A família Velkareth, de onde Alaric — conhecido entre os povos de Verminia como Drácula — descende, é uma linhagem tão antiga quanto os próprios alicerces de sangue que sustentam aquele reino amaldiçoado. Os Velkareth não são apenas uma casa nobre; são uma entidade histórica, um ciclo contínuo de dominação, obsessão e fome. A origem da família se perde nos primórdios de Verminia, quando o reino ainda era uma terra de florestas mortas e vales onde o sol nunca parecia nascer. Dizem que o primeiro Velkareth não nasceu… ele foi esculpido da noite, moldado por deuses esquecidos ou por forças que nem mesmo os mestres da magia se atrevem a nomear. Desde então, cada geração da família foi concebida não apenas por sangue, mas por rituais de corrupção, pactos sombrios e banhos de vida roubada.
Brasão dos Velkareth
O escudo é de fundo negro profundo, tão escuro que parece absorver a luz ao redor. No centro, repousa uma rosa carmesim em plena floração, cujas pétalas são tão detalhadas que parecem sangrar pelas bordas. As extremidades da flor são delineadas com um brilho escuro, como se fossem feitas de ferro oxidado ou veludo.
bonificações da familia sede eterna
Todo membro da linhagem nasce com uma conexão inquebrável com o conceito de fome vital. Não é apenas sede de sangue… é sede de força, de emoção, de essência. A presença de um Velkareth em qualquer ambiente altera a atmosfera de maneira sutil, como se o ar ficasse mais denso, como se os corações dos presentes começassem a bater em um compasso mais lento… mais exposto. Fisicamente, eles são agraciados com resistência sobrenatural, sentidos aguçados e uma capacidade de regeneração absurda. Ferimentos que matariam qualquer humano comum cicatrizam em minutos, às vezes segundos, desde que haja sangue — próprio ou alheio — por perto.
Sua força física ultrapassa limites naturais, e mesmo os mais jovens da linhagem podem subjugar guerreiros experientes com uma combinação de brutalidade e velocidade que desafia a lógica. Mas é no aspecto mais sutil da Herança da Sede Eterna que reside o verdadeiro terror. Os Velkareth têm uma afinidade inata para manipular vontades. Um olhar prolongado, um toque de voz carregado de intenção, e a mente de um adversário começa a vacilar. Não é hipnose simples. É uma fome psíquica que se infiltra nas inseguranças, nos medos, nas memórias. Os inimigos vacilam, hesitam… e quando percebem, já estão de joelhos, física ou emocionalmente. O ápice da bonificação se revela em combate prolongado. Quanto mais longa a luta… quanto mais sangue é derramado ao redor… mais forte o Velkareth se torna. Cada gota no chão é um convite. Cada ferimento, um catalisador. Eles são predadores feitos para dominar batalhas de resistência, prosperando no caos, na dor… e no colapso emocional de seus oponentes. Contudo, esse poder tem um custo. A Sede Eterna nunca se satisfaz. Quanto mais um Velkareth consome, mais profundo se torna o vazio dentro de si. Eles vivem à beira da ruína moral, sempre a um passo de se perderem completamente na fome, caindo num estado conhecido entre os próprios como “A Queda Carmesim” — um estágio de frenesi sem controle onde o Velkareth deixa de distinguir amigo de inimigo, vida de morte e além.
TERRITORIO DA FAMILIA territorio de valtheria
O território da família Velkareth é um fragmento de pesadelo materializado nas terras de Verminia, um domínio onde o conceito de dia parece ter sido esquecido há gerações. Conhecido como a região de Valtheria, o território é um vale de sombras e eternas névoas, cercado por florestas mortas e montanhas de pedra escura que cortam o horizonte como presas de um predador adormecido. No coração de Valtheria, ergue-se o Castelo Velkareth, uma estrutura colossal de arquitetura gótica, com torres que perfuram o céu como agulhas, e muralhas de pedra negra cobertas por musgo rubro — um tipo de vegetação que só cresce ali, alimentada por séculos de sangue derramado. As janelas do castelo são estreitas, cobertas por vitrais sombrios que retratam cenas de conquista, submissão e execuções. Os portões de entrada são de ferro forjado, decorados com entalhes de serpentes e rosas murchas, símbolos eternos do desejo e morte.
