Kaldrin Morn não nasceu num lar. Ele surgiu de um sussurro. Em uma era onde Midrel era atravessada por corrupção velada, falsos santos e leis podres sustentadas por máscaras douradas, ele apareceu como uma ruptura inevitável. Ninguém sabia de onde vinha, nem como desaparecia. Mas onde passava, corpos eram deixados em poses ritualísticas, com órgãos cuidadosamente expostos, e símbolos desenhados com precisão de um cirurgião iluminado pelo horror. Diferente de assassinos comuns, Kaldrin não se escondia porque tinha medo — ele se escondia para ensinar. Cada vítima era escolhida por sua hipocrisia, cada ato gravado em carta codificada, cada crime um manifesto silencioso. Com o tempo, foi caçado, odiado, adorado por cultos de desvelamento, e por fim... esquecido.
Não porque o mundo o venceu, mas porque ele foi longe demais. Tocou um véu além do entendimento. Dizem que Kaldrin não morreu. Ele cortou sua própria identidade do plano da existência, tornando-se um fragmento vivo no inconsciente coletivo de Midrel. E seu Legado desperta em quem vê além da mentira, mesmo que isso os destrua. O herdeiro de Kaldrin passa a viver entre dois mundos: o real e o distorcido, onde reflexos mentem e sussurros ganham forma. O Legado exige que ele revele verdades ocultas — e caso se recuse, a realidade ao seu redor começa a apodrecer: rostos borram, vozes ecoam ao contrário, e suas próprias mãos às vezes agem sozinhas. Ele não matava por fúria. Ele matava por método. Suas vítimas não eram aleatórias — eram escolhidas como capítulos. Cada corte contava algo, algo que nem mesmo ele desejava saber.
história do legado
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Kaldrin Morn não foi o primeiro assassino — mas foi o primeiro a transformar o assassinato em um discurso. Surgido nos becos mais silenciosos de Midrel, onde as luzes tremem e a lei se dobra diante da riqueza, Kaldrin caminhava como um sussurro que observava, um vazio que escutava. Ele não se escondia por medo, mas por método: acreditava que o mundo havia sido encoberto por tantas camadas de mentira que a única maneira de revelar a verdade era cortando o tecido da aparência. Suas vítimas nunca eram escolhidas ao acaso. Eram homens e mulheres poderosos, mas cuja corrupção havia se camuflado sob a aparência de benevolência. Juízes, arcontes, sacerdotisas, magos da Corte — todos caíram sob sua lâmina, e todos foram deixados como peças de um ritual: abertos com precisão.
Kaldrin dizia que o mundo tinha um Véu, e que as pessoas aceitavam viver atrás dele por conforto. Mas ele havia visto o que havia além. E ver — verdadeiramente ver — exigia sacrifício. Não da própria carne, mas da ilusão. Com o tempo, seu nome virou um sussurro proibido. Cultos nasceram em sua memória. Alguns o adoravam como profeta, outros o caçavam como entidade. Quando finalmente foi capturado, riu. Aceitou o julgamento. E, ao beber o veneno, seus olhos brilharam com o reflexo do mundo despido de mentiras. Na cela onde caiu, nenhum corpo foi encontrado — apenas uma sombra que escorria pela parede e um espelho rachado. Hoje, seu Legado desperta em raros herdeiros: não guerreiros, mas analistas brutais, assassinos de máscaras e reveladores de verdades. Kaldrin não lhes dá ordens — apenas lhes mostra o que está por trás de tudo. E depois disso... eles não conseguem mais parar de ver. Desde então, Kaldrin não foi mais visto. Mas seu Legado não desapareceu. Ele se dividiu em ecos, implantando fragmentos de sua lucidez nos raros que ousam olhar para o mundo sem medo.
habilidades passivas
primeiro desbloqueio
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Em Midrel, os Legados não são apenas marcas narrativas ou títulos honoríficos — eles são fontes vivas de poder. Ao serem adquiridos, cada Legado desperta habilidades passivas únicas, profundamente ligadas à essência do herói, figura ancestral ou entidade que o originou. Essas habilidades são desbloqueadas automaticamente no momento da compra, como se o próprio mundo reconhecesse o vínculo selado entre o personagem e a história que ele agora carrega. Essas passivas agem de forma constante e espontânea, sem exigir ativação. Cada Legado possui uma ou mais dessas passivas exclusivas, e nenhuma pode ser obtida por outros meios de forma geral.
