besta transmutada
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Eryndor não é apenas uma besta: ele é uma força viva da própria memória da natureza. Quando as árvores mais antigas foram semeadas e os primeiros rios encontraram seus leitos, Eryndor já espreitava sob a superfície, adormecido nas raízes profundas da floresta de Vel’Arun. Ele não caminha sobre a terra — ele se ergue dela. A floresta o reconhece como um espírito ancestral, o último protetor dos pactos verdes, da harmonia esquecida entre o homem e o mundo natural. Sua forma é impressionante e sagrada. Troncos fossilizados envolvem seus membros como músculos petrificados; cipós e galhos crescem de suas costas como uma coroa viva, entrelaçados com cristais naturais que emitem um brilho suave, como se filtrassem a luz das eras, uma habilidade impressionante.
Quando ele se move, não se ouve um rugido — ouve-se o ranger da madeira ancestral, o estalo da seiva viva, e o murmúrio do vento entre folhas que ainda não nasceram. As raízes que formam suas pernas se aprofundam com cada passo, e seu caminhar não deixa rastros: o solo floresce por onde ele passa, em um gesto silencioso de renascimento. Sua cabeça é uma fusão de face bestial e máscara vegetal. Rachaduras em sua "pele" revelam a energia viva que pulsa por dentro, e de seus olhos — vastos, verdes e luminescentes — escorre um brilho constante, como se ele chorasse pelas florestas destruídas, pelos campos mortos, pelos pactos quebrados. À sua volta, animais menores se calam, aprimorando suas capacidades.
características da besta
conhecimento geral
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Eryndor é uma criatura única, uma força consciente forjada pelas florestas mais antigas de Midrel como último recurso para preservar o ciclo natural. Ele não pertence a nenhuma linhagem de besta, espírito ou elemental conhecidos. É o resultado da união espontânea de múltiplas vontades naturais — árvores-mãe milenares, pedras ancestrais, rios encantados e sementes esquecidas — que, diante de desequilíbrios profundos causados por magia destrutiva ou profanação da terra, despertam Eryndor como um avatar de correção e julgamento. Druidas, xamãs e protetores da natureza o conhecem como o Último Crescimento, o Filho da Seiva, ou simplesmente Aquele que Caminha com as Eras. Ele não responde a palavras, oferendas ou pactos forjados após sua manifestação, se tornando uma lenda.
Eryndor aparece raramente, em locais de profunda conexão com o Véu de Seiva — o fluxo invisível que liga todas as raízes e estruturas vitais da flora de Midrel. Seu surgimento é precedido por presságios naturais: flores desabrocham à noite, rios mudam de curso em silêncio, sementes brotam em pedra, e animais deixam florestas inteiras sem explicação. Quando o próprio mundo começa a respirar diferente, Eryndor está vindo. Não há registros de sua morte. Aqueles que enfrentaram Eryndor e sobreviveram — raríssimos — contam que o tempo parece desacelerar diante dele. Que as próprias armas pesam mais, que feitiços de fogo se recusam a queimar, e que seus olhos verdes e silenciosos fazem o guerreiro lembrar que está pisando em solo vivo, e não sobre pedra inerte, algo que apenas as histórias podem contar.
status |
Não-Domável
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habitat |
Florestas, Montanhas
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altura |
7.0 metros;
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comprimento |
11 metros;
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peso |
30 toneladas;
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dificuldade |
★★★★★
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poder da besta
seiva arcana
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O poder de Eryndor reside em sua conexão absoluta com o Fluxo de Seiva Arcana, a energia vital que percorre todas as florestas vivas de Midrel. Ele não conjura magia como um feiticeiro, nem ataca como uma besta comum — ele se manifesta como a própria reação do mundo natural contra aquilo que rompe seu equilíbrio. Cada passo de Eryndor pulsa com energia viva, e o solo responde ao seu chamado, seja curando feridas da terra ou se erguendo para esmagar o que ameaça sua integridade. Durante o combate, Eryndor é capaz de invocar a Maré de Raízes: centenas de raízes brotam sob seus pés ou à distância, rompendo o chão com brutalidade para prender, levantar ou rasgar seus inimigos. Essas raízes são conscientes, reagindo a movimentos e buscando pontos fracos, tornando-o ainda mais poderoso.
