Antes das grandes escolas da Ordem ou das doutrinas do Sul, antes da fundação de Pathdashgal ou da codificação da linguagem dos círculos, havia Leviar — o homem que ousou traduzir o invisível. Nascido sob um eclipse total e batizado por um nome que não constava em nenhum tomo humano, Leviar não era feiticeiro, nem sacerdote, nem eremita. Era uma interseção. Um ponto entre a lógica e o sagrado, entre o símbolo e o verbo, entre o que se acredita e o que se conhece. Desde jovem, ele questionava não as formas do mundo, mas o que as sustentava — os padrões universais que se repetem nos ossos, nas runas, nas estrelas e nos nomes. Leviar via em tudo um espelho: o alto refletido no baixo, o passado costurado ao futuro, o corpo como metáfora do cosmo, o cosmo como reflexo do espírito.
Ele dizia que o mundo era feito de correspondências invisíveis, e que compreender essas ligações era mais perigoso do que lançar mil feitiços. E ele compreendeu. Criou o Alfabeto de Luz e Sangue, que converte intenções em geometrias. Fundiu fé e ciência num só símbolo, desenhado sobre carne viva. Ergueu estátuas que sussurravam fórmulas quando iluminadas por luar. Chamaram-no de herege, de visionário, de charlatão — e, por fim, de Mestre, quando até os inimigos vieram buscar sua doutrina para controlar o véu da realidade. Mas Leviar desapareceu. Dizem que, um dia, ele traçou um círculo perfeito e escreveu seu próprio nome no centro, invertendo a posição entre conjurador e conjurado. Desde então, todo aquele que busca o equilíbrio entre sombra e luz, entre o eu e o outro, entre o signo e a essência de tudo.
história do legado
|
|
Na aurora das ciências místicas, antes que houvesse tratados ou conselhos, Leviar já caminhava entre os círculos de pedra e os corredores de espelhos. Seu nome verdadeiro foi perdido — ou talvez nunca existiu — pois dizia-se que nenhuma palavra poderia conter sua natureza dupla sem quebrar em silêncio. Ele não nasceu mago. Era um estudioso dos extremos: da fé e do ceticismo, do visível e do velado, do profano e do sagrado. Observava com igual respeito os rituais dos templos e os gestos silenciosos dos hereges. Para ele, a verdade estava no que conecta os contrários, não em escolhê-los. Leviar foi o primeiro a codificar o que chamou de Alquimia do Espírito — uma arte que não se limitava a transformar metais ou invocar entidades, mas a manipular símbolos arquetípicos como forças vivas.
Ele afirmava que todas as coisas possuem um duplo — não um oposto, mas um reflexo invertido que dialoga com a essência do ser. Essa doutrina, conhecida como Espelhamento Hermético, foi proibida por reis e sacerdotes, pois dava a qualquer iniciado o poder de reescrever a si mesmo e o mundo, sem precisar de bênçãos, juramentos ou hierarquias. Grimórios atribuídos a Leviar foram selados, seus discípulos perseguidos, e sua existência gradualmente reduzida a mito. Mas o legado sobreviveu nos subterrâneos do saber, em rituais silenciosos, em círculos traçados com sangue e sal. Diz-se que, ao final de sua jornada, Leviar ergueu um círculo onde as linhas do corpo se cruzam com as do destino, e escreveu dentro dele um nome que não podia ser lido — apenas compreendido. E então, desapareceu. Alguns dizem que se desfez, tornando-se símbolo puro. Outros acreditam que Leviar se tornou o próprio reflexo do mundo, espreitando através de sonhos, espelhos, e momentos de dúvida. O Legado de Leviar desperta naqueles que questionam as estruturas fixas e de cunho poderoso.
habilidades passivas
primeiro desbloqueio
|
Em Midrel, os Legados não são apenas marcas narrativas ou títulos honoríficos — eles são fontes vivas de poder. Ao serem adquiridos, cada Legado desperta habilidades passivas únicas, profundamente ligadas à essência do herói, figura ancestral ou entidade que o originou. Essas habilidades são desbloqueadas automaticamente no momento da compra, como se o próprio mundo reconhecesse o vínculo selado entre o personagem e a história que ele agora carrega. Essas passivas agem de forma constante e espontânea, sem exigir ativação. Cada Legado possui uma ou mais dessas passivas exclusivas, e nenhuma pode ser obtida por outros meios de forma geral.
