LUZ DO MUNDO
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acesso |
Livre
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linguagem |
Varkitaani
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território |
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cultura |
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influência |
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informações do continente
territorios diversos
Varkitan é um continente de vastidão impressionante, marcado por uma diversidade territorial que desafia mapas e expectativas. Suas terras se estendem por climas e geologias tão distintas que parecem pertencer a mundos diferentes, como se o próprio continente fosse um espelho fragmentado de inúmeras realidades coexistindo em uma mesma superfície. Ao norte, encontram-se regiões cobertas por florestas ancestrais, densas e intocadas, onde a luz mal atravessa as copas e a natureza domina com uma inteligência própria. Mais além, montanhas colossais perfuram os céus, cobertas de neves eternas e guardando passagens ocultas para civilizações esquecidas pelo tempo. O centro de Varkitan é marcado por vales férteis, planícies onduladas e rios luminosos que serpenteiam por terras disputadas, onde vilas, cidades e fortalezas crescem entre ruínas antigas e campos de batalha adormecidos.
Ao sul, os ventos mudam. Desertos abrasadores se estendem até onde os olhos alcançam, com dunas vivas que sussurram nomes extintos e tormentas de areia que escondem vestígios de reinos soterrados. Em contraste, há oásis mágicos e cânions que ressoam com antigas canções de fogo. Nas regiões costeiras, falésias esculpidas por séculos de marés violentas se erguem sobre oceanos temperamentais, onde ilhas flutuantes, arquipélagos encantados e portos cosmopolitas revelam a face mais misteriosa e expansiva de Varkitan. Os mares que o rodeiam não são apenas caminhos — são provações, rotas para o desconhecido. Essa variedade de territórios faz de Varkitan um continente onde qualquer tipo de história pode nascer. Da magia ao aço, do silêncio das ruínas ao rugido das revoluções, cada região pulsa com um ritmo próprio — e todas, de alguma forma, participam do grande ciclo que move o mundo atingindo os objetivos.
cultura do continente
DIVERSIDADE DE DEUSES
A cultura religiosa de Varkitan é profundamente politeísta, moldada por milênios de interação entre mortais e forças superiores que, aos olhos dos povos do continente, nunca estiveram distantes. Aqui, os deuses não são apenas venerados: eles são temidos, consultados, desafiados e, em muitos casos, vistos como participantes ativos do destino do mundo. Suas presenças estão entranhadas nas paisagens, nos nomes das pessoas, nos ciclos da natureza e nas decisões políticas. Os varkitani enxergam o divino como uma multiplicidade de essências, e não como uma hierarquia rígida. Cada deus representa um aspecto da existência — mas esses aspectos não são isolados ou limitados. Um mesmo deus pode ser senhor da guerra em uma região e patrono da justiça em outra, refletindo a natureza mutável da fé varkitanica. Isso se deve à crença de que os deuses se moldam conforme o culto, crescendo, adormecendo ou até corrompendo-se conforme a forma como são lembrados.
Santuários dedicados a diversas divindades costumam coexistir nas grandes cidades, onde o povo ergue altares para múltiplos propósitos: bênçãos para colheitas, proteção contra espíritos, pactos de sangue, julgamentos sagrados, curas e augúrios. É comum que as famílias escolham um deus protetor ao nascer de uma criança, mas que também mantenham oferendas a outros de acordo com as fases da vida ou as estações. Cada território ou povo possui suas divindades tutelares, com rituais, lendas e festivais próprios. Há deuses celestes cultuados por astrônomos e navegadores; deuses da carne reverenciados por guerreiros e amantes; deuses da ruína invocados por feiticeiros e visionários. Alguns cultos se tornam tão fortes que transformam cidades inteiras em teocracias, enquanto outros permanecem ocultos, mantidos por linhagens secretas ou ordens esotéricas. O politeísmo varkitani aceita, inclusive, a existência de deuses caídos, esquecidos ou renegados — entidades que outrora foram adoradas, mas que, ao perder seus fiéis, transformaram-se em sombras, horrores ou juízes do abismo. Estes são temidos, mas também reverenciados por aqueles que trilham caminhos proibidos.
pontos fortes
acesso limitado
Diferente dos demais continentes do mundo conhecido, Varkitan é um território isolado por sua própria natureza, com acessos limitados e cuidadosamente vigiados — tanto por forças naturais quanto por vontades mais antigas e invisíveis. Chegar a Varkitan não é simplesmente uma questão de mapas ou navegação: é uma jornada que exige permissão, resistência e, muitas vezes, um preço a ser pago. Geograficamente, o continente é envolto por barreiras que desestimulam a entrada e impedem a saída livre. Mares revoltos cercam suas costas, assolados por tempestades que surgem sem aviso e destroem embarcações com precisão quase consciente. Cordilheiras colossais, picos enegrecidos e vales cortados por abismos formam muralhas naturais nas regiões interiores, tornando o acesso por terra uma raridade. Mesmo os céus acima de Varkitan parecem não acolher viajantes com facilidade, pois são atravessados por correntes mágicas instáveis que confundem bússolas, desorientam magos e destroem portais dimensionais mal calibrados.
Além disso, existem selos arcanos ancestrais posicionados em pontos-chave ao redor do continente, como se forças primordiais quisessem proteger Varkitan de invasores — ou talvez impedir que algo escape de dentro. Alguns acreditam que os próprios deuses estabeleceram esses limites, selando o continente não como um castelo, mas como uma prisão sagrada, onde certos destinos devem cumprir seu ciclo sem interferência externa. Esse isolamento criou, ao longo das eras, uma cultura única e profundamente enraizada, distinta das influências mais amplas dos outros continentes. As histórias de Varkitan raramente chegam completas ao exterior — e quando chegam, estão distorcidas por mitos ou fragmentadas por gerações. Poucos estrangeiros ousam tentar entrar, e menos ainda conseguem retornar para contar o que viram. Varkitan, portanto, não é apenas um lugar: é uma escolha do mundo, um ponto de convergência tão poderoso quanto temido. Seu isolamento é tanto geográfico quanto espiritual — um véu entre realidades que só se ergue para aqueles cujo destino já foi entrelaçado.