besta titânica
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Ordak é uma besta titânica que personifica o avanço da natureza quando ela não encontra resistência, limites ou equilíbrio. Chamado de o Senhor dos Espinhos, ele é a manifestação do crescimento cego, da expansão que não questiona, da vida que invade, sufoca e consome sem olhar para trás. Diferente de outras criaturas colossais nascidas da fúria elemental ou do vazio, Ordak é feito de matéria viva — mas não natural. Ele é um amontoado descomunal de madeira petrificada, raízes pulsantes, espinhos negros e cascas que se entrelaçam como armaduras vegetais. Seu interior, dizem, pulsa com seiva dourada… mas nada nele remete à cura ou fertilidade. Ordak não cultiva — ele conquista. Sua origem é desconhecida, mas povos antigos falam de florestas que caminharam nos confins do tempo.
Ordak caminha lentamente, como um monte vivo coberto por espinhos que se projetam a cada passo. Não há som de passos. Só o estalar das raízes abrindo caminho por dentro da terra. Seus olhos, se é que se pode chamá-los assim, são fendas que brilham em verde musgo profundo, fixos, vazios e famintos. Ele não caça. Ele apenas se aproxima — e o ambiente se curva. Suas costas carregam florestas mortas e vivas ao mesmo tempo, e galhos contorcidos se movem como lanças errantes. Magias que tentam controlá-lo falham, pois ele não é planta, nem fera, nem espírito — é instinto antigo em forma de colosso. Sacerdotes druidas o veem como a punição final por desmatamentos injustificados. Xamãs o chamam de “o eco da floresta traída”.
características da besta
conhecimento geral
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Ordak é uma criatura imensa, orgânica e monstruosamente viva, formada por uma fusão incontrolável de raízes, espinhos, cascas fossilizadas e madeira pulsante. Seu corpo é assimétrico, curvado e coberto por camadas de vegetação petrificada, musgos venenosos e trepadeiras que se movem sozinhas. Ele não tem forma definida como um animal, mas sua presença lembra uma montanha de floresta retorcida caminhando sobre membros vegetais gigantes, como se a própria selva tivesse decidido andar e destruir tudo no caminho. Do seu dorso crescem galhos e troncos ocos que se contorcem no ar como se buscassem o céu — e alguns deles realmente se movem, atacando com precisão. Esses galhos são cobertos por espinhos negros, longos como lanças, capazes de perfurar muralhas com facilidade.
Entre eles crescem flores venenosas, fungos carnívoros e pequenos brotos que se espalham para o solo a cada passo, germinando raízes vivas que envolvem tudo o que encontram. Ordak não possui uma cabeça definida, mas sim uma frente espiralada, onde várias aberturas piscam como olhos verdes musgosos, todos desprovidos de pupila, profundos e imóveis. De dentro dessas aberturas exala um vapor esverdeado, denso, que intoxica lentamente qualquer criatura viva ao redor. Esse miasma não mata rapidamente — ele enfraquece o pensamento, a vontade, a capacidade de resistir, como se a floresta, através dele, persuadisse os vivos a deitarem no chão e serem enterrados. Seus membros se arrastam como raízes grossas saindo do solo, cobertas por cascas que estalam a cada movimento de seu corpo.
status |
Não-Domável
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habitat |
indefinido;
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altura |
75 metros;
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comprimento |
150 metros;
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peso |
210.000 toneladas;
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dificuldade |
★★★★★
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poder da besta
crescimento desequilibrado
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O poder de Ordak não está apenas em sua força bruta ou tamanho colossal, mas na incontrolável expansão da vida corrompida que carrega consigo. Ele é uma força de crescimento desequilibrado, de vegetação que não respeita o ciclo natural — brota onde não deve, cresce sem parar, consome o que já está vivo e cobre até o que é imortal. Onde Ordak pisa, o mundo começa a florescer de maneira doentia, como se a própria terra estivesse sendo reprogramada para se tornar parte de seu corpo. À medida que se move, raízes profundas se espalham pelo subsolo, surgindo metros adiante para romper o chão, abrir fendas e lançar espinhos com precisão. Essas raízes carregam toxinas que invadem estruturas, quebram magias de proteção baseadas em pedra ou solo, e causam paralisia vegetal: um tipo de enraizamento.
