Antes que os primeiros exércitos tivessem nome, antes que a guerra fosse considerada uma arte, Valenshar caminhava entre sombras e pergaminhos, guiando nações à vitória sem que seus soldados sequer desembainhassem espadas. Ele não era rei, nem deus, mas sua sabedoria moldava impérios com a delicadeza de um sopro. Não lutava por glória, mas pela harmonia. Em sua visão, a guerra não era um campo de sangue, mas um problema a ser resolvido antes que a espada fosse necessária. Onde outros erguiam muralhas, ele traçava rotas de fuga. Onde outros gritavam ordens, ele sussurrava silêncio. Valenshar acreditava que a força está no controle — não do inimigo, mas de si mesmo. Diz-se que sua mente era tão afiada que ele podia ver a morte chegando três movimentos antes, uma técnica que poucos conheciam.
Valenshar não era um comandante comum. Recusava-se a vencer pelo número, pelo aço ou pela força. Ele acreditava que a guerra, quando necessária, deveria ser invisível — decidida nas palavras, nos gestos, nos pequenos atos antes do primeiro golpe. Para ele, a vitória ideal era aquela em que o inimigo depunha as armas antes mesmo de entender que estava lutando. Os relatos de sua atuação atravessam eras: um império poupado da ruína ao redesenhar suas estradas; um rei que nunca perdeu um conflito após seguir seu tratado de silêncio; um exército que se rendeu sem combate após ver as torres de fumaça se erguerem onde seus suprimentos deveriam estar. Ninguém o viu comandar. Ninguém ouviu sua voz. Mas todos conheciam sua presença: ela vinha com o vento parado, com o inimigo hesitante, com a certeza de que já era tarde demais para reagir. Ele desapareceu como viveu — sem alarde, criando sua história em meio a batalha.
história do legado
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Há lendas que se impõem pela força e outras que perduram pelo silêncio. Entre as eras tumultuadas da fundação de Midrel, enquanto reis guerreavam por tronos que logo ruíam, surgiu uma figura que jamais precisou erguer uma arma para se tornar imortal. Seu nome era Valenshar — e dele nada se sabe com certeza, exceto que jamais foi derrotado. Alguns dizem que foi criado por monges que jamais saíram do alto de suas montanhas. Outros, que era um deus menor do pensamento puro, exilado do plano divino por se recusar a participar da guerra dos céus. Mas há quem diga que ele nasceu de uma pergunta: “É possível vencer sem destruir?” Valenshar acreditava que o maior erro dos mortais era buscar a glória no campo de batalha. Para ele, a guerra era apenas a última consequência de uma falha estratégica.
Ele via a vitória como uma semente lançada antes da crise, cultivada com tempo, paciência e leitura precisa da alma humana. Em seus tratados, diz-se que derrotar alguém no campo de batalha era uma humilhação — pois indicava que todas as outras vitórias anteriores haviam sido desperdiçadas. Onde Valenshar caminhava, os conflitos se desfaziam. Não porque fosse temido, mas porque tudo em sua presença indicava que já era tarde demais para resistir. Generais perdiam a vontade de lutar, alianças se desmoronavam, reis entregavam as chaves de seus castelos sem entender o porquê. Ele falava pouco, observava muito — e escrevia sempre. Seus escritos, fragmentados e poéticos, foram transcritos por discípulos e escondidos em templos e bibliotecas sob o título de "A Geometria Invisível da Vitória." Mas Valenshar não buscava discípulos. Quando seus seguidores se multiplicaram, ele partiu. Desapareceu sem deixar vestígios — como vento que muda de direção sem aviso. Alguns acreditam que ele nunca existiu; que Valenshar é apenas o nome que damos à inteligência estratégica.
habilidades passivas
primeiro desbloqueio
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Em Midrel, os Legados não são apenas marcas narrativas ou títulos honoríficos — eles são fontes vivas de poder. Ao serem adquiridos, cada Legado desperta habilidades passivas únicas, profundamente ligadas à essência do herói, figura ancestral ou entidade que o originou. Essas habilidades são desbloqueadas automaticamente no momento da compra, como se o próprio mundo reconhecesse o vínculo selado entre o personagem e a história que ele agora carrega. Essas passivas agem de forma constante e espontânea, sem exigir ativação. Cada Legado possui uma ou mais dessas passivas exclusivas, e nenhuma pode ser obtida por outros meios de forma geral.
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fim da guerra |
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Para o herdeiro de Valenshar, cada conflito já se encerrou no instante em que se inicia. Ele não entra em batalhas para testar sua força — entra apenas quando sabe que o desfecho já está selado. Sua mente opera como um mapa multidimensional, onde variáveis se conectam em tempo real: padrões de comportamento, topografia emocional, hesitações não ditas. Ao cruzar o olhar com um inimigo, ele já leu seus erros futuros.
