Dorvhar nasceu durante uma tempestade, entre urros de trovões e gritos de guerra. O mundo nunca o acolheu — ele teve que tomá-lo com as mãos. Sua aldeia o criou com gelo, sal e cicatriz. Desde pequeno, aprendeu a caçar no frio, a matar no escuro, a nunca confiar em palavras doces. A vida era simples: sobreviver e proteger. Quem fraquejava era deixado para trás. Dorvhar não foi deixado. Ele arrastou todos que podia — e esmagou os que tentaram segurá-lo. Dizem que ele enfrentou um urso com as mãos nuas e voltou com a pele nas costas. Mas o que o definiu não foi a força. Foi o que ele fazia com ela. Dorvhar não lutava por fama ou trono. Lutava porque não conhecia outra linguagem. Protegia sua tribo como uma muralha viva — e, ao mesmo tempo, atacava com a violência de um vendaval, dizimando tudo ao redor.
Foi traído, cercado, queimado vivo — e saiu andando das cinzas. Dizem que os deuses o amaldiçoaram com a incapacidade de morrer com facilidade. Outros dizem que foi abençoado com a ira da Terra. Em sua última batalha, lutou por três dias, sozinho, contra cinquenta. No fim, foi enterrado de pé, com os braços cruzados, segurando um machado em cada mão. Quando vieram desenterrá-lo para profanar seu túmulo, encontraram a cova vazia. O Legado de Dorvhar é herdado por aqueles que nunca recuam. Aqueles que confiam mais em seus punhos do que em profecias. Que protegem seus irmãos com a pele, o osso e o grito. Que levantam mesmo depois do impossível, não porque são imortais, mas porque recusam aceitar que acabou. Dorvhar não foi rei porque herdou uma coroa. Foi rei porque ninguém conseguiu fazê-lo cair, causando a destruição de tudo.
história do legado
|
|
Nascido entre a neve e o aço, Dorvhar foi moldado por um mundo que não permitia fraqueza. A primeira coisa que sentiu ao nascer foi o vento cortante de um inverno ancestral, e desde então, seu corpo jamais se acostumou ao conforto. Cada osso seu foi esculpido na dor. Cada lição veio pela perda, pela luta ou pelo instinto de sobreviver. Ele não conheceu paz — e por isso se tornou guerra. Dorvhar cresceu entre guerreiros nômades, clãs esquecidos e tempestades eternas. As cicatrizes em seu corpo não eram marcas de derrota, mas histórias que só os fortes carregam. Era o primeiro a se levantar e o último a recuar. Seu silêncio valia mais que palavras, e quando falava, suas ordens eram como trovões: diretas, pesadas, inegociáveis, ampliando ainda mais as chances do usuário de se tornar mais poderoso.
Os deuses antigos o rejeitaram por não se curvar. E ele, por sua vez, cuspiu sobre os ídolos. Dorvhar não precisava de bênçãos — bastava-lhe seu machado, seus punhos e o sangue que pulsava como tambor de guerra. Onde muitos rezavam por proteção, ele apenas avançava. A própria terra parecia respeitar sua fúria: animais recuavam diante de seus passos, e inimigos duvidavam da própria coragem ao vê-lo chegar. Conta-se que foi traído por sete clãs. Acorrentado. Esfaqueado. Queimado. Enterrado. Mas três dias depois, sob a luz de uma aurora cinzenta, ergueu-se da terra como se o mundo tivesse cometido um erro. E ao voltar, não trouxe vingança — trouxe silêncio. O tipo de silêncio que precede o fim. No fim de sua vida, lutou por três dias em cima de uma colina, sozinho, contra dezenas de guerreiros. Quando finalmente caiu, ninguém teve coragem de se aproximar. Seu corpo ficou ali, sentado, de olhos abertos, com a mão ainda firme na empunhadura do machado. Era como se o próprio espírito se recusasse a deixar o corpo. O Legado de Dorvhar sobrevive através dos que resistem e dos que se recusam.
habilidades passivas
primeiro desbloqueio
|
Em Midrel, os Legados não são apenas marcas narrativas ou títulos honoríficos — eles são fontes vivas de poder. Ao serem adquiridos, cada Legado desperta habilidades passivas únicas, profundamente ligadas à essência do herói, figura ancestral ou entidade que o originou. Essas habilidades são desbloqueadas automaticamente no momento da compra, como se o próprio mundo reconhecesse o vínculo selado entre o personagem e a história que ele agora carrega. Essas passivas agem de forma constante e espontânea, sem exigir ativação. Cada Legado possui uma ou mais dessas passivas exclusivas, e nenhuma pode ser obtida por outros meios de forma geral.
|
pele da fúria |
Dorvhar não era feito apenas de carne — era feito de resistência. O herdeiro desse legado herda essa dureza sobrenatural: sua pele, ossos e músculos se tornam densos como pedra viva durante o combate.
