Ele não chegou montado em um cavalo, nem anunciou sua vinda com lâminas ou estandartes. Ele não reivindicou tronos, nem errou pela guerra. Siddhartha veio como uma pergunta — e partiu como uma resposta. Em tempos onde o caos gritava e as vontades humanas corriam como rios sem leito, nasceu aquele que veria o mundo com olhos que não buscavam vitória, mas libertação. Filho de um rei e herdeiro de um palácio de excessos, Siddhartha renunciou ao conforto para caminhar entre as dores do mundo. Ele viu o nascimento e a morte, o desejo e a fome, o amor e a perda — e não se deixou consumir por nenhum. Através da dor, alcançou a lucidez. Através da contemplação, tocou o que não tem nome. Seu legado não é uma arma. É um estado de ser. Um silêncio que reverbera mais alto do que tudo.
Um passo que, ao tocar o chão, liberta as almas ao redor de suas correntes invisíveis. Em Midrel, o Legado de Siddhartha não é escolhido. Ele desperta. Se manifesta em seres que já viram de perto o abismo da existência, e recusaram tanto a fuga quanto o domínio. Herdeiros desse legado não comandam multidões — mas os que se aproximam sentem, ainda que não compreendam, que estão diante de algo incorruptível. Suas palavras são poucas, mas cada uma tem o peso do cosmo em equilíbrio. Seus movimentos são lentos, mas não podem ser detidos. E quando entram em combate, não o fazem por raiva ou glória, mas como um gesto último de compaixão ativa — como quem, mesmo diante da espada do outro, ainda deseja apenas que o mundo compreenda.
O Legado de Siddhartha não concede poder. Ele retira o que não é necessário. Não amplia. Reduz. Não domina e liberta. história do legado
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Antes dos reinos, antes das guerras, antes mesmo das perguntas que inflamam o coração humano, havia apenas o mundo — bruto, cíclico, indiferente. Nas veias do tempo, as criaturas viviam presas a desejos que nunca cessavam, a medos que nunca partiam, e a promessas que o próprio céu parecia incapaz de cumprir. O sofrimento, então, tornou-se a moeda mais antiga do mundo. Foi nesse ciclo, tão antigo quanto a própria terra, que nasceu Siddhartha — não como um herói ou redentor, mas como um homem que ousou não fugir da dor. Herdeiro de riqueza e privilégio, ele caminhou para longe do ouro, atravessou os jardins do palácio sem olhar para trás, e sentou-se sob a árvore do tempo. Ali, entre a fome, a febre e o silêncio, Siddhartha não encontrou deuses — encontrou a si mesmo, em seus limites.
Ele não buscava salvação para si, mas libertação para todos. E não ensinava com mil palavras, mas com um gesto. Um olhar. Uma respiração. Onde outros viam miséria, ele via causas. Onde outros odiavam, ele compreendia. E onde muitos matavam, ele apenas permanecia — imóvel como uma montanha, fluido como o vento. Aqueles que o escutaram, mesmo sem entender, sentiram algo desatar por dentro. Como se suas próprias correntes tivessem, pela primeira vez, se tornado visíveis. E aqueles que o negaram… continuaram a buscá-lo, mesmo após sua partida. Mas Siddhartha não ficou para ser adorado. Ele dissolveu-se no mundo, como um perfume que permanece após o fim da flor. Seu legado, portanto, não é um manto ou uma arma. É um estado. Um retorno. Um caminho que não leva a cima nem a frente — mas ao centro. Em Midrel, o Legado de Siddhartha só desperta naqueles que viram todas as formas de poder e as recusaram. Naqueles que perderam tudo e, ainda assim, mantiveram-se em silêncio. Ele não se manifesta com luz ou trovões, mas com a ausência deles, de modo geral.
habilidades passivas
primeiro desbloqueio
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Em Midrel, os Legados não são apenas marcas narrativas ou títulos honoríficos — eles são fontes vivas de poder. Ao serem adquiridos, cada Legado desperta habilidades passivas únicas, profundamente ligadas à essência do herói, figura ancestral ou entidade que o originou. Essas habilidades são desbloqueadas automaticamente no momento da compra, como se o próprio mundo reconhecesse o vínculo selado entre o personagem e a história que ele agora carrega. Essas passivas agem de forma constante e espontânea, sem exigir ativação. Cada Legado possui uma ou mais dessas passivas exclusivas, e nenhuma pode ser obtida por outros meios de forma geral.
