besta titânica
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Skurn é uma besta titânica feita de chama condensada, cinza viva e fuligem ancestral. Conhecido como o Rugido Eterno, ele é a personificação do fogo que não queima apenas o mundo — mas a própria memória do que foi queimado. Skurn não é um dragão, nem uma criatura elemental. Ele é o eco da primeira combustão consciente, um ser que vaga incessantemente por terras carbonizadas e campos onde as chamas jamais cessam completamente. Seu corpo é uma massa colossal de metal fundido e escamas incandescentes, com crateras que respiram vapor e olhos que parecem fornalhas acesas por dentro. A cada passo, ele deixa pegadas que ainda ardem dias depois. Mas o mais aterrador de Skurn não é sua presença física, e sim o som que o acompanha: um rugido profundo, constante, que nunca para.
Skurn não destrói por fúria, mas por impulso eterno. Ele caminha, e tudo ao seu redor entra em combustão espontânea, emite faíscas impossíveis ou derrete sem toque direto. Florestas inteiras tornam-se poeira antes que ele passe, cidades evaporam seus telhados antes de vê-lo. Ele não busca guerra — ele traz a inevitabilidade do colapso térmico onde quer que sua sombra encoste. Nas tradições de civilizações consumidas, Skurn é visto como o castigo final para a arrogância das chamas controladas. Dizem que ele surge quando o fogo é abusado — usado para subjugar, torturar ou devorar vidas e histórias sem propósito. Outras lendas dizem que Skurn foi criado pelos primeiros deuses para consumir os excessos da criação, de maneira geral.
características da besta
conhecimento geral
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Skurn é uma besta titânica que não caminha — ele ressoa. Conhecido em antigos murmúrios como o Rugido Eterno, Skurn não é simplesmente uma criatura de fogo, mas a manifestação física daquilo que não cessa de arder. Ele representa a combustão sem causa, o calor que não vem da chama visível, e o ruído profundo que precede e sucede a destruição. Onde Skurn passa, nada pega fogo de forma comum — tudo cede ao colapso térmico como se tivesse nascido para ser cinza. Seu corpo é desproporcional, grotesco e fascinante. É feito de carvão sólido e placas rachadas de metal que brilham com fendas pulsantes, de onde escapa uma névoa incandescente que consome tudo que respira. Mas o que realmente anuncia Skurn não é a visão, e sim o som: um rugido grave, sem origem visível.
Skurn não segue trilhas, não busca presas. Ele surge quando o fogo foi levado longe demais — quando forjas são alimentadas com crueldade, quando a destruição se torna espetáculo, quando cidades são erguidas com chamas roubadas dos próprios deuses. Ele se manifesta como a fúria acumulada da terra contra o fogo que perdeu sua função. E então ele anda. E a terra se racha. E o ar começa a queimar sem estar em chamas. Em muitas culturas, Skurn é uma maldição viva: o espírito do incêndio que não devia ter sido aceso. Em outras, ele é uma consequência natural da arrogância dos povos. Mas todos concordam em uma coisa: Skurn não vem para queimar o corpo — ele vem para calar a história. Tudo o que ele consome perde não só sua forma, mas também o seu registro, sua verdadeira essência.
status |
Não-Domável
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habitat |
indefinido;
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altura |
70 metros;
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comprimento |
140 metros;
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peso |
180.000 toneladas;
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dificuldade |
★★★★★
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poder da besta
combustao absoluta
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O poder de Skurn não está apenas no fogo, mas na presença constante de combustão absoluta. Ele é o fim da estabilidade térmica, a quebra do ciclo natural do calor. Sua aproximação transforma o ar em cinza, o solo em carvão, e o tempo em ruína lenta. Tudo que pode aquecer, queima. Tudo que pode queimar, derrete. E tudo que não deveria ser afetado, começa a arder por dentro. Sua mera existência distorce a temperatura em larga escala. Mesmo antes de ser visto, o ambiente já começa a sofrer: a umidade desaparece, o céu adquire tons avermelhados, e os ossos dos vivos começam a vibrar com o calor que não vem de fora — mas de dentro. Magias defensivas perdem coesão, encantamentos flamejantes falham por excesso, e rituais se desmantelam ao contato com a pulsação térmica.
Skurn é cercado por uma onda constante de radiação térmica. Essa onda não explode — ela cresce, lentamente, até engolir tudo. Armas começam a aquecer nas mãos dos portadores. Armaduras se tornam fornalhas. As palavras de feitiço saem derretidas, e até magias de gelo ou tempo são consumidas por uma lenta evaporação espiritual. Escudos mágicos derretem como cera, e construções perdem forma antes de colapsar. Ele não ataca com garras ou mordidas comuns. Seu corpo emana erupções localizadas: rachaduras vivas que cuspem labaredas fundidas a metal, capazes de atravessar muralhas e encantar o solo com brasas conscientes. Seu rugido não empurra o vento — ele remove o som dos arredores, criando uma onda sísmica de silêncio.