Ataques físicos causam menos impacto, armas comuns tendem a perder o fio após repetidos golpes, e até magias que agem sobre o corpo têm dificuldade de atravessar sua integridade brutal. Essa capacidade é natural, permanente, e intensificada quanto maior for o número de inimigos ao redor. Essa habilidade é sustentada por RESISTÊNCIA, pois é a solidez do corpo que mantém a alma firme diante do caos. |
|
raiz irremovível |
Assim como Dorvhar jamais cedia terreno, seu herdeiro se torna praticamente impossível de deslocar em campo. Efeitos que empurram, lançam ao ar, congelam ou atordoam têm menos duração ou falham completamente. Enquanto estiver de pé, o herdeiro pode permanecer em posição mesmo sob choques, explosões ou tremores — servindo como ponto de estabilidade tanto para si quanto para aliados próximos.
Essa habilidade é fundamentada em VITALIDADE, pois é o pulso do guerreiro que ancora seus pés ao mundo. |
|
rasgando o frio |
O rugido de Dorvhar era tão intenso que afugentava feras. Seus descendentes carregam essa voz. Sempre que sofrem dano considerável, entram em estado de foco primitivo. Nesse estado, ações baseadas em medo, manipulação mental ou ilusões são imediatamente anuladas. Além disso, ataques do herdeiro tornam-se mais agressivos, com chance de ignorar parcialmente armaduras e proteções mágicas. O grito não precisa ser verbal — é um impulso do espírito que se projeta como aura brutal. Essa habilidade depende de FORÇA, pois é através do domínio absoluto do próprio corpo que a fúria se converte em intimidação e impacto.
|
habilidades ativas
conhecimento geral
|
Em Midrel, os Legados não se limitam a conceder apenas habilidades passivas — eles também despertam habilidades ativas exclusivas, profundamente enraizadas na essência heroica, espiritual ou mítica da figura que originou o legado. Essas habilidades ativas representam manifestações diretas da vontade, do poder ou da memória viva do ancestral, sendo únicas, poderosas e, muitas vezes, transformadoras. Ao adquirir um Legado, o personagem desbloqueia automaticamente uma habilidade ativa vinculada ao núcleo simbólico daquele legado. Essas técnicas carregam um peso narrativo enorme e são respeitadas por todos aqueles que estão ao seu redor dentro de uma missão, aliados ou não.
[NÍVEL I] Ascender com Sangue - Dorvhar crescia com a dor — e seu herdeiro faz o mesmo. Ao ativar essa habilidade, o guerreiro canaliza a energia de seus próprios ferimentos. Quanto mais ferido estiver, maior será o aumento temporário em FORÇA e RESISTÊNCIA. Durante três turnos, o herdeiro se torna mais rápido, mais letal e mais difícil de abater. Quanto mais próximo da morte, mais implacável se torna. Inimigos que o cercam podem hesitar, instintivamente conscientes de que estão diante de algo que não teme o fim. Essa habilidade exige brutalidade e autocontrole — o herdeiro sangra, mas sorri. Baseada em FORÇA e RESISTÊNCIA.
[NÍVEL V] Lamento das Montanhas - Dorvhar era a rocha em meio à tormenta. O herdeiro, com essa técnica, crava os pés no chão e libera um urro ancestral, fazendo tremer o campo ao redor. O grito libera uma onda de choque que empurra inimigos, quebra escudos e pode desequilibrar estruturas frágeis. Aliados em seu raio recuperam parte da VITALIDADE e ganham vantagem contra efeitos de medo. A voz do herdeiro nesse momento não é só som — é presença. Ele se torna o centro gravitacional da batalha. Baseada em VITALIDADE e CARISMA, melhorando seu combate.
[NÍVEL X] Cortina de Ossos - Dorvhar nunca permitia aproximações covardes. Seu herdeiro pode fazer o mesmo.
Com um giro completo, o guerreiro transforma sua arma em uma muralha móvel. O impacto varre o entorno com tanta força que ossos estalam e proteções se desfazem em pedaços. É como se um círculo de destruição tivesse sido traçado ao redor do herdeiro. Inimigos atingidos sofrem penalidades defensivas duradouras, além de sangramentos profundos que impedem curas mágicas e naturais. Se a habilidade for usada logo após o herdeiro ter recebido dano, ela dobra sua potência e se torna ainda mais destrutiva, como se ele respondesse imediatamente à dor com um ato de vingança física. Baseada em FORÇA e PRECISÃO.
