​​besta transmutada
varkal
Varkal é um predador elemental nascido das cinzas do mundo. Seu nome é temido entre caravanas que cruzam planícies vulcânicas ou desertos abrasadores, pois onde um Varkal corre, o chão arde por trás dele. Apesar de não ser uma criatura colossal, é um exemplo perfeito da simbiose entre ferocidade natural e essência elemental. Varkais surgiram após a Queda da Chama Primordial, um evento antigo em que fragmentos do Fogo Vivo se espalharam pelas entranhas de Midrel, atingindo a fauna selvagem. Os primeiros lobos contaminados se transformaram em Varkais: criaturas ardentes que não apenas resistiam ao calor, mas o carregavam consigo. ​Seu corpo é revestido por uma pelagem escura como carvão, mas entre os pelos surgem veios luminosos em vermelho-alaranjado, sendo esse seu fogo.
Quando enfurecido, sua pelagem se eriça e chamas tênues percorrem suas costas, ondulando como um manto vivo. Ao caçar, Varkal não depende apenas de seus instintos lupinos. Ele é inteligente, quase tático. Costuma circular seu alvo em silêncio, deixando pegadas incandescentes que formam um cerco natural. Em bando, Varkais queimam os arredores para limitar a mobilidade do inimigo, tornando-o presa fácil. O calor de seus corpos é tão intenso que grama, arbustos e madeira seca entram em combustão espontânea ao seu redor. Quando uiva, o ar vibra, como se o som arranhasse o tecido da atmosfera — um aviso para os que ainda podem fugir. Em combate direto, Varkal pode concentrar energia interna e liberá-la em um jato de chamas curtas.

​características da besta
conhecimento geral
Os Varkais são criaturas elementais de origem natural corrompida, nascidas do cruzamento entre predadores selvagens e a essência remanescente do Fogo Primordial, uma das forças mais antigas do mundo de Midrel. Surgiram nas regiões montanhosas próximas às antigas caldeiras de magma, após a erupção espiritual da Fenda Rubra de Alhazan, um evento que liberou partículas mágicas inflamadas no ecossistema. Essas partículas se fixaram nos corpos de predadores locais, transmutando-os em feras ígneas com consciência aguçada e pulsos de energia flamejante vivos dentro do peito. ​Hoje, os Varkais vagam por regiões áridas, cordilheiras vulcânicas, desertos de obsidiana e clareiras onde o solo ainda emana calor. Apesar de terem aparência lupina eles são bem diferentes do normal.
Alguns sábios do Círculo de Ardhelem acreditam que os Varkais agem como catalisadores do fogo, regulando o ciclo térmico de áreas onde a magia ígnea ainda pulsa instável. Mesmo sendo feras, os Varkais demonstram certo tipo de organização entre si, liderados geralmente por um alfa ancestral que carrega cicatrizes incandescentes pelo corpo e pode viver por mais de um século. Seus bandos seguem caminhos marcados pelo calor residual, e regiões por onde passaram costumam sofrer escassez de vegetação por anos. A presença de um Varkal em uma região indica que a magia elemental do fogo ali está desequilibrada ou mal selada. Por isso, caçadores de relíquias e membros de ordens druidistas monitoram seus movimentos de perto, temendo que o surgimento de um bando possa preceder um novo.

status
Domável

habitat
Vulcões, Montanhas

altura
1.0 metro;

comprimento
2.0 metros;

peso
80 kg;

dificuldade
★★★★★

​poder da besta
combustão parcial
O poder principal de Varkal reside na fusão entre sua ferocidade instintiva e a essência do fogo elemental que corre por suas veias. Ele não manipula chamas da forma como um conjurador faria — ele é o fogo em sua forma predatória, viva e em constante movimento. Seu corpo mantém uma fornalha interna em combustão contínua, permitindo que ele ative habilidades ígneas ofensivas e defensivas de maneira visceral, como uma extensão natural de sua existência. A habilidade mais característica de um Varkal é a Combustão Parcial, um estado no qual seu corpo se envolve em chamas pulsantes, aumentando sua velocidade, agressividade e temperatura corporal a níveis extremos por um curto período. ​Enquanto arde, seus olhos brilham em um tom branco-alaranjado mais poderoso.
Outra técnica marcante é o Sopro Incandescente, um jato de fogo comprimido expelido de sua garganta. Não se trata de um sopro contínuo como o de um dragão, mas sim de uma rajada breve e concentrada, capaz de atravessar escudos mágicos menores e incendiar estruturas frágeis. Ele utiliza esse sopro tanto em ataque direto quanto para incendiar áreas ao redor e forçar inimigos a se moverem. Varkais alfas, ou Varkais anciões, dominam a habilidade do Círculo Ígneo. Com um salto explosivo e uma aterrissagem pesada, o Varkal alfa libera uma onda flamejante circular que incendeia o solo ao seu redor, formando uma arena de fogo viva. Dentro desse círculo, o calor se intensifica a cada segundo.

