​​VIRTUDE DA bondade
gabriel
Gabriel, em Midrel, é a manifestação suprema da Virtude da Bondade Verdadeira, não como fraqueza ou submissão, mas como coragem de ser luz mesmo em meio ao caos, como presença firme que inspira, orienta e acolhe — sem jamais ceder à falsidade. Seu nome, que significa “Força de Deus”, representa justamente essa essência: a força que consola, que guia com voz clara, e que nunca abandona, mesmo quando o mundo se cala.​ Ao contrário da imagem popular de um anjo suave, Gabriel em Midrel é uma entidade luminosa e decidida, a voz que anuncia, mas também aquele que permanece quando todos partem. É ele quem sussurra a verdade nos ouvidos dos que estão prestes a cair. É ele quem se ajoelha ao lado do quebrado, com ele, mas para dizer: “Você ainda pode levantar. E eu estarei aqui.”
Sua forma é imponente e bela, envolta em mantos brancos com detalhes dourados e azul-claros, que fluem como se estivessem mergulhados em vento perpétuo. Suas asas são vastas e radiantes, não como fogo, mas como um alvorecer que não cega — aquece. Seus olhos não julgam, mas vêem com profundidade. E sua voz, quando ecoa, revela verdades que não podem ser ignoradas.​ Gabriel é o Portador da Palavra Divina, o arauto do que deve ser dito, mesmo quando ninguém deseja ouvir. E é por isso que a Virtude que ele guarda — Bondade — nunca é conivência. Ele sabe quando calar. Ele sabe quando dizer. E mais do que isso: ele sabe quando ficar. Sua bondade não é feita de gestos vazios, mas de ações que transformam, restauram e sustentam.

​características da besta
conhecimento geral
Gabriel, em Midrel, é conhecido como o Anjo da Palavra Viva e da Bondade Inquebrantável, o emissário da esperança firme, aquele que carrega a verdade não como arma — mas como guia. Entre os Sete Anjos das Virtudes, ele representa o aspecto mais ativo e inspirador da luz, sendo o mensageiro divino que não apenas comunica os desígnios do Alto, mas encoraja os seres a se tornarem aquilo que foram criados para ser. Seu nome, que significa “Força de Deus” ou “Deus é minha fortaleza”, reflete seu papel essencial: Gabriel é bondade com espinha dorsal. Ele não é dócil — é firme na ternura, poderoso na verdade, inabalável na presença. Ele não oferece conforto vazio, mas a lembrança viva de que o bem continua existindo, mesmo quando tudo parece ruir.
Nos escritos celestiais mais antigos de Midrel, é dito que Gabriel foi o primeiro a descer voluntariamente sem ordens, apenas para amparar uma alma que chorava sozinha no deserto. Por isso, ele é chamado de o Anjo que Escuta Antes de Ser Chamado. A tradição oral dos anciãos de Elam-Nor o invoca em momentos de silêncio e escolha, quando a alma está dividida entre o medo de agir e o desejo de fazer o certo. Diferente da compaixão passiva, a bondade de Gabriel é transformadora, estruturada e ativa. Ele atua para despertar o bem onde ele foi sufocado — não apenas com palavras, mas com direção. Sua presença é marcada por decisões que alteram caminhos: ele fala com profetas, levanta exilados, anima reis justos, e cala as bocas daqueles que abusam da bondade alheia. Gabriel não tolera a falsidade disfarçada de gentileza. Para ele, bondade não é bajulação, nem fuga do confronto. É escolher proteger sem controle, servir sem se anular, e falar com firmeza sem ferir. Quando se cala, é por sabedoria. Quando fala, nenhuma alma pode fingir que não escutou. Em Midrel, ele é protetor de todas as causas justas que foram esquecidas, de todas as pessoas que fizeram o bem e foram deixadas para trás. Ele guarda cada gesto bondoso feito em silêncio — e transforma esses gestos em ecos que sustentam a realidade.

​pacto angelical
fluxo da vida
O Pacto Angelical com Gabriel, em Midrel, é um compromisso com a verdade compassiva, com a firmeza no bem, com a decisão de ser uma luz ativa no mundo — mesmo quando ninguém está olhando, mesmo quando custa caro, mesmo quando não há recompensa. Gabriel não busca pactuados que desejam parecer bondosos; ele escolhe aqueles que já escolheram fazer o bem mesmo quando era mais fácil calar, recuar ou odiar. Esse pacto se forma quando alguém age por coragem moral, não por impulso. Quando um guerreiro poupa um inimigo por compaixão, quando uma alma oprimida perdoa mesmo com razão para se vingar, ou quando alguém se ergue diante da injustiça sem esperar ser seguido — e mesmo assim permanece. Não há rito oficial. Gabriel chega como voz interna nítida, como um chamado que não é audível, mas impossível de ignorar. E então, no silêncio entre a escolha e a ação, o vínculo se sela.
Ao formar o pacto, o ser recebe o dom de “Lux Veritas”, a Luz da Verdade Benevolente. Essa luz não cega — ela revela. Com ela, o pactuado pode enxergar o estado verdadeiro do coração de outros, discernir intenções escondidas, e desarmar mentiras com palavras simples, mas impossíveis de serem negadas. Sua presença acalma os que estão perdidos, fortalece os que estão prestes a desistir, e ilumina as escolhas de quem não sabe mais o que fazer. Com esse dom, o pactuado também se torna imune a manipulações que tentam corromper a bondade com vaidade, orgulho ou culpa. Ele não é tomado pela dúvida ao fazer o certo, mesmo que o mundo diga que é tolice. Em tempos de guerra, o portador de Gabriel pode fazer um exército hesitar apenas com um gesto de perdão. Em meio ao ódio, ele é a voz que não treme. Porém, esse dom exige integridade. O vínculo com Gabriel desfaz-se imediatamente se a bondade for usada para controlar, manipular, exibir ou subjugar. Gabriel não tolera a falsificação do bem. Pactuados que tentam parecer virtuosos enquanto corrompem a própria luz sentem a tocha se apagar por dentro — e perdem, para sempre, o direito de invocá-lo. Aqueles que mantêm o pacto são conhecidos como Mensageiros da Promessa, seres que não lideram multidões, mas sustentam jornadas. São professores silenciosos, guias que dizem o que precisa ser dito, curadores que não prometem milagres, mas que permitem que o bem reencontre espaço em quem o havia perdido.

