Onminthar é o trono elevado da existência, o lugar onde os Deuses Supremos residem desde antes da primeira palavra ser pronunciada, antes da primeira estrela se acender, antes que o conceito de tempo pudesse ser sonhado. Não é um mundo feito de matéria comum. Não há terra, não há mares, não há ventos. Onminthar é feito da essência pura da ordem e da força — um plano onde as vontades supremas se condensaram, se ergueram e repousaram, como pilares sustentando não apenas a criação, mas a própria possibilidade de existir. O espaço de Onminthar é infinito e, ao mesmo tempo, fechado sobre si mesmo. Um horizonte dourado se estende eternamente em todas as direções, um brilho imóvel que não cega, mas impõe reverência. Acima, o céu não é azul, nem negro, nem estrelado — ele pulsa com um dourado profundo, quase líquido, como se cada batida contivesse a respiração de toda a existência em repouso. No centro absoluto de Onminthar se ergue o Círculo da Coroa Incriada, onde os Deuses Supremos residem em formas impossíveis de serem descritas pelos olhos dos mortais.
Governante Supremo
Ele é a origem absoluta da existência, o primeiro e o único ser que não foi criado. Não nasceu, não foi forjado, não foi moldado. Sempre existiu, completo e pleno, antes mesmo que o conceito de existência pudesse ser compreendido. Em Onminthar, Sovas não ocupa um trono ou uma posição visível. Ele é o próprio fundamento da realidade. Toda a estrutura do mundo, toda a essência dos Deuses Supremos, toda forma de ser e não-ser são projeções inevitáveis da sua presença. Sovas não atua através de palavras ou gestos.
limites do mundo senhores supremos
Os Senhores Supremos são as entidades primordiais que residem em Onminthar. Eles são as manifestações diretas da ordem fundamental da existência, emanados da essência de Sovas, o Pai de Todos. Cada Senhor Supremo representa um conceito absoluto, uma força que sustenta o equilíbrio da criação. Eles não são deuses no sentido tradicional, nem figuras mitológicas que podem ser adoradas ou invocadas. São pilares vivos que mantêm a estrutura do ser. Os Senhores Supremos não mudam, não envelhecem e não perecem. Sua natureza é fixa, imutável. Cada ação que tomam, cada pensamento que emitem, molda de maneira permanente realidades inteiras, definindo o destino de mundos e eras sem necessidade de palavras ou decretos. Não discutem, não guerreiam, não manifestam ambições. Sua simples existência é a ordem suprema.
Eles habitam o Círculo da Coroa Incriada, um espaço eterno no centro de Onminthar, onde estão reunidos em silêncio absoluto. A comunicação entre eles não acontece através de linguagem, mas por harmonia de essência: a sincronia perfeita de suas naturezas eternas. Nenhum ser inferior consegue olhar diretamente para os Senhores Supremos sem ter sua consciência destruída pela sobrecarga da verdade absoluta que eles representam. Entre eles, não existe hierarquia, pois todos são igualmente necessários para manter o equilíbrio. A ausência de qualquer um significaria o colapso imediato da existência. Eles não dominam realidades por vaidade ou ambição; sustentam o ser porque são parte inseparável do próprio fundamento do existir. Os Senhores Supremos não intervêm nos eventos dos mundos inferiores. O que acontece abaixo deles é irrelevante diante da magnitude da ordem que preservam. Para eles, civilizações inteiras são como pequenos ecos que surgem e desaparecem sem alterar a vastidão do todo. Em Onminthar, os Senhores Supremos existem eternamente, preservando o que é, o que foi, e o que será, sob o poder de Sovas.
conhecimentos extras deuses caidos
Os Deuses Caídos são as antigas divindades de mitologias espalhadas pelos mundos inferiores. Diferente dos Senhores Supremos de Onminthar, que são eternos e perfeitos, os Deuses Caídos nasceram com limites, fraquezas e destinos traçados. Eles representavam forças isoladas: a guerra, o amor, o mar, a caça, a morte, o fogo. Foram poderosos em suas eras. Foram cultuados, temidos, invocados, erigidos em templos que atravessaram séculos. Mas todos, sem exceção, estavam sujeitos ao colapso. Os Deuses Caídos não foram derrotados por inimigos exteriores. Foram corroídos pela própria natureza de suas existências. O tempo os enfraqueceu, as civilizações que os adoravam ruíram, seus nomes foram esquecidos, seus símbolos se apagaram. Outros foram traídos pelos próprios semelhantes, consumidos em guerras entre panteões, exilados ou destruídos em batalhas que poucos ainda recordam.
