Há homens que estudam o mundo para compreendê-lo. Há magos que tocam o invisível para transformá-lo. Mas há aqueles — raros, silenciosos, inalteráveis — que sabem, sem precisar fazer. Nostryel foi um desses. Um homem envolto em névoa e tempo, cuja presença nunca pertencia inteiramente ao momento presente. Ele caminhava por ruas onde as sombras sussurravam segredos de guerras que ainda não haviam sido lutadas, e olhava para rostos comuns como quem assiste à morte e renascimento de estrelas. Não se sabe de onde veio, apenas que não nasceu como os outros. Desde cedo, falava em versos, descrevia dias que ainda não haviam amanhecido, e escrevia livros que não podiam ser lidos — pois só revelavam suas palavras a quem estivesse pronto para saber, amplificando seu poder.
E por isso, foi temido por reis, caçado por sacerdotes e seguido por multidões. Seus escritos, os Versos Cifrados, ainda circulam entre bibliotecas veladas e ordens secretas. Cada profecia não é uma sentença, mas uma escolha — pois Nostryel nunca falava para impedir o destino, mas para dar ao mundo a chance de olhar para ele de frente. Diz-se que quando finalmente desapareceu, não foi levado pela morte, mas por uma linha de tempo que ainda não chegou. Alguns acreditam que ainda caminha entre eras, encarnando-se em corpos distintos, sempre deixando fragmentos de visão para os que ousam olhar além do agora. O Legado de Nostryel desperta em seres de olhar calmo e silêncio inquietante. Eles não gritam. Não apressam. Mas quando falam, o mundo escuta. Nostryel não combatia. Não governava. Não julgava. Ele avisava, amplificando seu poder de forma geral.
história do legado
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Antes que os dias fossem contados em calendários, antes que os impérios se erguessem para cair sob seus próprios nomes, o tempo já murmurava. Ele não era ainda uma estrada linear — era uma tapeçaria de possibilidades, entrelaçada por escolhas e silêncios. E foi nesse entrelaçar que nasceu Nostryel, não de mulher, nem de carne, mas de um sopro entre o passado e o que ainda não era. Nostryel não viveu: ele atravessou. Caminhou pelas Eras como quem pisa entre rios paralelos. Sentia o peso de guerras que não haviam começado, chorava mortes que ainda não tinham nomes, e sorria diante de vitórias que jamais aconteceriam. Não por poder, mas por entendimento. Ele não adivinhava o futuro. Ele lia os caminhos entre os instantes. Diz-se que tudo o que viu, registrou — mas nunca em prosa.
Não como quem imagina, nem como quem interpreta sinais. Ele sabia porque lembrava do que ainda não havia acontecido. Para Nostryel, o tempo era uma sala com espelhos onde passado, presente e futuro se encaram sem reconhecer o próprio reflexo. Ele não caminhava para frente — caminhava em círculos amplos, de uma era a outra, como quem colhe o que ainda não foi plantado. Assim nasceram os Versos Cifrados — fragmentos de tempo condensados em poesia críptica. Cada estrofe era uma lente, uma chave, uma porta que só se abre quando o mundo estiver pronto (ou desesperado) o suficiente para entendê-la. Os versos não revelam o futuro: eles o despertam. Alguns deles falam de reis que ainda não nasceram. Outros descrevem o fim de cidades que sequer existem. E outros… outros falam de pessoas que lêem os próprios versos, reconhecendo-se como herdeiros sem saber por quê. Alguns deles falam de reis que ainda não nasceram. Outros descrevem o fim de cidades que sequer existem, ampliando seu conhecimento.
habilidades passivas
primeiro desbloqueio
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Em Midrel, os Legados não são apenas marcas narrativas ou títulos honoríficos — eles são fontes vivas de poder. Ao serem adquiridos, cada Legado desperta habilidades passivas únicas, profundamente ligadas à essência do herói, figura ancestral ou entidade que o originou. Essas habilidades são desbloqueadas automaticamente no momento da compra, como se o próprio mundo reconhecesse o vínculo selado entre o personagem e a história que ele agora carrega. Essas passivas agem de forma constante e espontânea, sem exigir ativação. Cada Legado possui uma ou mais dessas passivas exclusivas, e nenhuma pode ser obtida por outros meios de forma geral.
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lembrança do amanhã |
O herdeiro de Nostryel não sonha — ele revive. Fragmentos de eventos futuros lhe chegam como memórias que ainda não aconteceram. Ao entrar em um novo lugar, ao cruzar o olhar com um estranho, ou ao tocar um objeto antigo, sensações viscerais tomam sua mente: ecos de coisas que ainda não foram, mas que já são sentidas com a nitidez do passado. Essa habilidade permite ao herdeiro antecipar o desenrolar de situações complexas, identificar perigos ocultos e pressentir traições antes que se tornem palavras. Ele não prevê o futuro como um oráculo externo — ele o reconhece como quem se reencontra com algo inevitável.