A vegetação que brota ao seu redor é viva e consciente, respondendo ao seu instinto. Galhos perfuram como lanças, flores liberam esporos entorpecentes que afetam concentração, memória e até a vontade de resistir, e cipós se projetam como serpentes, envolvendo os alvos para derrubá-los e puxá-los de volta à terra. Ordak não apenas ataca — ele incorpora, transformando o que era inimigo em parte de sua floresta. Ele também emana um campo de influência conhecido como “respiração verde”. Essa névoa densa, esverdeada e morna cobre centenas de metros ao redor de seu corpo, diminuindo o desempenho físico e mágico de qualquer criatura que dependa de ar puro, luz, ou equilíbrio natural. Dentro desse campo, magias baseadas em fogo são enfraquecidas, feitiços de purificação vacilam.
pontos fortes e fracos
CONFRONTANDO A BESTA
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No vasto e selvagem mundo das criaturas, todas as bestas — das mais humildes às mais colossais — carregam em si tanto poder quanto limitação. Nenhuma é invencível, pois cada uma foi moldada pelas forças naturais, mágicas ou divinas que lhes deram origem, e essas mesmas forças impõem um equilíbrio inevitável. Se uma besta domina o fogo, ela pode ser vulnerável ao silêncio ou à ausência de oxigênio. Se carrega uma couraça impenetrável, talvez sua mobilidade seja lenta, ou seus olhos incapazes de enxergar em ambientes de pura luz. Se voa entre as tempestades, talvez não suporte a gravidade das profundezas.
pontoS forteSOrdak é praticamente invencível em ambientes naturais ou terrenos não consagrados. Seu corpo é autossustentável, regenerativo e expansivo, capaz de se reconstruir a partir de qualquer fragmento de raiz deixado para trás. Ataques físicos que não visam interromper seu crescimento apenas alimentam sua estrutura, e magias baseadas em terra, água ou natureza são frequentemente absorvidas, redirecionadas ou completamente anuladas — como se o próprio planeta se recusasse a lutar contra ele. Sua influência ambiental é constante: mesmo sem agir diretamente, ele transforma o campo ao seu redor em uma floresta viva, dificultando movimentação, invocação, conjuração e organização tática. Ele é resistente a venenos, cortes e fogo comum — o calor apenas estimula o brotar das camadas mais internas de sua vegetação corrompida. Além disso, Ordak não depende de visão, audição ou foco mental: ele sente o mundo pela vibração das raízes e pelo toque do vento.
PONTOS FRACOSApesar de sua imponência, Ordak tem vulnerabilidades muito específicas. Ele é extremamente sensível a fontes de fogo divino ou sagrado, especialmente aquelas que envolvem purificação, incineração cerimonial ou que carregam em si votos de contenção. Locais onde a vegetação foi selada ritualmente, florestas protegidas por pactos antigos ou terrenos marcados com runas de estagnação enfraquecem suas raízes, impedindo o avanço de suas vinhas e o brotar de suas sementes. Além disso, magias que cortam o vínculo com o solo — como campos elevados, plataformas flutuantes, ou terrenos petrificados por maldição — limitam sua capacidade de crescer e se regenerar. Ordak também é vulnerável a rituais de poda espiritual, onde memórias, nomes e sentimentos antigos são usados como lâminas simbólicas para conter ou desfolhar entidades vivas. E, acima de tudo, fogo que carrega propósito — não fúria — é sua maior ameaça: pois onde há controle sobre a chama.
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recompensas da besta
premio de consolação
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No coração do desconhecido, além do medo e do fascínio que as bestas despertam, existe um outro motivo pelo qual tantos ousam enfrentá-las: as recompensas. Cada besta carrega em si algo único, precioso e, muitas vezes, inatingível por qualquer outro meio natural. Seja um fragmento de sua essência, um mineral que só cresce sobre seu dorso, ou uma glândula que destila poder ancestral, as bestas são fontes vivas de relíquias, materiais raros e segredos perdidos. Essas recompensas não são simples espólios de batalha — são partes do mundo que não podem ser encontradas em minas, lojas ou bibliotecas.
espinho do coraçãoUm espinho negro e torcido, retirado do núcleo mais profundo de Ordak, ainda pulsando com seiva escura. Quando embutido em uma arma ou bastão, concede ao portador a capacidade de enraizar o inimigo no solo ao atingir, fazendo com que o alvo perca mobilidade por breves instantes enquanto raízes brotam de seus pés. Em rituais, pode ser usado para criar selos de contenção vegetal, invocando muralhas espinhosas que respondem à intenção do conjurador.
cápsula de seivaUm frasco contendo a seiva dourada de Ordak, colhida no instante de sua queda. Essa substância possui propriedades paradoxais: se aplicada em um solo fértil, faz nascer rapidamente plantas de crescimento acelerado que podem ser moldadas para proteção ou armadilhas naturais. Se usada em poções ou feitiços, a seiva permite regeneração intensa por poucos segundos, à custa de fraqueza prolongada — como se o corpo tivesse crescido mais do que deveria. Também é usada como ingrediente raro em magias de ligação.
casca do silêncioUm fragmento de madeira fossilizada do tórax de Ordak, marcada com runas naturais que surgiram espontaneamente em seu corpo. Pode ser utilizado como foco para magias de supressão ambiental, anulando por completo o crescimento de vegetação mágica e impedindo o surgimento de criaturas convocadas pela terra. Quando carregada por alguém com forte ligação com o equilíbrio natural, a casca também protege contra encantamentos de enraizamento, controle de mente vegetal ou ilusão ligada ao plano da flora. Em combate, pode ser usada para estabilizar o terreno, impedindo que o campo de batalha se torne hostil por ação mágica ou viva.
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