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respiração imóvel |
O herdeiro de Siddhartha tem controle absoluto sobre sua própria respiração e energia vital. Em momentos de tensão, ele se torna uma âncora de calma: sua simples presença desacelera o pânico dos aliados, reduz os efeitos do medo e da manipulação emocional ao seu redor, e anula gradativamente as perturbações internas. A pressão do ambiente parece suavizar, e até o caos parece hesitar antes de se aproximar. Essa habilidade é sustentada por uma VITALIDADE serena, uma SABEDORIA emocional profunda, e uma FÉ interior silenciosa, que se mantém intacta mesmo quando tudo à volta se desfaz, amplificando sua honra.
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olhar da origem |
Sem precisar de palavras, o herdeiro percebe as causas ocultas por trás do sofrimento e do desequilíbrio. Pode intuir intenções hostis mesmo quando não declaradas, sentir a raiz espiritual de maldições, corrupções e desequilíbrios energéticos, e distinguir o que é real do que é ilusão. Quando em contato direto com alguém, pode perceber o trauma ou desejo mais latente da alma da pessoa — não para usá-lo, mas para compreendê-lo. Essa habilidade se ancora em uma PERCEPÇÃO transcendental, apoiada por uma SABEDORIA compassiva e alimentada por uma CLAREZA de presença, que dissolve véus ao invés de rasgá-los.
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caminho da quebra |
Ao adotar uma postura de não-agressão, o herdeiro não se torna vulnerável — ele se torna intocável. Sempre que opta por não atacar, recebe uma camada sutil de proteção espiritual que o blinda de efeitos mentais e espirituais negativos. Quanto mais ele se mantém em silêncio ou sem reação violenta, mais forte se torna essa barreira invisível. Em situações sociais, essa postura também impõe respeito e introspecção ao redor, como se todos fossem naturalmente levados a escutá-lo — mesmo quando ele nada diz. Essa passiva é sustentada por uma FÉ inquebrantável, uma VITALIDADE que resiste sem lutar, e um CARISMA silencioso, que transcende o poder comum.
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habilidades ativas
conhecimento geral
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Em Midrel, os Legados não se limitam a conceder apenas habilidades passivas — eles também despertam habilidades ativas exclusivas, profundamente enraizadas na essência heroica, espiritual ou mítica da figura que originou o legado. Essas habilidades ativas representam manifestações diretas da vontade, do poder ou da memória viva do ancestral, sendo únicas, poderosas e, muitas vezes, transformadoras. Ao adquirir um Legado, o personagem desbloqueia automaticamente uma habilidade ativa vinculada ao núcleo simbólico daquele legado. Essas técnicas carregam um peso narrativo enorme e são respeitadas por todos aqueles que estão ao seu redor dentro de uma missão, aliados ou não.
[NÍVEL I] Toque do Desapego - Com um gesto simples — um toque na testa, no peito ou até um olhar profundo — o herdeiro desfaz, por instantes, os vínculos que aprisionam um alvo. Efeitos de controle mental, impulsos agressivos ou desejos incontroláveis se desfazem como névoa sob o sol. O alvo experimenta um momento de clareza pura, suficiente para recobrar a razão ou resistir a uma manipulação.
Essa habilidade exige uma SABEDORIA compassiva, uma FÉ interior estável, e uma PRECISÃO emocional capaz de alcançar o centro da dor com sutileza.
[NÍVEL V] Mundo Silente - O herdeiro fecha os olhos e respira profundamente, espalhando um campo invisível ao redor de si — uma área onde o som se apaga, a magia perde intensidade e os movimentos se tornam lentos. Durante alguns instantes, dentro desse espaço, agressões perdem força, magias ofensivas falham com maior facilidade e até palavras de ódio perdem sua força. O campo não anula o conflito — ele o esvazia. Essa habilidade se ancora em uma VITALIDADE meditativa, em uma FÉ que transcende a forma, e em uma SABEDORIA de silêncio, que compreende que não reagir é, às vezes, mais poderoso do que destruir.
[NÍVEL X] Roda da Compreensão - Invocando uma mandala invisível com o movimento de suas mãos, o herdeiro revela diante de todos os presentes a consequência de suas ações. Por um breve instante, todos — aliados e inimigos — recebem vislumbres de seus próprios karmas, ciclos e a origem de suas dores. Inimigos hesitam, podendo até recuar voluntariamente, enquanto aliados superam bloqueios mentais ou dúvidas internas. A habilidade depende de uma PERCEPÇÃO espiritual aguçada, de uma SABEDORIA cíclica, e de uma FÉ na transcendência do conflito, permitindo que o combate se transforme em reflexão.