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rima da dissonância |
As palavras do herdeiro carregam cadência estranha — frases que se repetem sem ter sido ditas, versos que escapam sem querer, sussurros que se ajustam ao momento com precisão desconcertante. A presença dele gera um desconforto sutil, como se todos ao redor sentissem que a realidade está levemente fora de compasso. Essa aura desestabilizadora afeta especialmente mentirosos, manipuladores e conjuradores caóticos. Criaturas com intenções ocultas sofrem uma inquietação crescente perto do herdeiro, tornando-se mais suscetíveis a falhas de concentração, lapsos verbais e colapsos emocionais. A rima sagrada que emana dele não revela a verdade com palavras, mas a expõe pela dissonância com a mentira. Essa capacidade é enraizada na FÉ silenciosa que o envolve e na PRECISÃO com que cada palavra se mantém.
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silêncio premonitório |
Diferente de outros profetas, o herdeiro de Nostryel não precisa falar para advertir. Sua quietude é tão pesada quanto um decreto. Quando cala diante de algo, esse silêncio é compreendido pelo mundo como uma pausa no tempo — um momento de hesitação cósmica. Criaturas próximas sentem isso como um mau presságio, aliados prestam atenção inconsciente, e até espíritos se retraem. Essa habilidade se manifesta automaticamente em situações de tensão: ao entrar em uma sala hostil, antes de um conflito inevitável, ou quando está prestes a ser traído. O silêncio age como escudo. Ele imobiliza a intenção alheia, criando uma breve hesitação que pode alterar o curso de um evento crítico. Esse silêncio absoluto é nutrido pela intensidade da FÉ do herdeiro e o uso da SABEDORIA.
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habilidades ativas
conhecimento geral
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Em Midrel, os Legados não se limitam a conceder apenas habilidades passivas — eles também despertam habilidades ativas exclusivas, profundamente enraizadas na essência heroica, espiritual ou mítica da figura que originou o legado. Essas habilidades ativas representam manifestações diretas da vontade, do poder ou da memória viva do ancestral, sendo únicas, poderosas e, muitas vezes, transformadoras. Ao adquirir um Legado, o personagem desbloqueia automaticamente uma habilidade ativa vinculada ao núcleo simbólico daquele legado. Essas técnicas carregam um peso narrativo enorme e são respeitadas por todos aqueles que estão ao seu redor dentro de uma missão, aliados ou não.
[NÍVEL I] Verso Não-Escrito - Com um leve toque sobre o solo ou a pele de um inimigo, o herdeiro recita um fragmento de um verso que ainda não foi escrito, arrancado da espiral silenciosa do tempo não vivido. Ao fazer isso, ele insere uma quebra na linha de causalidade do oponente: uma palavra não pronunciada que reescreve discretamente o próximo instante. O alvo da habilidade tem sua próxima ação anulada — não por resistência mágica ou física, mas porque ela jamais chegou a existir naquele fluxo de tempo. A vítima sente confusão, como se tivesse esquecido o que ia fazer ou como se algo invisível lhe tivesse arrancado o ímpeto. Esse rasgo temporal só pode ser aberto graças à FÉ inabalável e à SABEDORIA do herdeiro, que lê onde outros apenas vivem.
[NÍVEL V] Quarta Estrofe - Nostryel escreveu que, em tempos de desespero, os céus se fechariam em silêncio para ocultar o que não deve ser dito. Ao ativar essa estrofe, o herdeiro traz um eclipse simbólico à cena: o ambiente escurece sutilmente, como se as cores perdessem intensidade, e todo som se abafa durante um breve instante. Durante esse eclipse simbólico, inimigos próximos perdem foco, suas ações se atrasam, e a comunicação entre aliados hostis se rompe. Conjuradores têm suas magias fragmentadas ou adiadas. Aliados do herdeiro, ao contrário, se movem com lucidez, como se tivessem ensaiado aquele momento há muito. A força da estrofe vem da união entre PRECISÃO e SABEDORIA, pois ela ecoa como uma harmonia.
[NÍVEL X] Fragmento do Dia - Ao recitar uma palavra invertida — uma sílaba que vibra em sentido contrário — o herdeiro desfaz parcialmente a cronologia de um evento. Ele não reverte o tempo, mas distorce seu curso em um ponto específico, como se dobrasse um papel para corrigir uma mancha. Essa habilidade permite ao herdeiro anular um evento passado recente (como um ataque bem-sucedido, uma falha crítica ou até mesmo uma ação emocional decisiva) e substituí-lo por um "ramo alternativo". O novo resultado não é escolhido, mas é ajustado pelo campo narrativo do momento, favorecendo geralmente o equilíbrio ou a justiça. A manipulação exige enorme FÉ e domínio da SABEDORIA sutil das linhas temporais — e só pode ser usada uma vez por batalha ou cena relevante.