|
espelho interior |
O herdeiro de Leviar aprende a reconhecer e canalizar os próprios desequilíbrios como fonte de força. Isso o torna resistente a efeitos que visam corromper sua essência — como possessões, maldições e encantamentos de manipulação emocional ou espiritual. Sempre que é exposto a esses efeitos, seu espírito os reflete de volta em pequenas proporções. Essa habilidade é sustentada por uma FÉ fundamentada em si mesmo, RESISTÊNCIA psíquica profunda, e uma SABEDORIA introspectiva, capaz de compreender tudo.
|
|
véu dos simbolos |
Ao permanecer em silêncio ou concentrado, o herdeiro irradia uma aura sutil, composta de fragmentos simbólicos que flutuam como inscrições cintilantes ao seu redor. Esses símbolos reagem a ameaças ocultas, revelando presenças invisíveis, detectando maldições próximas e provocando falhas temporárias em encantamentos que se aproximam. Essa habilidade é alimentada por sua PRECISÃO ritualística refinada, sua SABEDORIA simbólica, e uma FÉ mística, que acredita que tudo — absolutamente tudo — pode ser escrito, lido e respondido mediante suas ações gerais.
|
|
doutrina do duplo |
Leviar compreendia que toda força carrega sua contraparte. O herdeiro, ao usar uma habilidade ou feitiço, manifesta uma sutil reverberação oposta — um eco que se manifesta em forma de insight, resistência adicional ou impulso reativo. Isso o torna imprevisível e perigosamente adaptável. Ele pode agir com serenidade na guerra, ou com fúria nos rituais — pois conhece o poder da inversão controlada. Essa passiva exige um equilíbrio entre CARISMA meditativo, VITALIDADE emocional contida, e SABEDORIA estrutural, pois somente quem domina os extremos pode permanecer inteiro no centro.
|
habilidades ativas
conhecimento geral
|
Em Midrel, os Legados não se limitam a conceder apenas habilidades passivas — eles também despertam habilidades ativas exclusivas, profundamente enraizadas na essência heroica, espiritual ou mítica da figura que originou o legado. Essas habilidades ativas representam manifestações diretas da vontade, do poder ou da memória viva do ancestral, sendo únicas, poderosas e, muitas vezes, transformadoras. Ao adquirir um Legado, o personagem desbloqueia automaticamente uma habilidade ativa vinculada ao núcleo simbólico daquele legado. Essas técnicas carregam um peso narrativo enorme e são respeitadas por todos aqueles que estão ao seu redor dentro de uma missão, aliados ou não.
[NÍVEL I] Selo do Reflexo - Leviar traça um símbolo no ar ou no chão — um selo que espelha energias. Ao ser ativado, o próximo efeito mágico, físico ou espiritual lançado contra o herdeiro é parcialmente revertido, atingindo seu emissor com metade da força e revelando uma fração de sua intenção oculta. O selo dura breves segundos, mas impõe hesitação nos inimigos, que sentem como se atacassem a si mesmos. A habilidade exige PRECISÃO ritualística, SABEDORIA sobre reflexos energéticos, e uma RESISTÊNCIA mística que ancora o selo na realidade amplificando suas capacidades.
[NÍVEL V] Linguagem Perfeita - Ao recitar fragmentos do Alfabeto de Luz e Sangue, o herdeiro ativa uma forma de encantamento verbal que reconfigura estruturas ao seu redor: magias são adaptadas, barreiras se tornam portais, armadilhas se invertem. O efeito depende do que for verbalizado e pode alterar até mesmo o comportamento de um objeto encantado. Os ouvintes sentem um arrepio ao escutar a entonação, como se algo além da linguagem estivesse falando. Essa habilidade é alimentada por uma FÉ mística, CARISMA cerimonial, e uma SABEDORIA linguística transcendental, deixando-o mais forte mediante ao tempo.
[NÍVEL X] Alinhamento Hermético - O herdeiro entra em estado de resonância simbólica total com o ambiente, identificando energias descompensadas e redistribuindo-as. Ele pode curar aliados debilitados ao absorver desequilíbrios, fortalecer barreiras existentes ou reverter efeitos mágicos colapsados. Durante a habilidade, o corpo do herdeiro brilha com traços geométricos vivos. A habilidade demanda VITALIDADE energética, SABEDORIA ritual, e uma PRECISÃO quase alquímica.
