besta divina
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Thaymun é uma besta divina de proporções continentais, reverenciada por culturas antigas como o sustentáculo entre os três tempos do mundo: o passado, o presente e o futuro. Conhecido como o Guardião das Três Montanhas, ele é uma criatura que não caminha — ele permanece, e sua permanência altera a paisagem, a história e o próprio curso das eras. A lenda diz que onde Thaymun se deita, erguem-se montanhas que jamais desaparecem. E onde ele ergue a cabeça, o céu se curva e o tempo hesita. Sua forma é a de um quadrúpede titânico, com corpo feito de pedra viva, musgo ancestral, cristais do tempo e camadas de terra fossilizada por eras esquecidas. Três grandes cristas montanhosas sobem de seu dorso — cada uma marcada por um semblante esculpido de maneira natural.
Thaymun não fala com palavras, mas com terremotos suaves, crescimento de picos, floração de cristais rúnicos e alteração do vento entre vales. Ele surge em tempos de conflito entre eras, quando passado e futuro colidem em uma tentativa de domínio — seja por magias temporais proibidas, seja por eventos que tentam interromper o fluxo natural da vida. Ao caminhar, Thaymun deixa cordilheiras inteiras em seu rastro. E ao descansar, transforma campos em santuários naturais de tempo distorcido. Muitos dizem que o simples ato de estar sobre o dorso de Thaymun pode fazer com que alguém reviva lembranças esquecidas, veja fragmentos de futuros prováveis ou sinta o peso absoluto de existir no agora, tornando as coisas mais difíceis aos inimigos.
características da besta
conhecimento geral
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Thaymun é uma entidade colossal e imóvel por natureza, mas quando decide se mover, o mundo inteiro parece adaptar-se à sua passagem. Seu corpo é vasto, tão extenso que muitos acreditam estar caminhando sobre uma cordilheira comum até perceberem que o chão respira, pulsa e vibra com energia ancestral. Ele possui forma quadrúpede, com pernas grossas e maciças como colunas tectônicas, cobertas por camadas de pedra viva e minerais enraizados em eras diferentes — há fósseis, inscrições arcanas apagadas e até pequenas florestas brotando de suas articulações. O dorso de Thaymun é seu traço mais reconhecível: nele erguem-se três montanhas vivas, cada uma contendo uma face colossal esculpida diretamente na rocha, como se o tempo tivesse atingindo seus objetivos.
As patas, ao tocarem o solo, não quebram — transformam. Um único passo de Thaymun é capaz de erguer um novo vale, afundar um platô ou realinhar rios. Ele não destrói o que existe, apenas altera sua cronologia, fazendo com que florestas amadureçam em segundos ou estruturas recém-criadas envelheçam até a poeira. Em sua presença, o tempo não flui em linha — ele dobra, desacelera ou se superpõe. Sua cabeça, em forma de penhasco coroado de nuvens densas, carrega olhos profundos como cavernas, nos quais brilham cristais temporais que refletem não o que está diante dele, mas o que esteve e o que estará. Seu pescoço, alongado e curvo como uma espinha de montanhas encadeadas, sustenta rochedos cobertos de musgos azuis — plantas que só crescem onde o tempo passa mais devagar.
status |
Não-Domável
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habitat |
indefinido;
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altura |
indefinido;
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comprimento |
indefinido;
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peso |
indefinido;
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dificuldade |
★★★★★
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poder da besta
dizimaçao teRRESTRE
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O poder de Thaymun está no seu domínio absoluto sobre o tempo como estrutura viva, não apenas como medida. Ele não acelera nem retrocede eventos — ele altera a forma como o tempo reconhece as coisas. Com sua simples presença, ele faz com que florestas brotem em instantes, civilizações inteiras se tornem ruínas diante dos próprios olhos, ou construções caóticas desabem como se tivessem sido abandonadas há milênios, mesmo que erguidas há segundos. Seu primeiro poder fundamental é chamado de Ancoragem Temporal. Ao cravar uma de suas patas no solo, Thaymun funde a área ao tempo que ela deveria ter, não ao que ela possui. Se um lugar foi profanado por feitiços de manipulação cronológica, ele o devolve ao seu estado original — seja antigo, fértil, ou esquecido por tudo.
