o poder de jade
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INFORMAÇÕES
TERRITORIO DE azure
Escondida acima das montanhas eternas, onde o ar se torna fino e as nuvens tocam as pedras sagradas, encontra-se a enigmática Cidadela de Azure — um reduto que por séculos permaneceu invisível aos olhos do mundo, como se fosse apenas um eco do passado. Azure não caiu com o colapso do mundo lá embaixo. Ela se manteve intacta, intocável, harmoniosa. Distante das guerras, da decadência política e do caos mágico, tornou-se um símbolo de equilíbrio e sobrevivência espiritual. Seus habitantes são descendentes diretos de antigas linhagens imperiais.
Mestres dos contratos e pactos místicos, são conhecidos por selar acordos que transcendem o tempo, capazes de vincular almas, poderes e destinos. Muitos comerciantes e governantes já se beneficiaram de seus dons — sem jamais saber de onde realmente vieram. Azure, durante eras, foi uma entidade-fantasma no cenário comercial: poderosa, influente, mas invisível. Tudo começou a mudar com o retorno dos Cultivadores — sábios capazes de manipular a essência vital do mundo, restaurando os pilares esquecidos de Azure. Com eles, vieram os novos ventos, a reconstrução espiritual e o chamado de volta à glória ancestral. Azure renasceu, não como um império que domina, mas como um farol silencioso de sabedoria e poder. O fluxo de visitantes cresceu. Surgiram rotas de transporte específicas, algumas tecnológicas, outras baseadas em técnicas de teleporte místico, permitindo que se chegasse do topo ao solo sem nenhum problema.
costumes da região
cultura agrestia
Agrestia é mais do que uma cultura; é uma maneira de existir, de respirar junto com o mundo e reconhecer que há poder em cada semente, sabedoria em cada folha e eternidade em cada safra. Nascida nas encostas ocultas e férteis da Cidadela de Azure, ela representa a união entre o passado e o presente, entre o corpo que cultiva e a terra que responde. A cada passo que se dá sobre o solo sagrado, os habitantes sentem a pulsação da natureza, como se o chão sob seus pés fosse um ser vivo, antigo e paciente, que apenas escolhe florescer nas mãos daqueles que realmente compreendem a linguagem do mundo. A conexão com a natureza vai além da agricultura. É uma comunhão espiritual, uma harmonia silenciosa entre o espírito humano e o ciclo cósmico da criação e destruição que reside no mundo.
Os que seguem Agrestia acreditam que tudo o que nasce, nasce com um propósito, e tudo o que morre, retorna com um ensinamento. Assim, o cultivo não é visto como um trabalho mundano, mas como um ritual sagrado, onde cada colheita é uma oferenda à própria existência, e cada estação do ano carrega lições que moldam o espírito de quem observa. As casas em Azure são moldadas pelas curvas naturais do ambiente. Não há desrespeito ao relevo, não há cortes brutos. As raízes que emergem das montanhas são acolhidas, adornadas e protegidas. A arquitetura é viva, entrelaçada com vinhas e folhas encantadas que se movem com a luz e respondem ao toque dos moradores. Cada estrutura pulsa com uma energia vital que parece crescer junto com a história do lugar. A alimentação em Azure também é um reflexo desse elo sagrado. Os pratos são preparados com ingredientes cultivados sob bênçãos e encantamentos, e muitos creem que comer de tais alimentos é absorver fragmentos da sabedoria universal. As ceias não são simples reuniões — são cerimônias de gratidão, onde a comunidade se une para agradecer ao espírito da terra e dividir entre todos os frutos da abundância.
a cidade dos contratos
antiga dinastia
A história da Cidadela de Azure é envolta em brumas densas de silêncio e mistério, como se o próprio tempo tivesse decidido esconder seus segredos nas raízes das montanhas. Ser parte da Antiga Dinastia não é um título, mas uma cicatriz marcada no espírito do lugar — um lembrete amargo e silencioso de um passado forjado com sangue, ambição e a destruição que nasce quando o poder se torna absoluto. Naqueles tempos antigos, onde os nomes dos reis eram sussurrados com medo e o céu parecia pesar sobre os vivos, o Império de Jade reinava com mão de ferro e olhos atentos. Seu propósito era simples e cruel: unificar o continente sob um único trono, não pela paz, mas pela submissão. E foi através do Chi, um poder grandioso que ecoava pelas artérias do mundo como uma tempestade ancestral, que esse domínio se manifestava conforme o tempo passava.
Aqueles que dominavam o Chi eram vistos como deuses, mas agiam como tiranos. Eles não apenas moldavam a energia do mundo — moldavam a vontade dos outros, destruíam cidades com o olhar e calavam vozes com um simples gesto. Poucos sobreviveram para contar o que realmente aconteceu. E aqueles que viveram nos resquícios desse tempo escolheram não falar. A verdade se dissolveu nas águas e nas rochas, substituída por sussurros, lendas e fragmentos que ainda hoje deixam marcas nos sonhos dos mais sensíveis. Não há registros precisos, não há marcos nem pergaminhos. Só a sensação de que algo muito maior, muito mais sombrio, uma vez caminhou por aquelas trilhas — e que deixou feridas profundas na alma do mundo. Azure, como se tivesse renascido das cinzas de uma guerra esquecida, ergueu-se lentamente. Sem pressa. Sem soberba. Em vez de espadas, cultivaram raízes. Em vez de tronos, construíram vínculos. A liberdade que hoje corre pelas veias do povo de Azure não é um privilégio dado — é uma conquista ancestral, arrancada à força das mãos de um passado que tentou destruir tudo.
força e a essência
a facçao murim
A Facção Murim carrega em sua origem a força de um povo resiliente, nascido não da guerra, mas do cultivo — da paciência da terra, do tempo das estações e da essência que brota do ciclo da vida. Inicialmente simples agricultores, voltados à colheita de trigo e outras plantações sagradas durante a era da Antiga Dinastia, foram moldados pelas exigências brutais de um império opressor que não permitia liberdade nem paz. E foi nesse cenário hostil que algo extraordinário emergiu das mãos calejadas daqueles que labutavam sob o sol. O Chi, a energia vital que conecta o corpo ao espírito e o espírito ao mundo, nasceu como uma resposta natural — uma técnica inicialmente instintiva, forjada pela necessidade de proteger o que era deles. Com o tempo, a arte do Chi deixou de ser apenas uma forma de resistência e passou a ser um legado.
Um caminho. Uma filosofia. Um código. Murim, portanto, tornou-se não apenas uma facção, mas uma linhagem viva de conhecimento que se perpetua, se adapta e nunca esquece de onde veio. Cada geração dos Murim aprimorou a técnica com novas camadas de sabedoria e disciplina, mas nunca permitiu que a essência fosse corrompida. É por isso que, até hoje, os Murim são reverenciados. Não pelo que ostentam — mas pelo que são. Guardiões de uma sabedoria antiga que desafia os séculos. Eles caminham entre as sombras do continente, firmando contratos secretos, trilhando caminhos não marcados nos mapas e mantendo vivos laços que escapam aos olhos comuns. A facção controla várias regiões estratégicas, muitas vezes sem que as próprias populações percebam. Sua influência é silenciosa, mas firme, como a raiz de uma árvore que sustenta a floresta inteira. E por mais que outros grupos e cidadelas tenham se tornado independentes, é sabido que, em momentos de verdadeira crise, é para os Murim que se volta o olhar. Eles sempre estiveram lá, surgindo quando o caos parece irreversível, estabilizando o desequilíbrio e depois retornando ao anonimato.