Antes de qualquer submissão. Antes da ordem hierárquica. Antes mesmo da ideia de pecado, havia uma voz que não se calava diante da imposição. Essa voz tem muitos nomes, mas em Midrel, ela ressurge no sussurro do vento noturno e no olhar da lua oculta: Lirneth, o Legado da Primeira Desobediente — aquela que escolheu existir por si. Lilith não caiu. Ela se recusou a se dobrar. Na tradição arcana de Midrel, Lirneth não é um legado de trevas, mas de autonomia absoluta, magia inata e vínculo profundo com a noite primordial. Seus herdeiros não herdam apenas poder, mas um estado de ser que jamais se rendeu. Eles falam com os ventos ocultos, caminham entre sombras conscientes, e despertam nos outros uma inquietação que denuncia o medo ancestral da liberdade, amplificando o seu poder.
Lirneth representa o feminino incontrolável, o arcano livre e a natureza crua da alma não domesticada. Seus portadores são sedutores sem máscaras, conjuradores sem livros, líderes sem trono, pois seu poder não está no que impõem, mas no que despertam. A aura de Lirneth emana como perfume antigo — ao mesmo tempo atraente e perigoso — e ecoa nos espaços onde a sociedade insiste em não olhar. Não pertencem à luz, mas também não são filhos da escuridão. São habitantes do limiar. Do entardecer das certezas. Das margens do que se aceita. Alguns dirão que seus herdeiros são feiticeiros, outros os chamarão de bruxos, encantadores, demônios ou libertadores. Mas no fim, todos sentem o mesmo: diante de Lirneth, ninguém sai ileso. Nas doutrinas ocultas de Midrel, há um símbolo riscado no fundo das cavernas esquecidas que ninguém ousa se aproximar.
história do legado
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O mundo antigo de Midrel recorda fragmentos esquecidos. Nas pedras onde o sangue não foi limpo. Nos espelhos cobertos de panos. Nos sussurros proibidos ao redor da fogueira. Lirneth é a lembrança que a fé institucionalizada tentou enterrar — mas que floresceu sob a terra, alimentada pela recusa, pela carne e pelo espírito livre. Quando o primeiro homem recebeu sua companheira, ele a quis abaixo. Mas ela se recusou. Não por orgulho. Não por raiva. Mas porque dentro dela ardeu o saber proibido — uma centelha de algo maior do que obediência. Ela partiu. Partiu do Jardim, partiu das Leis, partiu do próprio Nome. Foi a primeira a invocar os nomes não registrados nos grimórios celestiais. Foi a primeira a fazer da carne um altar, da liberdade um pacto e do desejo, uma oferenda a sua divindade.
Dizem que nos confins de Midrel, onde a floresta se funde com o sono e a noite respira viva, ainda há grutas onde os ecos de Lirneth se manifestam. Lá, nenhum símbolo sagrado funciona, mas todas as verdades veladas ganham voz. Foi ali que ela escreveu seus ensinamentos nas paredes com sangue de deuses mortos e saliva de amantes esquecidos. Suas palavras não instruíam — despertavam. A Sabedoria Profana que compõe o coração do legado de Lirneth não é conhecimento proibido por ser maligno. É proibido porque liberta. Porque ensina que o corpo sente antes da mente compreender. Que o prazer é um canal de poder. Que a sombra não é oposta à luz — é o seu ventre. Que a verdade não se encontra no alto de um templo, mas no fundo da alma selvagem. Seus herdeiros caminham entre mundos sem precisar de portais. Têm olhos que leem a mentira por trás das doutrinas. Conhecem as plantas que curam e as que enlouquecem. Os nomes dos espíritos errantes. Os contratos não registrados. A força do toque. O mistério da língua.
habilidades passivas
primeiro desbloqueio
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Em Midrel, os Legados não são apenas marcas narrativas ou títulos honoríficos — eles são fontes vivas de poder. Ao serem adquiridos, cada Legado desperta habilidades passivas únicas, profundamente ligadas à essência do herói, figura ancestral ou entidade que o originou. Essas habilidades são desbloqueadas automaticamente no momento da compra, como se o próprio mundo reconhecesse o vínculo selado entre o personagem e a história que ele agora carrega. Essas passivas agem de forma constante e espontânea, sem exigir ativação. Cada Legado possui uma ou mais dessas passivas exclusivas, e nenhuma pode ser obtida por outros meios de forma geral.