Essa percepção o torna um mestre da antecipação, capaz de prever emboscadas, expor fraquezas e reconhecer estruturas táticas com precisão assombrosa. Ele não vê o que está — ele vê o que vai se tornar. Essa habilidade nasce da profundidade da SABEDORIA e da inflexível lucidez da PRECISÃO. |
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dobra do grito |
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Valenshar ensinava que o mais poderoso argumento é o silêncio certo no momento certo. O herdeiro sabe que todo o universo comunica — e que, ao falar pouco, obriga o mundo a revelar mais do que gostaria. Sua presença desconcerta, sua calma enfraquece, e sua ausência de reação transforma confrontos verbais em espelhos reveladores. Ele não precisa provocar: os outros tropeçam nas próprias inseguranças quando confrontados com a quietude estratégica. Seu silêncio carrega julgamento, e sua escuta se transforma em alavanca. Ele manipula alianças com uma palavra, desfaz intrigas com um gesto e extrai verdades com o silêncio. Essa habilidade vem da pureza da FÉ como presença, e da SABEDORIA como escudo invisível.
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forma disfarçada |
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Ao contrário de generais comuns, o herdeiro compreende o valor do espaço não ocupado, da ausência calculada, da desistência que atrai o erro. Para ele, recuar é preparar. Ceder território é esticar o ego do inimigo até que ele se parta. Em campo aberto, sua movimentação parece errática, mas esconde intenção precisa — como um lago tranquilo antes do redemoinho. Essa habilidade o torna extremamente difícil de capturar, antecipar ou manipular. Ele transforma desvantagem aparente em armadilha e convence os outros de que está fraco até o momento certo. Tal domínio da ausência como arma nasce da sua AGILIDADE refinada e da SABEDORIA que molda tudo.
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habilidades ativas
conhecimento geral
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Em Midrel, os Legados não se limitam a conceder apenas habilidades passivas — eles também despertam habilidades ativas exclusivas, profundamente enraizadas na essência heroica, espiritual ou mítica da figura que originou o legado. Essas habilidades ativas representam manifestações diretas da vontade, do poder ou da memória viva do ancestral, sendo únicas, poderosas e, muitas vezes, transformadoras. Ao adquirir um Legado, o personagem desbloqueia automaticamente uma habilidade ativa vinculada ao núcleo simbólico daquele legado. Essas técnicas carregam um peso narrativo enorme e são respeitadas por todos aqueles que estão ao seu redor dentro de uma missão, aliados ou não.
[NÍVEL I] Trama do Horizonte - O herdeiro de Valenshar manipula as ações do campo de batalha de forma quase imperceptível. Com um gesto sutil ou uma ordem velada, ele reorganiza as intenções do ambiente ao seu favor. Um aliado age antes do previsto. Um inimigo perde a cadência. Um recurso muda de lugar. Essa técnica permite alterar a ordem natural de turnos ou ações. O usuário pode adiantar a ação de um aliado, atrasar a de um inimigo ou reposicionar um elemento, explorando sua maestria no fluxo invisível da batalha graças à sua SABEDORIA e sua PRECISÃO.
[NÍVEL V] Mil Inteções - Quando Valenshar falava de força, dizia: "Se for necessário mostrar a lâmina, já é sinal de que você errou.” O herdeiro encarna esse princípio invocando o medo da derrota inevitável. Uma presença cresce ao seu redor como um exército invisível. Os inimigos não a veem — mas sentem. Seu sangue esfria, seu instinto os trai, seus comandos falham. Por dois turnos, todos os oponentes próximos sentem-se cercados, como se estivessem prestes a serem esmagados por forças que não compreendem. Sofrem penalidades em ataque e defesa, hesitam ao agir, e podem errar mesmo decisões simples. Esta intimidação sutil nasce da FÉ em sua autoridade e do CARISMA silencioso.
[NÍVEL X] Lâminas sem Fim - Valenshar dizia: “As armas mais afiadas são aquelas que não precisam ser desembainhadas.” O herdeiro evoca, com um único olhar ou comando, o peso de um exército inexistente. Os inimigos, tomados por um pânico inexplicável, hesitam, recuam ou erram seus movimentos. A habilidade atinge a mente e o instinto de múltiplos alvos, fazendo-os acreditar que estão cercados ou sendo caçados. Os afetados sofrem penalidades em ataques, defesas e tomadas de decisão por dois turnos. Essa ilusão psicológica nasce do equilíbrio entre FÉ e CARISMA.
