besta transmutada
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Molgrath é uma abominação anelídea colossal, temida em lendas subterrâneas e evitada até pelos necromantes mais ousados. Conhecido como o Vermífugo de Ossos, ele não caça, não grita, nem exige oferendas — ele apodrece, corrói e devora tudo o que está morto… e o que está prestes a morrer. Sua origem é envolta em pavor e incerteza, mas registros esquecidos nos criptários de Harlok mencionam um ritual de necrofagismo proibido, realizado sob os ossos de uma cidade condenada. Dali, uma criatura se formou a partir da decomposição viva, nutrida por larvas mágicas, fluidos pútridos e ossos reanimados, fundindo-se em uma só mente: Molgrath. Ele rasteja por túneis que ele mesmo escava sob campos de batalha antigos, cemitérios afundados e cidades ruínas, tornando as coisas ainda mais difíceis para ele.
Molgrath é tão temido que até mortos-vivos se contorcem em sua presença, como se reconhecessem ali um predador mais antigo que sua não-vida. Seu corpo é segmentado, coberto por placas de osso fusionadas com carne pútrida e cristais esverdeados de necroenergia. Seus “olhos” são múltiplas fendas que não enxergam o mundo, mas sim o estado vital de cada criatura. Sua boca circular gira em espiral, triturando pedra, carne, alma e aço da mesma forma. O chão por onde passa se torna infértil por décadas, e nenhum espírito repousa onde seu sangue escorreu. Molgrath representa o colapso do que está além da morte. Um símbolo de que não há descanso, nem mesmo na podridão. Se quiser, posso continuar com seus dados físicos.
características da besta
conhecimento geral
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Molgrath é uma entidade monstruosa que habita as profundezas esquecidas do mundo, onde a luz não chega e o tempo parece ter sido devorado. Ele é conhecido como o Vermífugo de Ossos porque sua passagem consome tudo o que um dia teve forma — carne, osso, memória e até santidade. Não é um simples verme gigante, mas sim um aglomerado consciente de decomposição viva, criado a partir da fusão de necroenergia, rituais corrompidos e incontáveis cadáveres. É um ciclo necrofágico que ganhou fome própria, com inteligência primitiva e instinto quase divino de erradicar qualquer vestígio de vida que tente persistir na morte. Diz-se que Molgrath surgiu após a devastação de uma cidade inteira, engolida por maldições necromânticas. Os corpos enterrados nas profundezas dessa terra profanada.
Molgrath percorre lentamente as veias mortas do subsolo: ossuários antigos, catacumbas seladas, templos esquecidos e os cemitérios que já não pertencem a deus algum. Sua aproximação é sentida por um aumento repentino de umidade pútrida, por vermes brancos que brotam das paredes e por ossos que rangem sem serem tocados. Magias de cura falham nas proximidades. Preces silenciam. E espíritos, mesmo os mais furiosos, fogem. Ele é tanto físico quanto espiritual: onde seu corpo não alcança, sua presença apodrece. Sua mente não raciocina da forma tradicional, mas tem memória corporal coletiva, como um organismo que carrega lembranças em cada célula morta que devorou. Pode reconhecer paladinos que já lhe feriram em outras eras. Pode cheirar a alma de uma cidade pelas rachaduras.
status |
Não-Domável
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habitat |
Esgotos, Pântano
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altura |
6.0 metros;
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comprimento |
30 metros;
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peso |
80 toneladas;
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dificuldade |
★★★★★
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poder da besta
putrefação consciente
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Molgrath não ataca como uma criatura selvagem, nem conjura feitiços como um mago. Seu poder é a própria putrefação consciente. Ele é uma manifestação do ciclo final da morte, aquele que ocorre quando até os ossos se tornam pó — mas que, no caso dele, jamais se dispersa. Seu corpo pulsa com necroenergia úmida, infestada por larvas místicas, vermes arcano-necrofágicos e vapores pútridos que desestabilizam até os conjuradores mais disciplinados. Sua habilidade principal é o Ciclo da Decomposição Viva: uma aura constante que envolve seu corpo e o solo ao seu redor, fazendo com que matéria orgânica — carne, madeira, couro, até certos tipos de rochas encantadas — comece a se desfazer lentamente apenas com sua aproximação. Armaduras de couro se desfazem em minutos.