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olhar da disseção |
A mente do herdeiro é afiada como a lâmina que carrega. Ao olhar fixamente para um inimigo por alguns segundos, ele é capaz de detectar a falha estrutural ou emocional oculta daquela alma — seja um segredo mágico, uma maldição disfarçada, uma mentira incorporada ao corpo. Essa visão permite que seu próximo golpe ignore qualquer defesa física ou espiritual que dependa de autoengano ou encantamento ilusório. A habilidade atua com extrema PRECISÃO, exige SABEDORIA interpretativa e uma base de FURTIVIDADE para se manter oculto até o momento.
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corte do véu |
Ao atacar com intenção reveladora, o herdeiro de Kaldrin infunde sua lâmina com uma energia ritual: o golpe não atinge apenas o corpo, mas corta diretamente as mentiras da alma. Inimigos atingidos veem seus disfarces mágicos desaparecerem, habilidades ilusórias desativadas, ou até mesmo segredos pessoais revelados em voz alta contra a própria vontade. A habilidade afeta profundamente o psicológico do alvo e pode desequilibrar até mesmo conjuradores divinos. Baseada em PODER, PRECISÃO e CARISMA pervertido, usado para expor.
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ultima autópsia |
Em um campo silencioso e denso, o herdeiro marca um inimigo com três símbolos invisíveis, traçados com gestos rituais ou feridas abertas. Quando a terceira marca é concluída, o alvo entra em um estado de colapso interno: suas magias se tornam instáveis, seus pensamentos se embaralham, e por um turno, todo o seu passado é projetado ao redor como ecos visuais — revelando segredos a aliados e fragilizando sua defesa. Essa habilidade exige extrema SABEDORIA, alto nível de DESTREZA ritual, e FURTIVIDADE para manter as marcas até o momento do colapso.
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habilidades ativas
conhecimento geral
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Em Midrel, os Legados não se limitam a conceder apenas habilidades passivas — eles também despertam habilidades ativas exclusivas, profundamente enraizadas na essência heroica, espiritual ou mítica da figura que originou o legado. Essas habilidades ativas representam manifestações diretas da vontade, do poder ou da memória viva do ancestral, sendo únicas, poderosas e, muitas vezes, transformadoras. Ao adquirir um Legado, o personagem desbloqueia automaticamente uma habilidade ativa vinculada ao núcleo simbólico daquele legado. Essas técnicas carregam um peso narrativo enorme e são respeitadas por todos aqueles que estão ao seu redor dentro de uma missão, aliados ou não.
[NÍVEL I] Cirurgia da Alma - Há feridas que sangram, e outras que quebram o eixo da alma sem uma gota de sangue. Kaldrin ensinou a operar no silêncio do invisível, e o herdeiro, ao concentrar-se, pode deslizar seus dedos — ou sua lâmina — em uma linha simbólica através da pele do inimigo. Essa incisão não causa dor física imediata, mas provoca um curto-circuito espiritual: magias travam, bênçãos se esfarelam e pactos antigos se desatam por instantes. A vítima não entende o que falhou — apenas sente o vácuo. Executar esse gesto exige uma DESTREZA sobrenatural, para manipular o invisível com precisão; uma SABEDORIA ritualística refinada, para localizar os pontos de conexão espiritual; e um PODER silencioso, capaz de ferir tudo.
[NÍVEL V] Escalpelo Silencioso - A morte que mais assusta é aquela que não é sentida até ser inevitável. Esta técnica é ensinada apenas a quem domina a arte de desaparecer dentro da realidade. O herdeiro se aproxima de forma imperceptível — não como um ladrão, mas como um diagnóstico inevitável — e traça um corte simbólico, invisível a olho nu, que marca o corpo com um selo oculto de dissolução. O ferido sente seu mundo escurecer gradualmente: os sentidos embotam, as memórias falham, a energia escapa sem explicação. Cada segundo é uma queda. Essa habilidade depende da FURTIVIDADE absoluta, para existir fora da percepção; de uma PRECISÃO instintiva, para aplicar o corte sem hesitar; e de um CARISMA sombrio, que silencia o espírito do oponente ao ponto de ele não reagir.
[NÍVEL X] Dissecção Reflexa - Kaldrin não bloqueava ataques — ele os antecipava. O herdeiro herda essa intuição como um reflexo gravado no osso: quando atacado, ele pode ativar essa resposta imediata, lançando uma contra-incisão no instante exato da abertura do inimigo. O golpe é mais do que físico: ele revela, expondo conexões proibidas, pactos escondidos, memórias ocultas. O corte brilha por um instante como se o mundo inteiro estivesse sendo traçado em linhas cirúrgicas. Para isso, exige-se uma AGILIDADE que roça o premonitório, PRECISÃO exata como uma agulha, e uma SABEDORIA profunda, pois o corte certo é aquele que desestrutura, não necessariamente o que mata.
