
Brasão dos Azarath
O brasão da família Azarath é um emblema etéreo, simbólico e profundamente espiritual, refletindo sua conexão com o plano astral e os mistérios da mente e alma. No centro do brasão, há um olho prateado com a pupila vertical, rodeado por um anel de runas antigas que brilham suavemente em um tom violeta. Este olho representa a visão interior.
bonificações da familia sussurro das trevas
A bonificação da família Azarath não é apenas um dom arcano — é uma herança viva, uma maldição refinada ao longo de gerações e um elo indissolúvel com as forças que existem para além da realidade visível. Seu poder é cultivado desde a infância, em rituais silenciosos e cerimônias feitas à meia-noite, sob luas escuras, onde o sangue se mistura com as sombras e os nomes antigos são sussurrados em línguas esquecidas. Ao contrário da magia comum, que exige runas, foco e gestos, os Azarath canalizam feitiços a partir da própria alma, como se seus corpos fossem túmulos encantados que libertam o que há de mais profundo e sombrio. Eles não apenas manipulam a energia negativa: eles a compreendem, a sentem, e dialogam com ela. Por isso, seus encantamentos não possuem forma definida, mas se adaptam ao medo, culpa, ou ira da vítima.
Em combate, um Azarath experiente pode sufocar o campo de batalha com névoas de dor esquecida, evocar espectros ancestrais para confundir os sentidos, ou mesmo drenar memórias, tornando o inimigo incapaz de distinguir aliados de inimigos. Os mais poderosos da linhagem têm a rara capacidade de ancorar partes do Véu Sombrio à realidade, transformando locais comuns em zonas de pesadelo onde as leis físicas são distorcidas. Mas a verdadeira essência da bonificação reside em sua segunda pele: a Simetria Abissal, um estado transcendental que poucos alcançam. Quando imersos em trevas profundas — seja durante um eclipse ou em uma cripta esquecida, eles sempre sabem de tudo.
TERRITORIO DA FAMILIA fortaleza de noctharum
A fortaleza da família Azarath é conhecida como Noctharum, o Trono do Véu Silencioso. Encravada em uma garganta montanhosa onde a luz do sol jamais toca diretamente, Noctharum ergue-se como uma cicatriz na realidade, um santuário moldado pelas sombras e mantido vivo por pactos ancestrais. Suas muralhas são formadas de obsidiana encantada, entrelaçadas com veios de prata negra que sussurram em línguas esquecidas. A entrada principal se dá por um pórtico colossal que se abre apenas diante de membros da linhagem Azarath ou daqueles que oferecem sangue sob lua nova. No interior, o tempo parece desacelerar — ou recuar — e os visitantes frequentemente relatam ver ecos do passado vagando pelos corredores em silêncio.
A fortaleza possui câmaras que mudam de lugar, escadas que levam a andares que não existem e salões que se abrem apenas durante eclipses. O tempo dentro de Noctharum é instável: alguns visitantes saem dias depois de entrarem, embora tenham sentido apenas minutos passarem; outros jamais voltam, presos entre memórias e espectros. No coração de Noctharum está o Sepulcro Espectral, um salão circular onde os anciões Azarath realizam rituais diante do Véu Silencioso, uma cortina de energia viva que separa os vivos dos esquecidos. A fortaleza pulsa com um poder adormecido, e suas câmaras ecoam orações a entidades que jamais atenderam aos deuses comuns. Noctharum não é uma fortaleza comum — é um ser adormecido, uma prisão para horrores que a própria família teme libertar. E mesmo assim, é também o único lugar onde os Azarath sentem-se verdadeiramente em casa, um lugar propício para a morte.
poder bélico legioes de horrores
O poder bélico da família Azarath é tão enigmático quanto devastador, enraizado nas forças do Véu — a tênue fronteira entre o mundo dos vivos e o reino dos ecos, sombras e tormentos ancestrais. Ao contrário das forças militares tradicionais, os Azarath não lideram grandes exércitos de homens... mas sim legiões de horrores, espetros cativos, invocações de sombras e marionetes astrais moldadas pelas memórias dos mortos. Seus generais são chamados de Condutores do Véu, seres que deixaram sua humanidade para trás ao se vincular com entidades abissais. Esses comandantes não apenas comandam o campo de batalha — eles revertem as leis da realidade, fazendo o tempo se contorcer, ilusões se tornarem sólidas e perigosas.