​pontos fortes e fracos
CONFRONTANDO A BESTA
No vasto e selvagem mundo das criaturas, todas as bestas — das mais humildes às mais colossais — carregam em si tanto poder quanto limitação. Nenhuma é invencível, pois cada uma foi moldada pelas forças naturais, mágicas ou divinas que lhes deram origem, e essas mesmas forças impõem um equilíbrio inevitável. Se uma besta domina o fogo, ela pode ser vulnerável ao silêncio ou à ausência de oxigênio. Se carrega uma couraça impenetrável, talvez sua mobilidade seja lenta, ou seus olhos incapazes de enxergar em ambientes de pura luz. Se voa entre as tempestades, talvez não suporte a gravidade das profundezas.

pontoS forteS

Varkal é uma força elementar viva moldada pelo calor primordial, e sua resistência é uma de suas maiores vantagens. Ele é imune a fogo e calor, tanto natural quanto mágico, sendo incapaz de ser ferido por chamas, explosões térmicas ou ambientes infernais. Além disso, sua combustão parcial torna-o extremamente perigoso no combate corpo a corpo, punindo agressivamente qualquer inimigo que tente atacá-lo de perto. Sua velocidade é incomum para uma criatura de seu porte, e quando ativado seu estado flamejante, ele se torna ainda mais ágil e imprevisível. Táticas defensivas são dificultadas por sua habilidade de controlar o campo ao redor — com sua capacidade de criar zonas de calor e incendiar áreas.

PONTOS FRACOS

Apesar de ser uma ameaça ígnea quase perfeita, Varkal possui limitações claras quando confrontado com elementos opostos ou com estratégias de resistência prolongada. Ele é altamente vulnerável a água e gelo — magias ou armas que empregam congelamento, umidade extrema ou vapor pressurizado podem reduzir drasticamente sua mobilidade e extinguir temporariamente sua combustão. Além disso, por depender de sua fornalha interna, Varkal se desgasta com rapidez em ambientes frios ou sob combate prolongado, já que precisa manter sua temperatura elevada para se manter eficaz. Ambientes sem oxigênio ou excessivamente úmidos prejudicam a propagação de suas chamas, forçando-o a recorrer apenas a ataques físicos, nos quais ele perde parte.

​​recompensas da besta
premio de consolação
No coração do desconhecido, além do medo e do fascínio que as bestas despertam, existe um outro motivo pelo qual tantos ousam enfrentá-las: as recompensas. Cada besta carrega em si algo único, precioso e, muitas vezes, inatingível por qualquer outro meio natural. Seja um fragmento de sua essência, um mineral que só cresce sobre seu dorso, ou uma glândula que destila poder ancestral, as bestas são fontes vivas de relíquias, materiais raros e segredos perdidos. ​Essas recompensas não são simples espólios de batalha — são partes do mundo que não podem ser encontradas em minas, lojas ou bibliotecas.

glandula da fúria

Um pequeno órgão avermelhado envolto por veias petrificadas, retirado do interior do peito de um Varkal. Ainda pulsa com calor mesmo dias após a morte da criatura. Usado como componente alquímico, pode ser destilado em essências explosivas ou inserido em armas para conceder efeitos incendiários temporários. Em equipamentos arcanos, a glândula serve como núcleo energético capaz de manter encantamentos de fogo ativos sem necessidade de recarga mágica.

pelagem carbonizada

Fiapos negros com veios alaranjados que mantêm a memória do calor extremo da criatura. Quando entrelaçados em roupas ou capas, conferem resistência ao fogo e tornam o portador imune a queimaduras menores e ambientes abrasivos. Artesãos especializados também utilizam a pelagem para criar mantos ou armaduras que brilham levemente no escuro e repelem ataques baseados em calor.

presas de magma

Presas grossas, densas e irregulares, feitas de um material mineral criado quando o fogo do Varkal se cristaliza em combate. Cada uma carrega vestígios da energia interna da besta. Em forjas místicas, podem ser transformadas em lâminas ou pontas de lança com propriedades perfurantes flamejantes. Quando moídas e misturadas com pó de obsidiana, dão origem a tintas rúnicas que ampliam feitiços de conjuração ígnea em até duas intensidades superiores.