[NÍVEL XV] Duplo Manifesto - Leviar acreditava que todo ser carrega uma versão oculta de si. O herdeiro ativa essa máxima ao criar uma manifestação espiritual simbólica de si mesmo, feita de luz negra e formas geométricas flutuantes. Essa projeção não ataca diretamente, mas interfere em magias alheias, desfaz encantamentos, e desvia feitiços simples. Em certos casos, ela também pode ser usada como canal para invocar feitiços distantes. A habilidade depende de PODER ritualístico, SABEDORIA de duplicidade, e FÉ transmutadora, pois exige aceitar a si mesmo por completo.
[NÍVEL XX] Ultimo Vértice - Ao alcançar um ponto crítico do confronto, o herdeiro traça três linhas no ar, unindo corpo, mente e espírito em um único vértice de intenção. Por alguns segundos, sua presença se torna uma âncora simbólica do equilíbrio entre forças opostas: inimigos hesitam, encantamentos cessam, aliados sentem estabilidade e confiança. Durante esse efeito, nenhuma magia pode ser amplificada ou distorcida — tudo permanece fiel à sua forma original. Quando o efeito termina, o herdeiro sofre exaustão, mas deixa um símbolo flutuante no ar, que continua repelindo efeitos corruptos por mais alguns instantes. A habilidade requer FÉ absoluta na ordem simbólica, SABEDORIA sagrada, e um CARISMA centralizador que impõe harmonia até mesmo ao caos, amplificando sua força.
[NÍVEL V] Linguagem Perfeita - Ao recitar fragmentos do Alfabeto de Luz e Sangue, o herdeiro ativa uma forma de encantamento verbal que reconfigura estruturas ao seu redor: magias são adaptadas, barreiras se tornam portais, armadilhas se invertem. O efeito depende do que for verbalizado e pode alterar até mesmo o comportamento de um objeto encantado. Os ouvintes sentem um arrepio ao escutar a entonação, como se algo além da linguagem estivesse falando. Essa habilidade é alimentada por uma FÉ mística, CARISMA cerimonial, e uma SABEDORIA linguística transcendental, deixando-o mais forte mediante ao tempo.
[NÍVEL X] Alinhamento Hermético - O herdeiro entra em estado de resonância simbólica total com o ambiente, identificando energias descompensadas e redistribuindo-as. Ele pode curar aliados debilitados ao absorver desequilíbrios, fortalecer barreiras existentes ou reverter efeitos mágicos colapsados. Durante a habilidade, o corpo do herdeiro brilha com traços geométricos vivos. A habilidade demanda VITALIDADE energética, SABEDORIA ritual, e uma PRECISÃO quase alquímica.
[NÍVEL XV] Duplo Manifesto - Leviar acreditava que todo ser carrega uma versão oculta de si. O herdeiro ativa essa máxima ao criar uma manifestação espiritual simbólica de si mesmo, feita de luz negra e formas geométricas flutuantes. Essa projeção não ataca diretamente, mas interfere em magias alheias, desfaz encantamentos, e desvia feitiços simples. Em certos casos, ela também pode ser usada como canal para invocar feitiços distantes. A habilidade depende de PODER ritualístico, SABEDORIA de duplicidade, e FÉ transmutadora, pois exige aceitar a si mesmo por completo.
[NÍVEL XX] Ultimo Vértice - Ao alcançar um ponto crítico do confronto, o herdeiro traça três linhas no ar, unindo corpo, mente e espírito em um único vértice de intenção. Por alguns segundos, sua presença se torna uma âncora simbólica do equilíbrio entre forças opostas: inimigos hesitam, encantamentos cessam, aliados sentem estabilidade e confiança. Durante esse efeito, nenhuma magia pode ser amplificada ou distorcida — tudo permanece fiel à sua forma original. Quando o efeito termina, o herdeiro sofre exaustão, mas deixa um símbolo flutuante no ar, que continua repelindo efeitos corruptos por mais alguns instantes. A habilidade requer FÉ absoluta na ordem simbólica, SABEDORIA sagrada, e um CARISMA centralizador que impõe harmonia até mesmo ao caos, amplificando sua força.