[NÍVEL XV] Cartografia das Entranhas - A morte é um livro aberto — para quem sabe lê-lo. O herdeiro, ao examinar um corpo, não vê carne: vê símbolos. Com paciência ritualística, traça linhas com o sangue do morto sobre superfícies antigas ou diretamente no ar, criando mapas espirituais que revelam não apenas a origem do cadáver, mas sua rede de vínculos e consequências. Com isso, o herdeiro pode seguir o rastro de um culto, prever a movimentação de uma conspiração ou até localizar um assassino jamais revelado. Para realizar tal feito, é necessário um equilíbrio entre SABEDORIA arcana, que compreende os códigos ocultos; CARISMA necromântico, que faz a própria morte cooperar; e FURTIVIDADE espiritual, pois os espíritos resistem a quem os olha sem reverência.
[NÍVEL XX] Marca da Carne - A mais arriscada das heranças de Kaldrin, esta técnica permite ao herdeiro vestir a identidade de outro ser com uma perfeição impossível de distinguir da realidade. Utilizando fragmentos de sangue, carne ou aura residual, o herdeiro cria uma réplica viva da presença de sua vítima: tom de voz, traços físicos, aura mágica — tudo é recriado. No entanto, quanto mais tempo permanecer na pele do outro, mais sua própria essência começa a escorrer, corroída pelo peso da mentira que se torna carne. Executar essa façanha demanda DESTREZA ritualística, para manipular o corpo com maestria; FURTIVIDADE de mimetismo elevado, para não levantar suspeitas; e um CARISMA fluido, capaz de interpretar até os silêncios da vítima copiada e amplificada ainda mais.
[NÍVEL V] Escalpelo Silencioso - A morte que mais assusta é aquela que não é sentida até ser inevitável. Esta técnica é ensinada apenas a quem domina a arte de desaparecer dentro da realidade. O herdeiro se aproxima de forma imperceptível — não como um ladrão, mas como um diagnóstico inevitável — e traça um corte simbólico, invisível a olho nu, que marca o corpo com um selo oculto de dissolução. O ferido sente seu mundo escurecer gradualmente: os sentidos embotam, as memórias falham, a energia escapa sem explicação. Cada segundo é uma queda. Essa habilidade depende da FURTIVIDADE absoluta, para existir fora da percepção; de uma PRECISÃO instintiva, para aplicar o corte sem hesitar; e de um CARISMA sombrio, que silencia o espírito do oponente ao ponto de ele não reagir.
[NÍVEL X] Dissecção Reflexa - Kaldrin não bloqueava ataques — ele os antecipava. O herdeiro herda essa intuição como um reflexo gravado no osso: quando atacado, ele pode ativar essa resposta imediata, lançando uma contra-incisão no instante exato da abertura do inimigo. O golpe é mais do que físico: ele revela, expondo conexões proibidas, pactos escondidos, memórias ocultas. O corte brilha por um instante como se o mundo inteiro estivesse sendo traçado em linhas cirúrgicas. Para isso, exige-se uma AGILIDADE que roça o premonitório, PRECISÃO exata como uma agulha, e uma SABEDORIA profunda, pois o corte certo é aquele que desestrutura, não necessariamente o que mata.
[NÍVEL XV] Cartografia das Entranhas - A morte é um livro aberto — para quem sabe lê-lo. O herdeiro, ao examinar um corpo, não vê carne: vê símbolos. Com paciência ritualística, traça linhas com o sangue do morto sobre superfícies antigas ou diretamente no ar, criando mapas espirituais que revelam não apenas a origem do cadáver, mas sua rede de vínculos e consequências. Com isso, o herdeiro pode seguir o rastro de um culto, prever a movimentação de uma conspiração ou até localizar um assassino jamais revelado. Para realizar tal feito, é necessário um equilíbrio entre SABEDORIA arcana, que compreende os códigos ocultos; CARISMA necromântico, que faz a própria morte cooperar; e FURTIVIDADE espiritual, pois os espíritos resistem a quem os olha sem reverência.
[NÍVEL XX] Marca da Carne - A mais arriscada das heranças de Kaldrin, esta técnica permite ao herdeiro vestir a identidade de outro ser com uma perfeição impossível de distinguir da realidade. Utilizando fragmentos de sangue, carne ou aura residual, o herdeiro cria uma réplica viva da presença de sua vítima: tom de voz, traços físicos, aura mágica — tudo é recriado. No entanto, quanto mais tempo permanecer na pele do outro, mais sua própria essência começa a escorrer, corroída pelo peso da mentira que se torna carne. Executar essa façanha demanda DESTREZA ritualística, para manipular o corpo com maestria; FURTIVIDADE de mimetismo elevado, para não levantar suspeitas; e um CARISMA fluido, capaz de interpretar até os silêncios da vítima copiada e amplificada ainda mais.