Molgrath libera também o Sopro Fétido, uma nuvem de gás denso, acinzentado e viscoso que não apenas envenena, mas anula feitiços de cura e regeneração por tempo limitado. Dentro da nuvem, criaturas afetadas começam a sentir dores ilusórias, cheiro de carne fervendo e, em alguns casos, têm alucinações de seus próprios corpos apodrecendo em tempo real. Essa nuvem ainda serve como alimento para as larvas que vivem em seu dorso, fortalecendo suas camadas defensivas. Mas sua arma mais temida é o Chamado das Larvas, uma técnica em que Molgrath abre fissuras em seu próprio corpo e libera milhares de vermes pálidos encantados, que rastejam pelo campo e tentam se infiltrar nos corpos vivos — por feridas abertas em batalha.
pontos fortes e fracos
CONFRONTANDO A BESTA
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No vasto e selvagem mundo das criaturas, todas as bestas — das mais humildes às mais colossais — carregam em si tanto poder quanto limitação. Nenhuma é invencível, pois cada uma foi moldada pelas forças naturais, mágicas ou divinas que lhes deram origem, e essas mesmas forças impõem um equilíbrio inevitável. Se uma besta domina o fogo, ela pode ser vulnerável ao silêncio ou à ausência de oxigênio. Se carrega uma couraça impenetrável, talvez sua mobilidade seja lenta, ou seus olhos incapazes de enxergar em ambientes de pura luz. Se voa entre as tempestades, talvez não suporte a gravidade das profundezas.
pontoS forteSMolgrath é praticamente invulnerável em ambientes subterrâneos ou corrompidos. Seu corpo não é apenas resistente — ele se regenera ativamente ao absorver matéria orgânica, energia necromântica ou restos em decomposição. Ele não depende de visão, som ou calor, rastreando seus inimigos pelo estado vital: quanto mais vivo, mais visível a presa se torna para ele. Magias de veneno, sombra, paralisia ou manipulação mental são inúteis contra sua fisiologia aberrante. Além disso, sua presença corrompe o campo de batalha: cura se torna ineficaz, a regeneração natural falha, e a própria terra apodrece. Inimigos cercados por suas larvas enfrentam o risco de paralisia interna e colapso espiritual, enquanto as estruturas ao redor vão sendo lentamente digeridas por sua aura.
PONTOS FRACOSApesar de sua letalidade, Molgrath é lento e pesado. Fora de túneis ou áreas tomadas por cadáveres e decomposição, ele perde mobilidade e parte de sua regeneração. Em locais purificados por luz divina, essências dracônicas ou bênçãos solares, sua carne apodrece mais rápido do que se cura. É vulnerável a magias de purificação, fogo consagrado, e selos ritualísticos de ruptura de necroenergia. Quando exposto a luz sagrada contínua, seus vermes recuam, sua aura se enfraquece, e suas camadas exteriores se quebram com mais facilidade. Ele também é altamente sensível a armas encantadas com essência viva — especialmente aquelas forjadas em nome da preservação natural ou sagrada — que não apenas o ferem, mas causam dano real ao seu núcleo pútrido, impedindo que a carne ao redor se feche novamente.
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recompensas da besta
premio de consolação
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No coração do desconhecido, além do medo e do fascínio que as bestas despertam, existe um outro motivo pelo qual tantos ousam enfrentá-las: as recompensas. Cada besta carrega em si algo único, precioso e, muitas vezes, inatingível por qualquer outro meio natural. Seja um fragmento de sua essência, um mineral que só cresce sobre seu dorso, ou uma glândula que destila poder ancestral, as bestas são fontes vivas de relíquias, materiais raros e segredos perdidos. Essas recompensas não são simples espólios de batalha — são partes do mundo que não podem ser encontradas em minas, lojas ou bibliotecas.
coração larvalUm núcleo pulsante e encharcado de necroenergia, coberto por camadas de vermes adormecidos e tecido vivo. Essa relíquia pode ser usada em rituais necromânticos para amplificar magias de decomposição, invocar enxames de larvas espectrais, ou até infundir armas com veneno necromágico, que apodrece armaduras e debilita a resistência física do inimigo. Quando inserido em um catalisador arcano, torna feitiços do tipo morte ou degeneração.
fragmento de cascaUm pedaço da couraça de Molgrath, feita de ossos e carne fossilizada, ainda vibrando com energia pútrida. Esse material é resistente e ideal para forjar escudos ou armaduras que oferecem resistência a venenos, doenças e efeitos de corrupção, além de causar dano fétido a qualquer inimigo que tente agarrar ou morder o portador. Pode ser esculpido em totems ou usados como talismãs por necromantes para evitar a influência de entidades rivais da morte.
dente de ossodrenoUma lâmina natural feita de dentes de osso fundidos sob pressão e corrupção. Pesada, irregular, e afiada como cristal bruto, esta arma pode ser usada como punhal ou incrustada em armas maiores, e causa ferimentos que bloqueiam regenerações mágicas e corroem a alma da vítima lentamente. Além disso, ao atingir um alvo que já esteja ferido, o dente ativa sua marca: pequenas larvas invisíveis começam a incubar dentro do corpo, ativando um colapso interno se não forem removidas a tempo, causando a sua morte.
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