[NÍVEL XV] Passos Invisíveis - A batalha é um tabuleiro, e o herdeiro é o único que o vê inteiro. Com uma sucessão de pequenos gestos — uma inclinação de ombro, um deslocamento quase imperceptível — ele altera o posicionamento de todos ao seu redor. Como peças hipnotizadas, aliados e inimigos se movem para onde ele deseja, sem nem perceberem que algo mudou. O herdeiro pode trocar as posições de duas criaturas, alterar a linha de visão de um conjurador, ou abrir espaço para uma investida precisa. Essa manipulação refinada do território se torna possível graças à fluidez de sua AGILIDADE e à mente arquitetônica que molda o campo com SABEDORIA sutil.
[NÍVEL XX] Vitória Inexistente - Este é o ápice do Legado de Valenshar. O herdeiro observa o inimigo, compreende seu medo mais íntimo, e planta uma ideia silenciosa: “Você já perdeu.” Não há grito, nem golpe. Há apenas o colapso da vontade, a morte do desejo de continuar lutando. O oponente sente que seu papel acabou — mesmo que ainda esteja vivo.
Ao usar essa habilidade, o herdeiro pode escolher um inimigo e induzi-lo a um estado de introspecção paralisante. Por até três turnos, esse inimigo abandona qualquer iniciativa ofensiva e entra em um processo interno de dúvida, como se estivesse sendo julgado por um tribunal invisível. Essa técnica não quebra a mente — apenas a expõe, com a força combinada da FÉ que guia, da SABEDORIA que lê, e do CARISMA que domina sem violência seu poder.
[NÍVEL V] Mil Inteções - Quando Valenshar falava de força, dizia: "Se for necessário mostrar a lâmina, já é sinal de que você errou.” O herdeiro encarna esse princípio invocando o medo da derrota inevitável. Uma presença cresce ao seu redor como um exército invisível. Os inimigos não a veem — mas sentem. Seu sangue esfria, seu instinto os trai, seus comandos falham. Por dois turnos, todos os oponentes próximos sentem-se cercados, como se estivessem prestes a serem esmagados por forças que não compreendem. Sofrem penalidades em ataque e defesa, hesitam ao agir, e podem errar mesmo decisões simples. Esta intimidação sutil nasce da FÉ em sua autoridade e do CARISMA silencioso.
[NÍVEL X] Lâminas sem Fim - Valenshar dizia: “As armas mais afiadas são aquelas que não precisam ser desembainhadas.” O herdeiro evoca, com um único olhar ou comando, o peso de um exército inexistente. Os inimigos, tomados por um pânico inexplicável, hesitam, recuam ou erram seus movimentos. A habilidade atinge a mente e o instinto de múltiplos alvos, fazendo-os acreditar que estão cercados ou sendo caçados. Os afetados sofrem penalidades em ataques, defesas e tomadas de decisão por dois turnos. Essa ilusão psicológica nasce do equilíbrio entre FÉ e CARISMA.
[NÍVEL XV] Passos Invisíveis - A batalha é um tabuleiro, e o herdeiro é o único que o vê inteiro. Com uma sucessão de pequenos gestos — uma inclinação de ombro, um deslocamento quase imperceptível — ele altera o posicionamento de todos ao seu redor. Como peças hipnotizadas, aliados e inimigos se movem para onde ele deseja, sem nem perceberem que algo mudou. O herdeiro pode trocar as posições de duas criaturas, alterar a linha de visão de um conjurador, ou abrir espaço para uma investida precisa. Essa manipulação refinada do território se torna possível graças à fluidez de sua AGILIDADE e à mente arquitetônica que molda o campo com SABEDORIA sutil.
[NÍVEL XX] Vitória Inexistente - Este é o ápice do Legado de Valenshar. O herdeiro observa o inimigo, compreende seu medo mais íntimo, e planta uma ideia silenciosa: “Você já perdeu.” Não há grito, nem golpe. Há apenas o colapso da vontade, a morte do desejo de continuar lutando. O oponente sente que seu papel acabou — mesmo que ainda esteja vivo.
Ao usar essa habilidade, o herdeiro pode escolher um inimigo e induzi-lo a um estado de introspecção paralisante. Por até três turnos, esse inimigo abandona qualquer iniciativa ofensiva e entra em um processo interno de dúvida, como se estivesse sendo julgado por um tribunal invisível. Essa técnica não quebra a mente — apenas a expõe, com a força combinada da FÉ que guia, da SABEDORIA que lê, e do CARISMA que domina sem violência seu poder.