​​filhos do inferno
velzaharis
​Os Velzaharis, conhecidos como Filhos do Inferno, são entidades demoníacas forjadas não apenas pelo fogo, mas pela própria rejeição da criação. Eles não nasceram — foram cuspidos pelas entranhas mais profundas do Abismo, onde as leis divinas não alcançam e os pactos se desfazem em cinzas. Cada Velzahari é um reflexo do caos puro, dotado de uma aparência deformada, muitas vezes magra, esquelética, com chifres retorcidos, asas despedaçadas e uma pele marcada por runas vivas que queimam em tons escarlates ou púrpura profundo. Diz-se que os Velzaharis foram os primeiros a se erguer quando o Inferno ainda era jovem — antes mesmo das grandes guerras celestiais. Eles personificam pecados esquecidos, emoções cruas e desejos impuros que nem mesmo os demônios mais antigos ousam nomear. Suas vozes são como ecos de blasfêmias antigas, capazes de enlouquecer os mortais, e sua presença faz com que o ar fique denso, pesado, como se eles dominassem.

​status dos ancestrais
caracterIsticas gerais
As raças limitadas possuem algumas certas especificações que podem ser encontradas por cada um dos jogadores. Os status gerais ajudam a identificar um pouco sobre a raça de modo geral podendo ser bem útil para auxiliar na sua escolha. Todas as raças limitadas possuirão esse tópico para resumir abertamente sobre as características principais.
  • Chamas da Destruição: Os Velzaharis não controlam o fogo comum — suas chamas são feitas da negação da existência. Tudo o que elas tocam não queima: desaparece. Memórias, matéria, até mesmo conceitos (como tempo ou identidade) podem ser apagados pelo fogo dos Velzaharis. É uma chama que consome a ideia de ser.​ As Chamas da Descriação têm forma errática — elas serpenteiam no ar como fiapos de fumaça negra com núcleo escarlate, mas nunca iluminam, de forma geral, ao personagem.
  • Carne da Heresia: O corpo de um Velzahari é composto de um tecido instável, formado por pactos quebrados, blasfêmias esquecidas e desejos corrompidos. Essa carne pulsa e se adapta ao ambiente, tornando-se mais resistente diante da fé, e mais letal diante do medo. Ferir um Velzahari não o enfraquece — o alimenta firmemente.
  • Olhar da Ruptura: O olhar de um Velzahari é um abismo de consciência. Ao cruzar os olhos com essa criatura, o alvo sente a ruptura da lógica e da identidade. O mundo ao redor começa a perder sentido: palavras mudam de som, rostos se embaralham, o tempo anda para trás. Mesmo com resistência mental, há sempre um rastro deixado. Nenhum ser que cruzou o olhar com um Velzahari saiu completamente ileso da experiência. Essa habilidade é poderosa e pode ser perigosa se utilizada da maneira errada por qualquer ser que se aproximar.

região
​de origem
Eles provém de Nethereon, também conhecido como o inferno dos mundos além, nascidos raramente no mundo físico.

​CAPACIDADES GERAIS
linhagens DA RAÇA
Diferente das raças comuns, as raças limitadas são descendentes de linhagens antigas, entidades cósmicas, forças primordiais ou seres forjados com um propósito singular. Elas são raras, muitas vezes únicas em sua existência, e não estão amplamente disponíveis para todos os jogadores ou personagens. Como forma de equilíbrio e identidade, essas raças possuem habilidades passivas poderosas como base, que se manifestam de forma constante ou sob certas condições.