pontos fortes e fracos
CONFRONTANDO A BESTA
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No vasto e selvagem mundo das criaturas, todas as bestas — das mais humildes às mais colossais — carregam em si tanto poder quanto limitação. Nenhuma é invencível, pois cada uma foi moldada pelas forças naturais, mágicas ou divinas que lhes deram origem, e essas mesmas forças impõem um equilíbrio inevitável. Se uma besta domina o fogo, ela pode ser vulnerável ao silêncio ou à ausência de oxigênio. Se carrega uma couraça impenetrável, talvez sua mobilidade seja lenta, ou seus olhos incapazes de enxergar em ambientes de pura luz. Se voa entre as tempestades, talvez não suporte a gravidade das profundezas.
pontoS forteSSkurn é praticamente imune a todos os efeitos tradicionais de dano elemental, especialmente fogo, calor, radiação mágica e combustão espiritual. Seu corpo é revestido por camadas alternadas de rocha vulcânica, escória viva e metal derretido que se reconstituem com o calor que ele mesmo produz. Ataques baseados em gelo, gelo negro, vapor ou manipulação de ar são rapidamente absorvidos ou anulados por seu campo térmico. Além disso, sua presença distorce o ambiente: magias de conjuração ou feitiços que dependem de tempo e concentração se tornam instáveis, devido à radiação constante que interfere com qualquer foco mágico. A simples proximidade de Skurn já compromete armamentos, equipamentos, e até a clareza mental, pois o calor não afeta apenas o físico, mas também a percepção e a intenção. Ele não para, não descansa e não sente dor — e o rugido constante que emana torna a comunicação e coordenação em batalha extremamente difícil.
PONTOS FRACOSApesar de seu poder devastador e resistência brutal, Skurn é uma criatura lenta, deliberada e altamente previsível. Seu avanço é contínuo, mas não se adapta bem a terrenos instáveis ou a ataques oriundos de grandes altitudes. Ambientes altamente úmidos, abençoados por espíritos aquáticos ou protegidos por antigas runas de equilíbrio térmico, dificultam sua presença, tornando sua carapaça menos ativa e suas rachaduras internas mais vulneráveis. Além disso, ele é sensível a magias que não tentam apagá-lo, mas sim anulam o som ou o forçam ao silêncio total — pois seu rugido é parte vital de sua existência. Remover esse som pode enfraquecer sua presença e provocar instabilidade em sua estrutura viva. Elementos que representam o frio eterno, como água das profundezas cósmicas, gelo de planos sem sol ou brisas seladas em túmulos antigos, são capazes de penetrar seu corpo e causar danos internos — pois não são simples opostos do calor, mas forças que ignoram a combustão por completo. Skurn resiste ao mundo… mas diante do nada absoluto, ele começa a rachar por dentro.
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recompensas da besta
premio de consolação
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No coração do desconhecido, além do medo e do fascínio que as bestas despertam, existe um outro motivo pelo qual tantos ousam enfrentá-las: as recompensas. Cada besta carrega em si algo único, precioso e, muitas vezes, inatingível por qualquer outro meio natural. Seja um fragmento de sua essência, um mineral que só cresce sobre seu dorso, ou uma glândula que destila poder ancestral, as bestas são fontes vivas de relíquias, materiais raros e segredos perdidos. Essas recompensas não são simples espólios de batalha — são partes do mundo que não podem ser encontradas em minas, lojas ou bibliotecas.
nucleo de cinzaUm fragmento pulsante de escória condensada, ainda quente, extraído do interior de Skurn. Quando inserido em um artefato ou catalisador, esse núcleo emana calor constante e incontrolável. Pode ser usado para forjar armas que ignoram armaduras físicas, atravessando o metal com calor interno, ou para alimentar máquinas, forjas e rituais que exigem fogo perpétuo. Porém, o núcleo deve ser contido com magia estável, pois se exposto diretamente, pode incendiar.
escama do rugidoUma placa negra forjada na pressão do rugido eterno de Skurn, que vibra levemente ao toque, como se ainda emitisse sons no plano oculto. Quando usada como parte de uma armadura ou amuleto, essa escama confere resistência extrema ao calor, à combustão e a ataques sônicos, além de abafar ruídos próximos — tornando o portador mais difícil de localizar. Em rituais, pode bloquear encantamentos que dependam de voz ou som ambiente, criando um campo de silêncio.
brasa da fagulhaUma pequena chama vermelha suspensa em um relicário encantado, coletada no exato momento em que o corpo de Skurn desmorona em cinzas. Ao ser liberada, essa brasa pode invocar uma onda de destruição térmica localizada, incendiando tudo ao redor com fogo que não pode ser apagado por meios normais. Também pode ser utilizada para reviver temporariamente estruturas carbonizadas — restaurando por instantes ruínas, objetos queimados ou até corpos cremados, antes que retornem à cinza. Seu uso, porém, exige equilíbrio: a brasa responde ao desejo do portador, e se for alimentada por ódio.
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