A unidade mais temida da família é chamada de Vultos Imaculados, guerreiros silenciosos trajando armaduras negras como a própria noite, encantadas com runas que os tornam imunes à dor, à manipulação da mente e à própria morte — ao menos uma vez. Quando caem, seus corpos explodem em rajadas de energia do Véu, rasgando carne e espírito dos inimigos ao redor. Além disso, Azarath controla os Obeliscos do Velamento, estruturas semoventes e etéreas que surgem do solo antes das batalhas. Elas distorcem as emoções e a percepção dos exércitos inimigos, tornando-os descoordenados, paranoicos e suscetíveis a ataques psíquicos e ilusões. Enfrentar a força militar dos Azarath é lutar contra o medo primordial, contra o que há de mais frágil no espírito dos homens, de forma geral.
segredos de FAMÍLIA primevos do eco
Segundo manuscritos perdidos e proibidos, os Azarath não nasceram como uma linhagem nobre comum. Seus ancestrais, chamados de Primevos do Eco, foram os primeiros mortais a tocar o Véu com consciência, durante um antigo cataclismo espiritual ocorrido milênios antes da fundação dos reinos atuais. Ao atravessar esse limite entre mundos em busca de conhecimento proibido, eles abriram fendas nas leis da existência, permitindo que o próprio Véu se manifestasse em Midrel... e que algo olhasse de volta. O que ninguém fora da linhagem sabe é que o sangue Azarath carrega em si uma eco-fratura dimensional, uma marca invisível que os liga eternamente ao Véu. Cada membro nascido na família é um Conduto Vivo, capaz de abrir portais, escutar vozes que não existem mais e manipular sombras.
Mas esse dom cobra seu preço. O segredo mais temido pelos patriarcas da família é o que se revela com o tempo: todo Azarath, por mais poderoso que se torne, lentamente perde sua identidade. Vozes sussurram em suas mentes, seus reflexos agem com vontades próprias e suas sombras, às vezes, ficam para trás mesmo quando eles partem. É por isso que muitos da linhagem enlouquecem, desaparecem ou são trancados em câmaras ocultas da Fortaleza. Esse segredo é protegido a todo custo. Pois se descoberto, muitos reinos poderiam unir-se não para destruir os Azarath... mas para impedir o retorno das sombras em todo o mundo.
profecia do oraculo profecia de azar'uth
A Profecia de Azar'uth foi descoberta nas criptas antigas, gravada nas paredes de obsidiana que nunca foram tocadas pelo sol. Os fragmentos de pergaminhos perdidos dizem que as palavras foram ditas pelo próprio Véu, por meio de um Oráculo que se dissolveu no tempo, com um nome que ninguém jamais conseguiu pronunciar. A profecia tem sido repassada em segredo, temendo que sua revelação possa causar a destruição dos Azarath ou trazer o fim de Midrel. Com o tempo, os Azarath aprenderam a interpretar as palavras da profecia, sabendo que seu fim não seria causado por uma guerra ou por uma força externa, mas sim pelo próprio eco da linhagem que corria em suas veias. Cada membro da família carrega uma parte da essência de Azar’uth e, portanto, a cada geração, o Véu se aproxima mais de sua ruptura, tornando assim o perigo dessa entidade se soltar ainda maior, dependendo de quem busca-la.
No ciclo dos milênios, quando o Véu da Eternidade começar a ruir e as sombras da mente se entrelaçarem com os sonhos do mundo, a linhagem perdida se reerguerá. O Eco de Azar’uth, aquele que habita no sangue de todos, será despertado na veia do último Azarath. O retorno de Azar’uth é uma ameaça iminente que paira sobre a cabeça da família. Há quem diga que isso seria o maior dos horrores, enquanto outros acreditam que o retorno de seu ancestral é necessário para reconstruir o equilíbrio do mundo, trazendo o Véu de volta ao seu domínio, restabelecendo a verdadeira ordem e oferecendo uma nova era onde a morte e a vida coexistem sem limitações. Mas uma coisa é certa: nenhum Azarath pode escapar do destino que foi selado por essa profecia. E seja por livre vontade ou por força do inevitável, todos os caminhos convergem para o Véu, e quando ele se rasgar, a verdadeira face do mundo será revelada.