O solo ao redor do castelo é lamacento, escuro, sempre úmido, como se a terra tivesse aprendido a se alimentar das lágrimas e do sangue dos que ali pereceram. Pequenas aldeias sobrevivem nas redondezas, mas seus moradores vivem em silêncio, com medo de olhar para as torres nas noites de vento. Há uma compreensão não dita entre eles: os Velkareth governam… não com leis, mas com presença. Os bosques que cercam Valtheria são conhecidos como as Florestas Sussurrantes, um labirinto de árvores retorcidas cujas folhas jamais caem, mas que rangem, gemem e sussurram como se guardassem segredos milenares. Viajar por essas trilhas sem um guia local é condenar-se a desaparecer. Muitos que entram… nunca saem. Ou pior: saem… mas não como humanos. As margens do território são marcadas por antigas lápides, túmulos esquecidos de inimigos que tentaram tomar Verminia pela força ou por ambição política. Esses monumentos de pedra quebrada são mantidos propositalmente intactos, como um recado permanente aos que ousam questionar a soberania dos Velkareth. No interior do castelo, salões intermináveis, passagens secretas e câmaras de sangue formam um labirinto arquitetônico. As paredes carregam a morte.
poder bélico cortejos sangrentos
O poder bélico da família Velkareth é a personificação da guerra como ritual de sangue, um teatro de carnificina cuidadosamente encenado para não apenas vencer… mas devastar. Eles não marcham para a batalha como um exército comum. Eles avançam como uma epidemia de violência organizada, com disciplina implacável e uma sede de morte que nunca se sacia. Conhecidos em toda Verminia como os Cortejos Sangrentos, as tropas da família Velkareth são compostas por uma combinação de guerreiros vampíricos, espadachins de elite, conjuradores de sangue e predadores noturnos adestrados. Cada soldado é forjado para lutar até o último sopro — e mesmo então, muitos se levantam novamente, guiados por um misto de comando e maldição.
Ao entrar em combate, os Velkareth não buscam apenas a destruição física do inimigo, mas a destruição moral e espiritual. Suas táticas envolvem cerco psicológico, noites inteiras de ataques relâmpago, emboscadas silenciosas e manipulação de emoções através de magia do medo e controle da dor. Eles sabem quando avançar com brutalidade… e quando deixar o inimigo apodrecer em desespero dentro de seus próprios acampamentos. Mas o verdadeiro terror dos Velkareth se manifesta quando a batalha começa a se arrastar. A cada soldado inimigo que sangra, os Velkareth se fortalecem. A cada perda em suas fileiras, um novo predador se ergue, revigorado pela maldição de Valtheria. Um exército que, quanto mais apanha… mais mortal se torna. Eles não negociam. Não fazem prisioneiros. Não aceitam rendição. A chegada do estandarte Velkareth em um campo de batalha é um presságio claro: o fim virá, seja rápido… ou lentamente, até que o último suspiro inimigo seja arrancado à força. Conjuradores de sangue que manipulam a essência vital dos próprios aliados caídos para criar lanças carmesins, escudos líquidos ou rajadas de sangue solidificado que perfuram armaduras facilmente.
segredos de FAMÍLIA salao dos sussurros
O segredo mais profundo e inconfessável da família Velkareth é conhecido apenas por um punhado de anciãos e pelos Patriarcas que carregaram, ao longo das eras, o peso da linhagem. Um segredo que nunca foi registrado em pergaminhos, jamais pronunciado fora das paredes do Salão de Sussurros, um aposento selado nas fundações mais antigas de Valtheria, onde até as pedras parecem sangrar em silêncio. A verdade é que os Velkareth não são uma linhagem natural. Eles não nasceram do ciclo comum da vida e da morte. Sua origem remonta a um ritual proibido, um pacto de manipulação vital que os primeiros membros da família realizaram não com deuses… mas com a própria Matriz do Sangue, uma entidade cósmica que representa o fluxo da vida e da fome em sua forma mais primitiva.