[NÍVEL XV] Letra Selada - O herdeiro carrega consigo uma carta invisível, escrita em linguagem oculta, com destino indeterminado. Ao ativar esta habilidade, ele sussurra um nome — mesmo que o nome não tenha sido dito antes — e o portador de tal nome sente um calafrio na alma. A Letra Selada revela uma fraqueza ou verdade oculta do alvo. Pode expor um segredo enterrado, remover uma camada de proteção mágica, ou evocar visões que paralisam o oponente por um turno, como se tivesse se lembrado de algo que nunca viveu. A carta não fere — mas quem a recebe sai marcado, como se o futuro tivesse se fixado sobre ele. Esta habilidade demanda CARISMA sutil, PRECISÃO textual e a profunda SABEDORIA de quem lê o tempo.
[NÍVEL XX] Sopro do Silêncio - Esta é a habilidade mais rara e temida do herdeiro. Quando o caos ameaça tomar o campo, o herdeiro respira fundo, fecha os olhos, e libera um sopro sem som, que se espalha como ausência — ausência de grito, de pensamento, de dúvida. Por dois turnos, o campo entra em um estado de suspensão: sons desaparecem, intenções se embaralham, e todo movimento passa a ser consciente e deliberado, como se o mundo estivesse desacelerado por respeito ao que está por vir. Nesse estado, ações impulsivas não podem ser realizadas, magias de invocação falham, e os oponentes sentem que há “algo vindo”, mesmo que nada aconteça. Durante esse tempo, o herdeiro pode agir como se estivesse protegido por um véu sagrado — ninguém ousa interrompê-lo sem sofrer o peso de uma consequência narrativa. Essa habilidade exige total entrega à FÉ, um domínio absoluto da SABEDORIA e a consciência de que o silêncio pode ser o último aviso.
[NÍVEL V] Quarta Estrofe - Nostryel escreveu que, em tempos de desespero, os céus se fechariam em silêncio para ocultar o que não deve ser dito. Ao ativar essa estrofe, o herdeiro traz um eclipse simbólico à cena: o ambiente escurece sutilmente, como se as cores perdessem intensidade, e todo som se abafa durante um breve instante. Durante esse eclipse simbólico, inimigos próximos perdem foco, suas ações se atrasam, e a comunicação entre aliados hostis se rompe. Conjuradores têm suas magias fragmentadas ou adiadas. Aliados do herdeiro, ao contrário, se movem com lucidez, como se tivessem ensaiado aquele momento há muito. A força da estrofe vem da união entre PRECISÃO e SABEDORIA, pois ela ecoa como uma harmonia.
[NÍVEL X] Fragmento do Dia - Ao recitar uma palavra invertida — uma sílaba que vibra em sentido contrário — o herdeiro desfaz parcialmente a cronologia de um evento. Ele não reverte o tempo, mas distorce seu curso em um ponto específico, como se dobrasse um papel para corrigir uma mancha. Essa habilidade permite ao herdeiro anular um evento passado recente (como um ataque bem-sucedido, uma falha crítica ou até mesmo uma ação emocional decisiva) e substituí-lo por um "ramo alternativo". O novo resultado não é escolhido, mas é ajustado pelo campo narrativo do momento, favorecendo geralmente o equilíbrio ou a justiça. A manipulação exige enorme FÉ e domínio da SABEDORIA sutil das linhas temporais — e só pode ser usada uma vez por batalha ou cena relevante.
[NÍVEL XV] Letra Selada - O herdeiro carrega consigo uma carta invisível, escrita em linguagem oculta, com destino indeterminado. Ao ativar esta habilidade, ele sussurra um nome — mesmo que o nome não tenha sido dito antes — e o portador de tal nome sente um calafrio na alma. A Letra Selada revela uma fraqueza ou verdade oculta do alvo. Pode expor um segredo enterrado, remover uma camada de proteção mágica, ou evocar visões que paralisam o oponente por um turno, como se tivesse se lembrado de algo que nunca viveu. A carta não fere — mas quem a recebe sai marcado, como se o futuro tivesse se fixado sobre ele. Esta habilidade demanda CARISMA sutil, PRECISÃO textual e a profunda SABEDORIA de quem lê o tempo.
[NÍVEL XX] Sopro do Silêncio - Esta é a habilidade mais rara e temida do herdeiro. Quando o caos ameaça tomar o campo, o herdeiro respira fundo, fecha os olhos, e libera um sopro sem som, que se espalha como ausência — ausência de grito, de pensamento, de dúvida. Por dois turnos, o campo entra em um estado de suspensão: sons desaparecem, intenções se embaralham, e todo movimento passa a ser consciente e deliberado, como se o mundo estivesse desacelerado por respeito ao que está por vir. Nesse estado, ações impulsivas não podem ser realizadas, magias de invocação falham, e os oponentes sentem que há “algo vindo”, mesmo que nada aconteça. Durante esse tempo, o herdeiro pode agir como se estivesse protegido por um véu sagrado — ninguém ousa interrompê-lo sem sofrer o peso de uma consequência narrativa. Essa habilidade exige total entrega à FÉ, um domínio absoluto da SABEDORIA e a consciência de que o silêncio pode ser o último aviso.