[NÍVEL XV] Luz do Esvaziar - O herdeiro canaliza sua energia por meio de um gesto calmo, emitindo uma onda invisível que anula encantamentos, selos mágicos, corrupções e invocações ativas em uma área ampla. Tudo aquilo que foi criado por apego, vaidade ou poder desordenado se desfaz. O campo retorna à neutralidade — puro e silencioso. Essa habilidade é uma quebra espiritual, não uma destruição: ela não fere, mas retira a ilusão de poder. Essa técnica exige uma FÉ austera, uma SABEDORIA refinada, e uma CARISMA elevado, pois a própria realidade se curva à intenção pura.
[NÍVEL XX] Nirvana Temporário - Essa é a habilidade suprema do Legado. O herdeiro senta-se em postura de meditação no centro do campo — e todo o mundo ao redor silencia. Por um número limitado de turnos, o tempo desacelera, o combate se suspende, e todos os seres na área sentem a ausência do ego, da dor, da raiva. Criaturas puras podem ascender temporariamente, enquanto entidades corrompidas são forçadas a confrontar sua essência. Quando o efeito termina, o mundo volta — mas algo mudou. A batalha já não é a mesma. Algumas armas não se levantam. Alguns olhos não enxergam mais o inimigo — mas a si mesmos. Essa habilidade só é possível com uma FÉ iluminada, uma VITALIDADE espiritual intacta, uma SABEDORIA cósmica, e uma PRESENÇA mística que transcende a existência comum.
Essa habilidade exige uma SABEDORIA compassiva, uma FÉ interior estável, e uma PRECISÃO emocional capaz de alcançar o centro da dor com sutileza.
[NÍVEL V] Mundo Silente - O herdeiro fecha os olhos e respira profundamente, espalhando um campo invisível ao redor de si — uma área onde o som se apaga, a magia perde intensidade e os movimentos se tornam lentos. Durante alguns instantes, dentro desse espaço, agressões perdem força, magias ofensivas falham com maior facilidade e até palavras de ódio perdem sua força. O campo não anula o conflito — ele o esvazia. Essa habilidade se ancora em uma VITALIDADE meditativa, em uma FÉ que transcende a forma, e em uma SABEDORIA de silêncio, que compreende que não reagir é, às vezes, mais poderoso do que destruir.
[NÍVEL X] Roda da Compreensão - Invocando uma mandala invisível com o movimento de suas mãos, o herdeiro revela diante de todos os presentes a consequência de suas ações. Por um breve instante, todos — aliados e inimigos — recebem vislumbres de seus próprios karmas, ciclos e a origem de suas dores. Inimigos hesitam, podendo até recuar voluntariamente, enquanto aliados superam bloqueios mentais ou dúvidas internas. A habilidade depende de uma PERCEPÇÃO espiritual aguçada, de uma SABEDORIA cíclica, e de uma FÉ na transcendência do conflito, permitindo que o combate se transforme em reflexão.
[NÍVEL XV] Luz do Esvaziar - O herdeiro canaliza sua energia por meio de um gesto calmo, emitindo uma onda invisível que anula encantamentos, selos mágicos, corrupções e invocações ativas em uma área ampla. Tudo aquilo que foi criado por apego, vaidade ou poder desordenado se desfaz. O campo retorna à neutralidade — puro e silencioso. Essa habilidade é uma quebra espiritual, não uma destruição: ela não fere, mas retira a ilusão de poder. Essa técnica exige uma FÉ austera, uma SABEDORIA refinada, e uma CARISMA elevado, pois a própria realidade se curva à intenção pura.
[NÍVEL XX] Nirvana Temporário - Essa é a habilidade suprema do Legado. O herdeiro senta-se em postura de meditação no centro do campo — e todo o mundo ao redor silencia. Por um número limitado de turnos, o tempo desacelera, o combate se suspende, e todos os seres na área sentem a ausência do ego, da dor, da raiva. Criaturas puras podem ascender temporariamente, enquanto entidades corrompidas são forçadas a confrontar sua essência. Quando o efeito termina, o mundo volta — mas algo mudou. A batalha já não é a mesma. Algumas armas não se levantam. Alguns olhos não enxergam mais o inimigo — mas a si mesmos. Essa habilidade só é possível com uma FÉ iluminada, uma VITALIDADE espiritual intacta, uma SABEDORIA cósmica, e uma PRESENÇA mística que transcende a existência comum.