Dizem que os fundadores da casa Velkareth forçaram uma ruptura no ciclo da existência, criando para si um estado de vida imortalizada através da fome, mas com um preço terrível: nenhum Velkareth, em toda a história, foi gerado por um ato natural de concepção. Cada herdeiro da família é criado por um ritual de moldagem de essência. Eles são forjados com sangue acumulado de gerações, extraído de prisioneiros, inimigos e até de membros mais fracos da própria linhagem. O corpo nasce, mas a alma… é puxada de uma camada intermediária entre a vida e a morte, um limbo onde o tempo não corre. É por isso que muitos jovens Velkareth apresentam lapsos de identidade, traços de memórias que não lhes pertencem e pesadelos com vidas que nunca viveram. Mais de uma vez, houve casos de herdeiros que despertaram… demais. Jovens que, antes da idade adulta, começaram a ouvir vozes de outras consciências que dividem o mesmo sangue. Alguns enlouqueceram. Outros desapareceram nos corredores internos do castelo. Há quem diga que as criptas subterrâneas da Torre Velkareth estão cheias desses fracassos — corpos de herdeiros imperfeitos, mantidos suspensos entre estados de vida e morte… prontos para serem usados caso algum dia falte matéria-prima para criar.
profecia do oraculo lamento da rosa
A profecia que assombra a família Velkareth, conhecida entre os mais antigos como O Lamento da Rosa, foi pronunciada séculos atrás por um oráculo cego, trazido das terras do sul em correntes, como um troféu de guerra. Mantido prisioneiro nas masmorras de Valtheria, o oráculo não falava, não comia, não dormia. Apenas respirava. Até a noite em que, durante um eclipse total de sangue, sua voz finalmente rompeu o silêncio. As palavras vieram como um sussurro coletivo, como se faladas por mil bocas invisíveis nas paredes do castelo. Uma névoa vermelha tomou os corredores. Servos desmaiaram. Guerreiros caíram de joelhos, com as mãos tapando os ouvidos. Apenas os membros diretos da linhagem Velkaretr conseguiram permanecer de pé... e mesmo eles... com dificuldade, se mantendo firmes além do véu.
Quando a última Rosa negra florescer sob um céu sem estrelas, Quando o sangue dos próprios herdeiros for derramado por mãos Velkareth, E quando a sede se voltar para o próprio ventre, A Casa do Sangue irá afogar-se em sua colheita. O trono de Valtheria será erguido... mas vazio, E o eco dos nomes da linhagem não será mais ouvido. Pois aquele que nasceu de todos os sangues. E de nenhum, Irá consumir tudo... Até restar apenas silêncio. Desde então, os Patriarcas têm feito de tudo para evitar que qualquer um dos elementos da profecia se complete. Toda rosa negra cultivada nos jardins de Valtheria é arrancada antes de florescer completamente. Qualquer sinal de conflito interno é punido com execução pública e rápida, para impedir a "queda pelo próprio sangue". Os rituais de criação de herdeiros são ainda mais controlados, temendo que, em algum momento, um deles nasça com uma consciência... diferente. Porém, há boatos de que a profecia já começou a se cumprir em pequenos sinais: flores que insistem em desabrochar em locais proibidos, espelhos de Valtheria que quebram sem razão, e nos sonhos dos mais velhos... visões de um trono coberto não de ouro, nem de ferro... mas de carne e ossos, trazendo assim a morte para todos.