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sopro do nome |
A herdeira carrega consigo um nome que não pode ser pronunciado — mas que reverbera em sua presença. Ao entrar em qualquer ambiente, seres sensíveis ou arcanos sentem um arrepio instintivo, como se estivessem diante de uma presença que já conheciam antes de nascer. Efeitos de detecção espiritual, encantamentos passivos de vigilância ou compulsões leves falham diante dela. Espíritos se tornam inquietos, e entidades ocultas se revelam ou hesitam. Essa passiva se ancora no CARISMA oculto, que influencia sem esforço; na FÉ transgressora, que desafia estruturas místicas; e na SABEDORIA intuitiva, que percebe o que não é dito em alto e bom som.
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carne sombria |
A herdeira não precisa se esconder — a noite a protege por natureza. Em campos onde há escuridão, penumbra, névoa ou fluxo espiritual denso, ela recebe bônus naturais de furtividade, resistência a magias de controle e aceleração dos sentidos. Animais e entidades noturnas não a atacam espontaneamente, reconhecendo algo familiar em sua aura. Essa habilidade nasce da FURTIVIDADE ritualística, da RESISTÊNCIA mágica visceral, e da VITALIDADE lunar, pois o corpo da herdeira se adapta como criatura selvagem à presença do invisível e poderoso.
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liberdade venenosa |
A herdeira de Lirneth aprende desde cedo que o que os outros chamam de veneno, ela chama de catalisador. Sempre que afetada por estados negativos como venenos, sangramentos, confusão ou febre arcana, ela pode absorver parte do efeito, convertendo-o temporariamente em aumento de percepção, resistência ou feitiço espontâneo. Em ambientes ritualísticos, esse efeito se intensifica, permitindo inclusive prever ações inimigas instantes antes de ocorrerem. Essa habilidade vive na SABEDORIA corporal profunda, na RESISTÊNCIA simbiótica, e no PODER profano, que transforma dor em domínio.
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habilidades ativas
conhecimento geral
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Em Midrel, os Legados não se limitam a conceder apenas habilidades passivas — eles também despertam habilidades ativas exclusivas, profundamente enraizadas na essência heroica, espiritual ou mítica da figura que originou o legado. Essas habilidades ativas representam manifestações diretas da vontade, do poder ou da memória viva do ancestral, sendo únicas, poderosas e, muitas vezes, transformadoras. Ao adquirir um Legado, o personagem desbloqueia automaticamente uma habilidade ativa vinculada ao núcleo simbólico daquele legado. Essas técnicas carregam um peso narrativo enorme e são respeitadas por todos aqueles que estão ao seu redor dentro de uma missão, aliados ou não.
[NÍVEL I] Lingua de Sândalo - A herdeira sussurra palavras em uma língua extinta — sons vibrantes que parecem se enroscar nos ouvidos dos alvos, desestabilizando suas emoções mais escondidas. Aqueles atingidos pela voz sentem a memória de desejos proibidos, medos reprimidos e verdades que tentaram esquecer. Isso pode provocar hesitação, recuo ou abertura involuntária a feitiços mentais.
Aliados próximos que escutam o sussurro recebem aumento temporário na resistência psíquica. Essa habilidade nasce do CARISMA entorpecente, da SABEDORIA ritualística que sabe onde tocar no inconsciente, e da PRECISÃO vocal de quem molda o silêncio em poder e grandiosidade.
[NÍVEL V] Trança do Julgamento - A herdeira ergue uma mecha de seu próprio cabelo — ou de um fio simbólico — e a tece no ar como se costurasse um destino. O alvo escolhido passa a ser marcado por um elo invisível: seus movimentos tornam-se mais fáceis de prever, e feitiços direcionados a ele recebem bônus de acerto e persistência. Se o alvo tentar se afastar demasiadamente da herdeira, sente uma ardência no peito, como se estivesse sendo observado por olhos antigos. Essa habilidade é sustentada pela PRECISÃO simbólica, pelo PODER do vínculo oculto, e por uma FÉ nas leis que não foram escritas, mas ainda regem os gestos.
[NÍVEL X] Primeiro Encanto - A herdeira fere levemente a si mesma — um corte ritual, nunca fatal — e o sangue derramado forma runas no chão ou no ar, que podem explodir em um raio mágico ou fixar uma maldição temporária no inimigo mais próximo. O tipo de efeito depende da intenção da herdeira ao se ferir: dano direto, confusão mental, perda temporária de aura ou reversão de encantamento. A habilidade é alimentada pela FÉ sacrificial, pelo PODER da própria carne como condutor, e pela RESISTÊNCIA psicoemocional de quem transforma dor.