Elas perfuram armaduras, esmagam membros e drenam lentamente a energia vital de qualquer coisa que toquem, retornando essa energia à criatura que as criou. Quando cercado ou ameaçado por magia intensa, Eryndor ergue a Coroa do Verde-Profundo — uma cúpula de galhos trançados com folhas vivas, que não apenas o protege como bloqueia feitiços externos, desfaz maldições e drena vitalidade dos oponentes que permaneçam dentro dela. Dentro dessa cúpula, o ar se torna denso, as folhas sussurram palavras antigas, e até o tempo parece desacelerar. Seu ataque mais temido, no entanto, é o Grito da Semente Mortal. Ao abrir seu peito de madeira e revelar o cristal de seiva pulsante que habita seu núcleo, Eryndor libera uma nuvem de esporos.
pontos fortes e fracos
CONFRONTANDO A BESTA
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No vasto e selvagem mundo das criaturas, todas as bestas — das mais humildes às mais colossais — carregam em si tanto poder quanto limitação. Nenhuma é invencível, pois cada uma foi moldada pelas forças naturais, mágicas ou divinas que lhes deram origem, e essas mesmas forças impõem um equilíbrio inevitável. Se uma besta domina o fogo, ela pode ser vulnerável ao silêncio ou à ausência de oxigênio. Se carrega uma couraça impenetrável, talvez sua mobilidade seja lenta, ou seus olhos incapazes de enxergar em ambientes de pura luz. Se voa entre as tempestades, talvez não suporte a gravidade das profundezas.
pontoS forteSO maior trunfo de Eryndor está em sua simbiose absoluta com o ambiente natural. Enquanto estiver sobre solo fértil, florestas vivas, vales encantados ou campos conectados ao Véu de Seiva Arcana, ele se torna um titã regenerativo e controlador do terreno. Nessas condições, suas raízes se espalham por metros abaixo da terra, permitindo que ele detecte movimento, antecipe ataques e até desarme magias antes de se formarem. Seu corpo se regenera lentamente, mas de forma constante, e a própria flora ao redor o protege, reagindo ao seu sofrimento como se fosse uma extensão dele. Além disso, sua imunidade a efeitos corrompidos — como necromancia, veneno, feitiços profanos e manipulação mental — o torna uma muralha viva contra usuários de magia distorcida. Ele não apenas domina o campo: ele é o campo.
PONTOS FRACOSFora de zonas naturais, Eryndor perde seu trono. Em ambientes estéreis como desertos, cidades de pedra, campos envenenados ou áreas devastadas pela guerra, ele se torna um gigante isolado, separado da fonte de sua força. Sem o apoio do Véu de Seiva, suas raízes têm dificuldade para crescer, sua regeneração cessa e sua influência sobre o terreno se dissipa. Além disso, ataques com fogo sagrado, gelo profundo ou armas encantadas com essências artificiais — como cinábrio alquímico, aço solar ou lâminas seladas com runas de ruptura da vida — conseguem ultrapassar sua casca de madeira viva e atingir seu núcleo. Estratégias que o removem do chão, o selam em círculos de contenção ou o forçam a lutar onde não há natureza ativa reduzem sua ameaça drasticamente, transformando o juiz da floresta em uma sombra de sua verdadeira forma.
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recompensas da besta
premio de consolação
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No coração do desconhecido, além do medo e do fascínio que as bestas despertam, existe um outro motivo pelo qual tantos ousam enfrentá-las: as recompensas. Cada besta carrega em si algo único, precioso e, muitas vezes, inatingível por qualquer outro meio natural. Seja um fragmento de sua essência, um mineral que só cresce sobre seu dorso, ou uma glândula que destila poder ancestral, as bestas são fontes vivas de relíquias, materiais raros e segredos perdidos. Essas recompensas não são simples espólios de batalha — são partes do mundo que não podem ser encontradas em minas, lojas ou bibliotecas.
semente de coraçãoUma semente brilhante, envolta por raízes minúsculas e pulsante com energia verde. Quando plantada, germina instantaneamente em um pequeno altar natural que fornece cura gradual e resistência mágica a todos os aliados próximos. Pode ser utilizada em rituais para purificar áreas corrompidas, selar magias profanas ou fortalecer feitiços druidistas. Em mãos experientes, também pode ser processada como núcleo para bastões, amuletos ou grimórios.
casca fossilizadaFragmentos de sua armadura viva, endurecida como rocha, com veios de seiva cristalizada ainda correndo por dentro. Pode ser fundida a armaduras ou escudos para conceder resistência contra magias de terra, veneno e maldições, além de oferecer leve regeneração de vitalidade ao portador quando este estiver em contato com o solo. Quando utilizada em runas ou inscrições mágicas, potencializa encantamentos de crescimento, contenção.
orvalho do véuGotas raríssimas recolhidas dos musgos que crescem em seu dorso e florescem apenas no instante de sua morte. Esse orvalho pode ser usado como ingrediente alquímico em poções de longa duração, com propriedades de amplificação natural. Quando consumido, concede ao usuário ligação temporária com o Véu de Seiva, permitindo comunicação empática com a flora, resistência a doenças mágicas e a habilidade de fazer crescer vinhas ou raízes para uso tático ou defensivo por tempo limitado.
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