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​​ANCESTRAL Da treva
galmyr


Galmyr, o Pai da Escuridão, é a primeira ausência tornada consciência, o vazio que se recusou a desaparecer com o surgimento da luz. Quando a Luz Ancestral brilhou pela primeira vez no coração da criação, ela não iluminou um mundo — ela feriu um véu profundo, eterno e silencioso que já existia: esse véu era Galmyr. Ele não nasceu. Ele persistiu, permaneceu como a sombra original que jamais foi dissipada, não por fraqueza, mas por vontade de permanecer intocado. Galmyr não é uma criatura de sombras comuns. Ele é o próprio conceito de esquecimento cósmico, a essência que habita o que nunca foi nomeado. Sua forma é indefinida, mas quando se manifesta, o faz como uma silhueta colossal feita de trevas densas, que não absorvem a luz — a consomem, de maneira absoluta seus inimigos.
Diferente do caos, Galmyr é ordem silenciosa, um equilíbrio sem cor, sem som, sem emoção. Ele não deseja destruição por prazer — ele deseja o retorno ao nada, o repouso absoluto onde a existência não pulsa, onde os nomes não têm mais eco. Em sua visão, o universo não deveria arder em luz, nem respirar em ciclos — ele deveria calar-se. Para ele, a vida é ruído. A luz, afronta. A criação, erro. Ele habita a temida Umbraeternum, a Dimensão da Escuridão Absoluta, um plano onde os sentidos se dissolvem, onde o som é devorado antes de se formar, e onde até as ideias morrem. Lá, apenas consciências muito antigas ou corrompidas podem existir, e mesmo elas o fazem em tormento ou adoração cega, o que torna as coisas mais interessantes.

​características da besta
conhecimento geral


Galmyr, o Pai da Escuridão, é uma entidade que transcende a ideia de uma criatura física. Sua presença não é medida por tamanho, forma ou força bruta, mas pela intensidade da ausência que o acompanha. Ele não ocupa um espaço — ele desfaz o espaço. Sua manifestação dilui o que é concreto, apaga os contornos do mundo e cria uma sensação sufocante de nulidade, onde tudo o que antes parecia certo se desfaz em dúvida, silêncio e esquecimento. Quando assume uma forma perceptível aos sentidos mortais ou divinos, Galmyr aparece como uma silhueta colossal feita de trevas densas e em constante fluxo, como uma fumaça líquida que não se dispersa, mas condensa tudo em torno de si. Sua superfície não é escura apenas em cor, mas em essência: ela devora luz, som, magia e até a própria esperança. Olhá-lo é como encarar o fim de todas as coisas — não como destruição, mas como cessação pura.
Seus movimentos são lentos e silenciosos, mas não por fraqueza — por convicção. Cada gesto é uma maré invisível que faz o ambiente perder calor, energia e definição. As emoções ao seu redor se apagam. Os pensamentos se esvaem. A própria noção de identidade vacila diante de sua presença. Criaturas comuns, quando expostas à sua sombra, não sentem medo. Sentem vazio. Um esvaziamento interno como se nunca tivessem existido por completo. Galmyr não fala com palavras. Sua comunicação ocorre por meio de impressões mentais sombrias, lembranças que se apagam no instante em que são compreendidas, e sentimentos que se infiltram como veneno no espírito. Seu silêncio é ativo — ele pressiona, comprime, cala o mundo ao redor. Sua simples aproximação faz com que magias falhem, orações se tornem inúteis, e juramentos percam valor. Sua energia não corrompe como veneno, nem destrói como fogo. Ela dissipa. Tudo o que entra em contato prolongado com sua essência começa a perder forma, função e até sentido. Armaduras se desfazem em pó. Escritos tornam-se páginas em branco. Memórias se esvaem. Até a alma, se não for protegida por vínculos profundos, pode se diluir na escuridão absoluta — não como punição, mas como natural consequência de se aproximar demais do nada primordial.

​localidade da besta
dimensao da treva


A Dimensão da Treva, em Aeridia, é conhecida como Umbraeternum, o Véu Silencioso do Fim. Este não é um plano comum, com paisagens ou elementos físicos que podem ser mapeados. Umbraeternum é um espaço de dissolução, onde a realidade se curva, o tempo se enrosca em si mesmo e até a alma mais firme sente-se frágil diante da vastidão sem forma. Ao contrário do que muitos esperam, Umbraeternum não é um reino de caos e gritos. Ele é, na verdade, o berço do silêncio absoluto — uma região onde os sons não ecoam, onde a luz não reflete, e onde a própria noção de existência é desfiada, pouco a pouco. Ao adentrar este plano, não se caminha sobre chão, não se vê o céu, nem se ouve o próprio pensamento. Tudo o que é externo se desfaz, e o interno — o verdadeiro “eu” — fica exposto, nu e vulnerável, como um ponto de calor cercado por um mar frio de vazio puro. A substância que compõe Umbraeternum não é matéria, mas escuridão consciente: densa, viva, e disposta a absorver tudo aquilo que não esteja ancorado.
Muros se desfazem ao serem tocados, pois não há estrutura que permaneça. As fronteiras desaparecem. Espaços se sobrepõem em camadas de escuridão sem fim. Alguns dizem que, uma vez dentro, você não avança — você afunda, como um pensamento esquecido em um sonho que nunca existiu. Em seu núcleo mais profundo repousa o trono não-coronado de Galmyr, o Pai da Escuridão. Não um castelo ou uma fortaleza, mas uma ausência absoluta no centro da ausência, onde até o vazio parece respeitar o silêncio de seu senhor. Galmyr não reina como um tirano, mas como uma constante inevitável — não governa o plano, ele é o plano. Umbraeternum pulsa com sua vontade: uma vontade que não deseja conquista, mas retorno ao não-ser, ao silêncio antes do primeiro som, à noite que precedeu a centelha da criação. Dentro desta dimensão, entidades sem nome vagam em suspensão. Algumas foram seres que buscaram conhecimento demais. Outras, fragmentos de deuses que tentaram manipular a escuridão sem entender que ela não responde — apenas consome. Esses ecos de alma, chamados de Sombras Vazias, não atacam. Eles apenas existem, como memórias que não podem ser acessadas, pairando, observando, esperando que alguém os lembre — para que possam enfim desaparecer por completo. Umbraeternum não é maligna. Ela não deseja dor, apenas cessamento. Para muitos, é um pesadelo. Para alguns — especialmente os que sofrem, os que estão perdidos, os que falharam.