Ele pode também ativar o Eco de Época, no qual suas três montanhas-faces vibram em conjunto, liberando uma onda de ressonância temporal que fragmenta a percepção de tempo ao redor. Inimigos passam a viver múltiplas linhas simultaneamente: veem suas ações antes de acontecer, esquecem o que fizeram segundos atrás ou enfrentam versões alternativas de si mesmos. Alguns congelam entre segundos, outros aceleram até a exaustão. Esse campo de distorção torna a coordenação inimiga impossível, como se a realidade estivesse narrando versões conflitantes da mesma história. Quando em ameaça direta, Thaymun libera seu poder mais temido: o Julgamento da Tríplice Era. Ele se ergue completamente, e as três faces se voltam para ele.
pontos fortes e fracos
CONFRONTANDO A BESTA
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No vasto e selvagem mundo das criaturas, todas as bestas — das mais humildes às mais colossais — carregam em si tanto poder quanto limitação. Nenhuma é invencível, pois cada uma foi moldada pelas forças naturais, mágicas ou divinas que lhes deram origem, e essas mesmas forças impõem um equilíbrio inevitável. Se uma besta domina o fogo, ela pode ser vulnerável ao silêncio ou à ausência de oxigênio. Se carrega uma couraça impenetrável, talvez sua mobilidade seja lenta, ou seus olhos incapazes de enxergar em ambientes de pura luz. Se voa entre as tempestades, talvez não suporte a gravidade das profundezas.
pontoS forteSThaymun é invulnerável a qualquer forma de ataque que dependa de linha temporal estável, ciclos mágicos artificiais ou conjurações baseadas em repetição. Encantamentos que alteram o fluxo do tempo — como aceleração, retrocesso, suspensão ou estagnação — são imediatamente desfeitos em sua presença, pois sua essência impõe a cronologia legítima do mundo. Ele também é imune a profecias, manipulações de destino, visões do futuro ou do passado, pois ele carrega todos esses tempos simultaneamente dentro de si. Sua presença no campo cria um campo de estabilização temporal absoluto, anulando maldições prolongadas, feitiços de duração contínua e toda forma de magia que se sustente pelo tempo em vez de pela vontade. Ele também resiste naturalmente a magias destrutivas.
PONTOS FRACOSApesar de sua solidez cósmica, Thaymun possui fraquezas ligadas à própria natureza de sua função. Ele não suporta realidades caóticas, onde o tempo foi completamente desfeito ou substituído por instabilidade primordial. Locais consumidos por magia sem narrativa (como o caos absoluto, vórtices de não-existência ou zonas de eternidade parada) enfraquecem sua presença, fazendo com que suas três montanhas tremam e suas patas vacilem. Além disso, Thaymun não é veloz, e sua lentidão absoluta o impede de reagir prontamente a ataques rápidos ou múltiplos focos de ameaça em movimento. Em campo aberto, isso o torna vulnerável a estratégias que envolvam distração, velocidade extrema ou manipulação espacial — ainda que tentar feri-lo fisicamente seja quase sempre fútil. Ele também respeita juramentos e ciclos concluídos com honra, guerreiros que encerram suas batalhas com aceitação, magos que selam suas magias.
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recompensas da besta
premio de consolação
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No coração do desconhecido, além do medo e do fascínio que as bestas despertam, existe um outro motivo pelo qual tantos ousam enfrentá-las: as recompensas. Cada besta carrega em si algo único, precioso e, muitas vezes, inatingível por qualquer outro meio natural. Seja um fragmento de sua essência, um mineral que só cresce sobre seu dorso, ou uma glândula que destila poder ancestral, as bestas são fontes vivas de relíquias, materiais raros e segredos perdidos. Essas recompensas não são simples espólios de batalha — são partes do mundo que não podem ser encontradas em minas, lojas ou bibliotecas.
fragmento do picoUm pedaço polido de cristal temporal colhido da crista central do dorso de Thaymun. Quando carregado por um indivíduo, esse fragmento ancora sua consciência no agora absoluto, protegendo-o de efeitos mentais ligados a nostalgia, visões do futuro ou ilusões baseadas em arrependimentos ou desejos. Em combate, permite ao portador agir com precisão inabalável, ignorando distrações temporais, confusões dimensionais e distorções mentais — como se o tempo ao redor se ajustasse para garantir sua clareza.
gema da respiraçãoUma pedra viva retirada das costelas internas de Thaymun, que pulsa em três ritmos distintos: o do que foi, o que é, e o que virá. Quando usada em rituais, a gema permite encerrar ciclos inacabados, como maldições herdadas, promessas esquecidas ou feitiços de duração indefinida. Ao ser fundida em armaduras ou amuletos, concede ao usuário a capacidade de reverter uma única condição imposta por manipulação temporal, como envelhecimento acelerado, congelamento no tempo ou perda de memória arcana — mas apenas uma vez por ciclo lunar.
areia da primeiraUma relíquia formada pelos primeiros grãos de terra que Thaymun tocou ao iniciar sua marcha sagrada em eras imemoriais. Essa areia, guardada em um frasco de vidro esculpido em tempo sólido, pode ser espalhada sobre o solo para criar uma zona de estabilidade absoluta, onde o tempo flui de forma pura e natural. Dentro dessa zona, nenhuma forma de manipulação temporal ou interferência dimensional funciona, tornando-a perfeita para duelos sagrados, rituais de reconciliação, ou como proteção contra criaturas que dependem da distorção cronológica.
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