[NÍVEL XV] Cortejo Sagrado - A herdeira convoca entidades etéreas de desejo, sombra e memória, que aparecem por alguns segundos em forma de dançarinos espectrais. Esses seres flutuam ao redor da herdeira ou de um aliado, absorvendo feitiços e investidas hostis uma vez, ou intoxicando emocionalmente o agressor com visões sedutoras e paralisantes. Durante esse tempo, a herdeira brilha com uma aura alaranjada e violeta, como se estivesse em êxtase ritualístico. Essa habilidade exige CARISMA místico, PODER de invocação profana, e VITALIDADE arcana, pois o corpo da herdeira serve como canal entre mundos.
[NÍVEL XX] Primeira Queda - Em seu auge, a herdeira ativa um poder proibido: beija o ar, um aliado ou um inimigo, e transfere uma maldição de origem primordial. Se o beijo for dado voluntariamente em um aliado, este ganha imunidade temporária a encantamentos divinos, compulsões angelicais ou doutrinas mentais. Se for forçado a um inimigo (por toque, aproximação ou feitiço), o alvo é banido temporariamente de conexões com o sagrado — perdendo acesso a bênçãos, regenerações ou vínculos espirituais. A herdeira, por um tempo, carrega o gosto da rebelião no corpo. Essa habilidade é feita de CARISMA ritual, FÉ invertida, e PRECISÃO emocional — pois seu sucesso depende mais da intenção do que da força, amplificando suas capacidades gerais.
Aliados próximos que escutam o sussurro recebem aumento temporário na resistência psíquica. Essa habilidade nasce do CARISMA entorpecente, da SABEDORIA ritualística que sabe onde tocar no inconsciente, e da PRECISÃO vocal de quem molda o silêncio em poder e grandiosidade.
[NÍVEL V] Trança do Julgamento - A herdeira ergue uma mecha de seu próprio cabelo — ou de um fio simbólico — e a tece no ar como se costurasse um destino. O alvo escolhido passa a ser marcado por um elo invisível: seus movimentos tornam-se mais fáceis de prever, e feitiços direcionados a ele recebem bônus de acerto e persistência. Se o alvo tentar se afastar demasiadamente da herdeira, sente uma ardência no peito, como se estivesse sendo observado por olhos antigos. Essa habilidade é sustentada pela PRECISÃO simbólica, pelo PODER do vínculo oculto, e por uma FÉ nas leis que não foram escritas, mas ainda regem os gestos.
[NÍVEL X] Primeiro Encanto - A herdeira fere levemente a si mesma — um corte ritual, nunca fatal — e o sangue derramado forma runas no chão ou no ar, que podem explodir em um raio mágico ou fixar uma maldição temporária no inimigo mais próximo. O tipo de efeito depende da intenção da herdeira ao se ferir: dano direto, confusão mental, perda temporária de aura ou reversão de encantamento. A habilidade é alimentada pela FÉ sacrificial, pelo PODER da própria carne como condutor, e pela RESISTÊNCIA psicoemocional de quem transforma dor.
[NÍVEL XV] Cortejo Sagrado - A herdeira convoca entidades etéreas de desejo, sombra e memória, que aparecem por alguns segundos em forma de dançarinos espectrais. Esses seres flutuam ao redor da herdeira ou de um aliado, absorvendo feitiços e investidas hostis uma vez, ou intoxicando emocionalmente o agressor com visões sedutoras e paralisantes. Durante esse tempo, a herdeira brilha com uma aura alaranjada e violeta, como se estivesse em êxtase ritualístico. Essa habilidade exige CARISMA místico, PODER de invocação profana, e VITALIDADE arcana, pois o corpo da herdeira serve como canal entre mundos.
[NÍVEL XX] Primeira Queda - Em seu auge, a herdeira ativa um poder proibido: beija o ar, um aliado ou um inimigo, e transfere uma maldição de origem primordial. Se o beijo for dado voluntariamente em um aliado, este ganha imunidade temporária a encantamentos divinos, compulsões angelicais ou doutrinas mentais. Se for forçado a um inimigo (por toque, aproximação ou feitiço), o alvo é banido temporariamente de conexões com o sagrado — perdendo acesso a bênçãos, regenerações ou vínculos espirituais. A herdeira, por um tempo, carrega o gosto da rebelião no corpo. Essa habilidade é feita de CARISMA ritual, FÉ invertida, e PRECISÃO emocional — pois seu sucesso depende mais da intenção do que da força, amplificando suas capacidades gerais.