[NÍVEL XV] Ultimo dos Meus - Dorvhar morreu cercado de inimigos — mas ninguém jamais disse que ele caiu.
Quando o herdeiro atinge 0 de VITALIDADE, seu espírito acende como um braseiro final. Por um único turno, ele permanece de pé, sustentado por pura recusa à morte.
Durante esse instante, sua presença é sobrenatural. Cada ataque é certeiro. Nenhuma habilidade o impede. Nenhuma barreira o segura. Ele ataca, protege, fala — como se a própria morte estivesse esperando que ele terminasse sua última ação. Se eliminar um inimigo durante esse turno, pode escolher entre permanecer consciente com I ponto de VITALIDADE ou tombar de pé, como seu ancestral.
[NÍVEL XX] Multilar e Retornar - Dorvhar caçava os líderes inimigos como um predador ancestral. Seu herdeiro repete esse gesto. Com um salto ou investida bestial, o guerreiro agarra um inimigo principal e o arremessa com brutalidade — seja contra o chão, uma parede ou outro oponente. O impacto quebra concentrações, desfaz feitiços em conjuração e interrompe ações preparadas. No instante seguinte, o herdeiro retoma sua arma e desfere um golpe direto no peito, ombro ou pescoço da vítima, mirando sempre a ruptura — seja física, mágica ou emocional. Essa habilidade é usada para expor e anular independente da ação. Baseada em AGILIDADE, FORÇA e DESTREZA.
[NÍVEL V] Lamento das Montanhas - Dorvhar era a rocha em meio à tormenta. O herdeiro, com essa técnica, crava os pés no chão e libera um urro ancestral, fazendo tremer o campo ao redor. O grito libera uma onda de choque que empurra inimigos, quebra escudos e pode desequilibrar estruturas frágeis. Aliados em seu raio recuperam parte da VITALIDADE e ganham vantagem contra efeitos de medo. A voz do herdeiro nesse momento não é só som — é presença. Ele se torna o centro gravitacional da batalha. Baseada em VITALIDADE e CARISMA, melhorando seu combate.
[NÍVEL X] Cortina de Ossos - Dorvhar nunca permitia aproximações covardes. Seu herdeiro pode fazer o mesmo.
Com um giro completo, o guerreiro transforma sua arma em uma muralha móvel. O impacto varre o entorno com tanta força que ossos estalam e proteções se desfazem em pedaços. É como se um círculo de destruição tivesse sido traçado ao redor do herdeiro. Inimigos atingidos sofrem penalidades defensivas duradouras, além de sangramentos profundos que impedem curas mágicas e naturais. Se a habilidade for usada logo após o herdeiro ter recebido dano, ela dobra sua potência e se torna ainda mais destrutiva, como se ele respondesse imediatamente à dor com um ato de vingança física. Baseada em FORÇA e PRECISÃO.
[NÍVEL XV] Ultimo dos Meus - Dorvhar morreu cercado de inimigos — mas ninguém jamais disse que ele caiu.
Quando o herdeiro atinge 0 de VITALIDADE, seu espírito acende como um braseiro final. Por um único turno, ele permanece de pé, sustentado por pura recusa à morte.
Durante esse instante, sua presença é sobrenatural. Cada ataque é certeiro. Nenhuma habilidade o impede. Nenhuma barreira o segura. Ele ataca, protege, fala — como se a própria morte estivesse esperando que ele terminasse sua última ação. Se eliminar um inimigo durante esse turno, pode escolher entre permanecer consciente com I ponto de VITALIDADE ou tombar de pé, como seu ancestral.
[NÍVEL XX] Multilar e Retornar - Dorvhar caçava os líderes inimigos como um predador ancestral. Seu herdeiro repete esse gesto. Com um salto ou investida bestial, o guerreiro agarra um inimigo principal e o arremessa com brutalidade — seja contra o chão, uma parede ou outro oponente. O impacto quebra concentrações, desfaz feitiços em conjuração e interrompe ações preparadas. No instante seguinte, o herdeiro retoma sua arma e desfere um golpe direto no peito, ombro ou pescoço da vítima, mirando sempre a ruptura — seja física, mágica ou emocional. Essa habilidade é usada para expor e anular independente da ação. Baseada em AGILIDADE, FORÇA e DESTREZA.