​poder da besta
verdade benevolente
O poder de Gabriel, em Midrel, é conhecido como Lux Veritas, a Luz da Verdade Benevolente. Essa luz não queima, não destrói, não subjuga — ela revela com precisão aquilo que é, e ainda assim, escolhe não condenar. É uma força que atravessa ilusões, máscaras e distorções emocionais, trazendo à tona a essência das pessoas, das palavras e das decisões com clareza absoluta. E mesmo ao expor a verdade, ela o faz com compaixão, jamais com humilhação. Lux Veritas manifesta-se como um brilho translúcido, dourado e branco, que se projeta a partir do coração do próprio Gabriel ou do portador do pacto. Esse brilho se espalha pelo ambiente como uma névoa de luz suave — e, onde toca, nenhuma mentira persiste. Sentimentos dissimulados revelam sua origem. Palavras ditas por manipulação perdem força.
O toque desse poder não expõe os outros para julgá-los, mas para dar a eles a oportunidade de serem vistos — e de escolherem de novo. Um ser corrompido pela dor pode se lembrar de quem era antes de cair. Um traidor pode sentir o peso de sua decisão sem que precise ser acusado. Um coração fechado pode amolecer, simplesmente por perceber que ainda há bondade suficiente no mundo para lhe dar uma chance. Em combate, Lux Veritas não se manifesta como ataque direto, mas como neutralização moral. O inimigo movido por ódio hesita. O manipulador perde controle. O guerreiro em fúria vacila. Não porque foram atingidos fisicamente, mas porque a luz os força a confrontar a motivação real de seus atos — e essa motivação, muitas vezes, desmorona. Magias baseadas em ilusão, sedução ou ego não funcionam sob sua radiação. Pactos ocultos são trazidos à superfície. E promessas feitas com segundas intenções simplesmente não se sustentam. Em sua manifestação plena, Gabriel pode conjurar o Verbo Incandescente, uma palavra única pronunciada com autoridade divina que faz com que todos ao redor saibam, sem sombra de dúvida, o que é certo naquele momento. Essa palavra não impõe — ela desperta. E aqueles que a escutam jamais esquecem. Mas Lux Veritas não é um poder de dominação. Ele só pode ser usado com intenção pura. Se o portador tenta usá-lo para manipular, se deseja expor os outros por vaidade ou se esquece da compaixão, a luz se apaga. Pois para Gabriel, a verdade só é verdade quando é dita com bondade e com força de vontade.

​​informações adicionais
principio absoluto
Gabriel, em sua forma absoluta em Midrel, é o Arauto da Verdade Viva e o Pilar da Bondade Inquebrantável, não como conceito suave, mas como força moral que sustenta mundos e resiste à corrupção com firmeza e misericórdia. Ele não representa a bondade ingênua ou a benevolência fraca, mas sim o bem que persiste mesmo quando tudo ao redor grita por desistência. Seu nome, Gabri-El, é a fusão do poder com a luz, e cada sílaba vibra com o peso de uma Criação que ainda se mantém de pé porque há quem escolha continuar sendo bom. Ele é o primeiro dos Anjos a carregar a Voz do Alto — não apenas como mensageiro, mas como aquele que fala quando ninguém mais tem coragem. Sua palavra tem peso cósmico, e uma só frase dita por Gabriel é capaz de ecoar através de planos inteiros, curando, revelando, quebrando silêncios que sustentavam mentiras.
Sua bondade não é frágil: ela é escolha. É resistência. É fôlego quando o mundo não merece mais outro tipo de poder. Gabriel está presente em todas as promessas que foram feitas com o coração verdadeiro. Em cada gesto de gentileza não reconhecido. Em cada escolha difícil tomada por integridade. Ele é a memória viva daquilo que é justo mesmo quando não há plateia. Seu domínio, Orahiah, não é um trono nem um palácio — é um campo sem fim onde cada flor é um ato de bondade esquecido por todos, menos por ele. Ele guarda tudo. Cada ajuda silenciosa. Cada perdão sem aplauso. Cada resistência ao mal feita com doçura. Sua presença, quando plena, paralisa não o corpo — mas a mentira. Os corações falsos emudecem. Os olhos que fingem amor desviam. Os que carregam dor sem nunca terem ferido ninguém sentem alívio imediato. Gabriel olha e tudo que não é real se desfaz. E tudo que é puro... floresce. Quando Gabriel toca uma alma, ela se lembra de quem era antes do trauma. Quando ele fala, a verdade deixa de doer — e passa a libertar. Quando ele se cala, o mundo sente falta de algo que não sabia que precisava: esperança com firmeza. Nenhum pacto com Gabriel é feito por conveniência. Ele só caminha com aqueles que decidem ser bons mesmo quando isso custa tudo. Não perdoa quem usa a virtude para vaidade. Não permanece onde a bondade é moeda. Mas quando encontra uma alma justa, ele a protege com sua luz até o fim. E se ela cair, ele será o primeiro a chegar.