​poder da besta
treva ancestral


A Treva Ancestral é a mais antiga e silenciosa essência de Aeridia — não uma substância, mas um estado de existência anterior à própria existência. Ela não surgiu como resposta à luz, nem como reflexo do bem ou do mal. A Treva Ancestral simplesmente sempre foi, repousando imóvel no ventre do não-tempo, antes de qualquer sopro, nome ou vibração cósmica. Diferente das sombras comuns, que se formam a partir da obstrução da luz, a Treva Ancestral não depende de contraste. Ela é autossuficiente, imutável e perfeita em seu silêncio. Ela não se move por desejo, não se agita por reação — ela permanece, como um eco que nunca foi emitido, mas que ainda assim pode ser sentido no âmago da alma. Em sua presença, o coração não acelera — ele hesita. O mundo não estremece — ele desacelera, como se o próprio tempo pedisse permissão para continuar.
A Treva Ancestral não cega, mas remove a ilusão de que há algo a ser visto. Sua função não é enganar, mas desfazer o excesso. Ela suprime ruídos, apaga excessos, cala o supérfluo — até que reste apenas o que é essencial... e, muitas vezes, o essencial é o nada. Pois onde a Luz Ancestral revela, a Treva Ancestral dissolve. Onde uma expande consciência, a outra acolhe o esquecimento absoluto — não como castigo, mas como alívio. Diz-se que os primeiros deuses tropeçaram nela antes mesmo de saberem o que eram. Que a criação teve de empurrá-la para os recantos do tecido cósmico para que a existência pudesse se firmar. E mesmo assim, ela nunca resistiu. Ela apenas recuou sem mover-se, esperando que tudo o que ardesse, brilhasse e gritasse eventualmente se cansasse. É dessa essência que Galmyr, o Pai da Escuridão, emergiu — não como filho, mas como forma consciente daquilo que jamais quis forma. Ele é o reflexo da vontade da Treva Ancestral de ser compreendida, mesmo que por breves instantes. Ele não a comanda, nem a representa por inteiro — ele apenas existe com ela, como parte inseparável. ​Não há artefato que contenha a Treva Ancestral. Não há magia que a evoque sem preço. Apenas fragmentos de sua presença podem ser sentidos em Umbraeternum, em momentos onde a realidade vacila: no segundo antes da morte, no intervalo entre dois pensamentos profundos, ou nos olhos de alguém que viu demais e voltou com o olhar apagado.

​​informações adicionais
conexao treviana


Conexão Treviana é o elo obscuro, silencioso e absoluto entre a alma de um ser e a Treva Ancestral — não um pacto com escuridão comum, mas uma fusão com a essência primordial que existia antes de todas as coisas. Ao contrário das conexões elementais que amplificam, inflamam ou expandem, a Conexão Treviana diminui o mundo ao redor, apaga o que é ruído, desveste a ilusão, até que sobre apenas o essencial: a verdade nua da existência, muitas vezes insuportável. Essa conexão não se conquista por desejo ou ambição. Ela desperta. Surgindo em almas que foram despedaçadas além do ponto de retorno, que encararam o abismo sem pedir ajuda — e aceitaram o vazio como parte de si. Os que possuem essa conexão não são devotos do mal, nem vilões por escolha. São silhuetas de silêncio, portadores de uma calma tão profunda que faz o próprio mundo hesitar diante deles. Em vez de exalar presença, eles retiram o peso da realidade por onde passam — como se o mundo ao redor, momentaneamente, esquecesse que existia.
Fisicamente, os conectados à Treva Ancestral parecem sempre ligeiramente deslocados. Suas sombras são mais densas, mesmo na ausência de luz. Seus olhos carregam um escuro que não reflete, mas absorve. As palavras que pronunciam não ecoam — elas afundam nos ouvidos e corações, como se o silêncio seguisse cada frase dita. Onde caminham, o ar esfria, a luz enfraquece e os sons tornam-se mais abafados, não por imposição, mas porque o mundo cede à sua quietude. A Conexão Treviana concede um poder que não se expressa em explosões ou domínio, mas em negação existencial. Ela permite apagar rastros da presença, desfazer memórias de si mesmo, silenciar magias ao redor, dissolver laços frágeis da realidade. Ela não cria ilusões — ela apaga certezas. Aquele que a domina pode tocar uma criatura e fazê-la esquecer seu nome. Pode olhar nos olhos de um deus e fazê-lo duvidar de sua divindade. Pode caminhar no campo de batalha e fazer os corações hesitarem sem levantar uma lâmina. Mas essa conexão exige um preço: identidade. Quanto mais o portador se afunda na Treva Ancestral, mais difícil se torna lembrar quem ele era, ou mesmo se ele existe para além da função. Muitos se tornam ecos de si mesmos, figuras que existem, mas não pertencem. Ainda que andem entre os vivos, já não carregam o peso da história — são vazios com forma, vontades dissolvidas que caminham em direção à cessação plena.