sangue da ruina

Quando um Velzahari é ferido, a resposta não é dor — é uma reação da realidade ao contato com o que jamais deveria sangrar. De suas veias não escorre um líquido vital, mas um fluido escuro, denso e silencioso, impregnado de pactos esquecidos e condenações não pronunciadas. Esse sangue é um eco do Fim: ele pulsa com a memória da ruína de mundos antigos, com o colapso de civilizações que sequer foram registradas na história. Ao tocar o solo ou o ar, ele contamina. Ele se infiltra nas tramas da existência, fazendo o tempo hesitar e as magias titubearem. É comum ver espadas que apodrecem após o corte, grimórios que esquecem os próprios feitiços, ou sacerdotes que gaguejam ao tentar rezar, como se o próprio idioma sagrado se recusasse a continuar. Cada gota derramada por um Velzahari é uma maldição silenciosa lançada contra o mundo.

anatomia imprópria

O corpo de um Velzahari não foi moldado por deuses, nem evoluiu por seleção natural — ele é um erro proposital, uma negação da anatomia. Tentativas de estudá-lo revelam um caos orgânico que desafia mapas físicos e espirituais. Rins que respiram, olhos que flutuam sob a pele, um coração que se move como se fugisse de ser encontrado. É como se o próprio corpo rejeitasse a ideia de ser compreendido. Quando ferido, ele se retorce, mas não para se proteger: ele ri da lógica do atacante. Clérigos que tentam curá-lo sentem a fé escapar entre os dedos. Necromantes que tentam controlá-lo ou revivê-lo descobrem que não há um ponto fixo de energia a ser ancorado. Um golpe preciso, uma estocada fatal, um feitiço certeiro — tudo isso se torna irrelevante diante de uma carne que só existe para negar.

​​reflexo do abismo

Olhar nos olhos de um Velzahari é como encarar um espelho feito de trevas líquidas, onde o reflexo não mostra sua aparência, mas aquilo que você mais deseja esquecer. Eles não usam seus olhos para enxergar o mundo como ele é, mas para devolvê-lo àqueles que o encaram — fragmentado, distorcido, corrompido. Guerreiros vêem seus fracassos multiplicados. Magos sentem suas magias vacilarem, como se não confiassem mais em sua fonte. Até mesmo deuses menores já recuaram diante daquele olhar, alegando terem sentido “o toque do Nada rastejando por trás das estrelas”. Quanto mais tempo se encara um Velzahari, mais frágil se torna a linha entre a realidade e o pesadelo. O tempo começa a escorrer em direções erradas.

escamas da mentira

A superfície do Velzahari é coberta por algo que não se define como pele, couro ou escamas — é uma muralha viva de pactos silenciosos, juras quebradas e verdades enterradas. Ao ser tocado por magia ou arma, essa barreira responde não com resistência, mas com adaptação. Um feitiço de fogo pode ser absorvido e, no instante seguinte, parecer nunca ter sido lançado. Uma lâmina encantada pode emperrar, como se sua bênção se recusasse a agir contra tal criatura. O mundo se curva à sua presença com desconforto. Ele é um ponto cego na estrutura mágica, um espaço em que a lógica hesita. Magos descrevem essa defesa como “o silêncio entre as palavras de um grimório profano” — aquilo que não foi escrito, mas ainda assim está lá, entre as linhas. Quanto mais o Velzahari é atacado, mais seus inimigos duvidam da realidade ao redor, como se estivessem tentando cortar uma sombra com a própria luz.

alma sem fim

Não há alma a ser salva. Não há luz para guiar. Não há fio de destino a ser seguido. Os Velzaharis são entidades que surgiram fora do ciclo natural da criação, almas que não foram chamadas à existência — mas que mesmo assim forçaram sua entrada. Eles não podem ser rastreados por cânticos divinos, não se manifestam nos planos espirituais e jamais aparecem nos livros da reencarnação. Os mortos não os reconhecem como iguais. Os deuses os ignoram ou os temem. Quando um Velzahari morre, não há passagem, não há purificação, não há inferno que o aceite de volta. Seu corpo se fragmenta em distorções temporais, seu nome desaparece das runas que o registraram, e sua lembrança se torna apenas um buraco — uma ausência sentida, mas nunca compreendida. E, em raros casos, o vazio onde ele esteve começa a se mover... como se estivesse à espera.