Em alguns casos, a ruína foi lenta, quase imperceptível. Um deus antigo, outrora soberano sobre seus domínios, assistiu a seus fiéis desaparecerem um a um. Cada cidade que caiu, cada altar abandonado, cada oração esquecida enfraquecia sua essência. O poder que antes moldava montanhas, mares e destinos começou a definhar. A presença que já era invocada com temor e reverência se reduziu a um murmúrio, um sussurro perdido nas fronteiras da criação. Esses Deuses Caídos, destituídos de sua glória, não encontraram refúgio em Onminthar. O Monte dos Supremos, perfeito e eterno, não aceita entidades que carregam a marca da falha. Imperfeitos por natureza, condenados pela sua origem frágil, foram deixados à própria sorte. Sem um trono entre os imortais, muitos vagaram por realidades fragmentadas. Deuses antes nobres e venerados corromperam-se lentamente, consumidos pela dor da perda, pela sede insaciável de adoração que nunca mais retornaria. Outros enlouqueceram, presos em ciclos de memórias quebradas, repetindo gestos antigos em mundos mortos, como fantasmas que não reconhecem que estão mortos. Hoje, os Deuses Caídos existem como lembranças tortas do que foram. Alguns sobrevivem à margem da existência, sustentados por cultos menores e fanáticos que os veneram sem entender seu verdadeiro declínio. Essas adorações, distorcidas e impuras, alimentam apenas ecos frágeis do poder que um dia possuíram, tornando-os deformações grotescas.
ACESSO AO MUNDO portoes DA SUPREMACIA
Os Portões da Supremacia marcam a entrada definitiva em Onminthar. São as últimas barreiras entre o existir comum e o domínio absoluto dos Senhores Supremos. Não são estruturas físicas moldadas por pedra ou metal, mas manifestações puras da ordem, formadas por forças que não pertencem ao tempo ou ao espaço. Os Portões se erguem como colunas de energia viva, imóveis e eternas, sustentando uma passagem vazia onde a realidade parece curvar-se sob seu próprio peso. Cruzá-los não é uma ação física. É um reconhecimento. Apenas entidades perfeitas, livres de falhas, nascidas da essência imaculada da criação podem atravessá-los. Qualquer ser que carregue imperfeição — dúvidas, fraquezas, limites — é automaticamente rejeitado, dispersado no limiar da travessia, desfeito antes de dar o primeiro passo.
Visualmente, os Portões manifestam-se como colunas monumentais de energia pura, cintilando com uma luz silenciosa que não cega, mas pesa sobre a existência daqueles que ousam se aproximar. Entre essas colunas, não há portões físicos, não há portões forjados — existe apenas o vazio absoluto, uma ausência carregada de uma presença esmagadora. Este vazio não é simplesmente um espaço: é um juízo, uma revelação do ser. Ao aproximar-se, toda entidade é confrontada com sua própria essência, despojada de ilusões, desprovida de artifícios. Nenhum truque, nenhum disfarce, nenhum poder pode ocultar o que realmente se é diante dos Portões. Cruzá-los não é uma questão de vontade ou esforço. Não é um teste a ser superado, nem uma conquista a ser celebrada. É um reconhecimento automático e implacável da natureza verdadeira do ser. Aqueles que são perfeitos, completos e livres de qualquer fissura, atravessam o vazio entre as colunas sem resistência, como se estivessem apenas continuando aquilo que já são. Não existe transformação, não existe ascensão: apenas a confirmação da supremacia já existente em sua essência. Por outro lado, qualquer criatura, entidade, deus ou força que carregue imperfeição, por menor que seja, é rejeitada de maneira definitiva. Não há confronto. Não há luta. No momento em que o imperfeito tenta avançar, sua existência começa a se desfazer no limiar da travessia. Memórias, poder, forma e identidade se desmancham como poeira diante de um vento eterno. Não resta dor, não resta sombra. O ser rejeitado não é destruído; ele é anulado, como se jamais tivesse existido.