dominio gélido
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Bloqueado
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linguagem |
Galdur
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território |
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influência |
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informações do continente
era do gelo
A Era do Gelo de Northgard é lembrada nas runas e cânticos antigos como o Inverno Que Não Terminava — um ciclo glacial tão prolongado e profundo que não apenas cobriu o continente de gelo eterno, mas mudou o próprio curso do mundo. Foi uma era de silêncio absoluto, onde o tempo parecia preso, e o sol era apenas uma lembrança fraca no céu cinzento. Nevascas infindas, mares congelados, florestas soterradas sob camadas de geada milenar… e no coração de tudo, uma quietude sagrada e aterradora, como se o mundo estivesse esperando algo que jamais veio. Durante essa era, as fronteiras de Northgard se expandiram, com placas de gelo avançando sobre os oceanos, conectando terras distantes, congelando rotas marítimas e arrastando pedaços inteiros de montanhas e terras vivas. O próprio continente, pressionado por forças geológicas e mágicas, começou a rachar-se lentamente, como se sua alma estivesse se fragmentando para resistir à pressão do frio imortal.
Foi nesse tempo que ocorreu o Rompimento de Cahaen, um dos eventos mais misteriosos e significativos da história oculta dos continentes. Cahaen, então uma região periférica de Northgard, repleta de planaltos gelados e cavernas de cristal glacial, desprendeu-se do continente principal. O gelo vivo que mantinha suas bases firmes se partiu com um estrondo ouvido pelos clãs do norte como o Rugido da Mãe Gélida — um presságio que o mundo estava mudando. Cahaen, colossal e carregada de energia glacial, foi lançada pelos mares, como uma flecha adormecida guiada pelo destino, navegando por eras em um lento e silencioso exílio até colidir com o lado setentrional de Varkitan. O impacto não foi explosivo, mas transformador: a terra de Varkitan tremeu, mares se alteraram e parte de sua geografia foi redesenhada para sempre. Onde antes havia apenas pradarias e montanhas brandas, surgiu um território gélido, marcado por vestígios de runas congeladas, estruturas nord-guardianas soterradas e um frio que jamais se dissipou. Desde então, Cahaen tornou-se uma cicatriz viva em Varkitan, uma terra onde a essência de Northgard ainda pulsa, mesmo a milhares de léguas de sua origem. Muitos sábios afirmam que o solo de Cahaen ainda sussurra as canções do norte, que as criaturas ali nascidas carregam o instinto do gelo, e que antigas entidades adormecidas durante a Era do Gelo permanecem ocultas sob sua superfície — esperando o retorno do Inverno sem fim.
cultura do continente
deuses caidos
Os Deuses Caídos são uma cicatriz espiritual no tecido do mundo — vestígios divinos que não desapareceram, mas foram rejeitados, corrompidos ou esquecidos. Diferente dos deuses adorados, cultuados ou temidos nas grandes religiões dos continentes, os Deuses Caídos não foram vencidos por inimigos — foram vencidos por escolhas, por orgulho, por silêncio… ou por permanecerem fiéis demais à própria natureza. Essas entidades eram, um dia, forças absolutas: da criação, do ciclo, da justiça, da destruição, da vida. Governaram planos, guiaram povos, inspiraram pactos e milagres. Mas em algum ponto de suas jornadas — seja por trair os princípios celestes, por tentar moldar o mundo à sua própria imagem, ou por recusar-se a obedecer às Leis Eternas — foram derrubados de seus tronos, expulsos do firmamento ou arrancados do Livro dos Nomes.
Ao tocar o mundo inferior, esses deuses despedaçados não desaparecem — eles apodrecem, se adaptam, se diluem, se arrastam pela essência do que restou. Alguns tomam formas monstruosas. Outros permanecem como vozes dentro de objetos, relíquias, lugares profanados ou sonhos proibidos. Há aqueles que mantêm templos em ruínas, onde sacerdotes enlouquecidos ainda entoam cânticos com palavras que rasgam o ar ao serem pronunciadas. Em muitos continentes, falar dos Deuses Caídos é proibido. Mas em locais onde o tempo e a fé já se quebraram — como Thornwald ou regiões sombrias de Varkitan — sua influência retorna sutilmente, como mofo sobre pedra antiga. Reinos inteiros já ruíram por escutar o sussurro errado em um momento de desespero. Linhagens foram marcadas por maldições eternas ao carregar símbolos que um dia foram sagrados — e hoje sangram realidade por onde passam. Alguns dizem que há Deuses Caídos que foram empurrados pela inveja dos outros, que caíram por revelar verdades que o panteão desejava esconder. Outros simplesmente quiseram amar como os mortais, desejar como os mortais… e foram punidos por isso.
pontos fortes
dominio do gelo
O Domínio do Gelo não é apenas uma região ou uma estação — é uma força primordial, uma entidade territorial que se manifesta onde o frio não é clima, mas vontade. Presente de forma mais plena em Northgard, mas ecoando em fragmentos por lugares como Cahaen, o Domínio do Gelo é a manifestação viva do silêncio implacável, da estagnação eterna e da memória preservada pelo frio. Onde o Domínio do Gelo se impõe, o tempo desacelera, os sons se tornam distantes, e até a luz parece mais fraca. O gelo não é só físico — ele entra nos ossos, no espírito, nas vontades, congelando emoções, apagando lembranças e impondo uma calma forçada que beira a morte. É por isso que muitos dizem que o gelo não mata com fúria, mas com paciência. No plano arcano, o Domínio do Gelo é associado a uma camada intermediária entre o mundo físico e o espiritual, onde almas perdidas vagam em flocos de neve eternos, presas em fragmentos de tempo que jamais avançam.
Magos que ousam dominar essa força sabem que o gelo pode preservar… mas também pode trancar. Congelar uma verdade, esconder uma memória, selar uma entidade, impedir o tempo de continuar. Aqueles que possuem afinidade com o Domínio do Gelo — chamados por vezes de Filhos da Geada, Andarilhos da Escarcha ou Vozes do Frio Eterno — são seres silenciosos, dotados de poder contido, calculado. Suas magias não explodem: elas enrijecem o mundo à sua volta, tornam o inimigo lento, paralisam ideias, e por vezes, congelam até a esperança. Elementalistas e xamãs do norte dizem que o Domínio do Gelo foi a primeira força a despertar após a criação, antes mesmo da luz ou da chama, pois o silêncio veio antes do som. É também visto como o guardião das verdades proibidas, pois o gelo guarda aquilo que não deve ser lembrado — desde deuses caídos até pactos ancestrais esquecidos sob glaciares milenares. Por fim, o Domínio do Gelo não se submete ao tempo. Ele o guarda. Ele o desafia. Ele o aprisiona. E em eras onde o mundo queima em caos, é o Gelo quem observa em silêncio. Esperando a hora de cobrir tudo novamente. Com neve. Com silêncio. Com esquecimento de tudo que já existiu. Aqueles que caminham sob o manto do Gelo são diferentes. Eles não queimam com fúria, não brilham com ambição. Eles observam. Esperam. Quando agem, o fazem com precisão e frieza absoluta. São parte do inverno, filhos do esquecimento. Não há explosões em suas magias, apenas o som do mundo parando por um segundo... longo o suficiente para decidir o destino de quem ousa desafiar a imobilidade.