A família Vorenthall é a soberana incontestável de Verminia, um reino envolto em lendas sombrias, decadência aristocrática e a eterna névoa das florestas mortas. Erguida como a dinastia real desde a fundação da cidade-capital de Verminia, sua linhagem é associada não apenas ao direito divino de governar, mas também a um legado oculto e aterrador: sua profunda conexão com os vampiros reais, uma casta antiga e quase mítica, da qual Vladimir — o Primus Sanguinis — é a mais conhecida e temida manifestação. Os Vorenthall são descendentes diretos da Primeira União de Sangue, um pacto firmado séculos atrás entre os reis mortais de Verminia e a progenitura vampírica original. Este laço fundiu não apenas linhagens, mas também poderes. Assim, a família carrega em seu sangue uma maldição e um privilégio.
Brasão dos Vorenthall
O brasão da família Vorenthall é um dos símbolos heráldicos mais antigos e temidos de todo o continente, um emblema que representa não apenas a realeza de Verminia, mas também o legado sombrio da linhagem vampírica que os define. Ao centro do escudo, repousa a figura estilizada de um morcego de asas abertas, remetendo a algo poderoso.
bonificações da familia vestigio carmesim
O Poder de Sangue da família Vorenthall é uma herança arcana e biológica que transcende as limitações da humanidade e da própria vampirização tradicional. Não se trata apenas de um dom ou maldição, mas de uma força primal, transmitida pelo Vestígio Carmesim que corre em todas as gerações da linhagem. Este poder manifesta-se como a capacidade de moldar e comandar o Sangue Ancestral, uma substância que transcende o fluido vital comum, sendo ao mesmo tempo essência e instrumento de poder. Para os Vorenthall, o sangue é mais que vida: é uma arma, uma armadura e um vínculo indestrutível com os pactos primordiais selados com os vampiros reais, como Vladimir. Quando despertado, o Poder de Sangue permite que um Vorenthall condense sua própria essência sanguínea em formas físicas ou metafísicas. Pode transformar-se em lâminas de coagulação sólida ou teias carmesim.
Além do aspecto ofensivo, o Poder de Sangue concede regeneração acelerada, resistência a venenos e doenças, e uma longevidade que beira a imortalidade, embora a plenitude dessas habilidades dependa do grau de "despertar" que o membro da família alcança — variando desde portadores latentes até vampiros plenos que comandam o Sangue Ancestral com absoluta maestria. Entre os ritos secretos da família, há o Encarnamento Carmesim, um ritual proibido que permite ao iniciado fundir-se temporariamente com o Sangue Ancestral puro, tornando-se uma entidade monstruosa e incontrolável, um avatar do legado Vorenthall que raramente é invocado.
TERRITORIO DA FAMILIA terras de nhar vemarr
As Terras de Verminia são uma extensão vasta e lúgubre, marcada por uma beleza decadente e uma natureza dominada pela noite perpétua. Situada ao extremo norte do continente, Verminia é uma região onde a luz do sol raramente rompe as espessas nuvens negras, e a névoa eterna serpenteia pelos vales, florestas e montanhas como se fosse parte integrante da própria terra. O território é dividido em diversas regiões, cada uma impregnada com o legado sombrio da família Vorenthall e o domínio velado dos vampiros reais. No coração de Verminia ergue-se Nhar Vemarr, a capital imperial e centro político da dinastia. A cidade é um labirinto de ruas estreitas e canais profundos.
Ao redor da capital estendem-se as Florestas de Althvar, uma selva antiga e maldita, onde árvores retorcidas se alimentam do solo encharcado de sangue de batalhas esquecidas. Estas florestas são território dos caçadores da noite e dos clãs vampíricos menores, que juraram lealdade à coroa ou caem como presas daqueles que dominam a arte de caçá-los. Mais ao sul, a planície fria e úmida conhecida como Campos de Velzahr se estende até onde a vista alcança, pontilhada por vilarejos de camponeses resignados à vida sob o domínio dos Vorenthall, onde as colheitas são pálidas e o vinho é sempre denso e amargo, como se herdasse o gosto do sangue que permeia aquelas terras. A leste, os Pântanos de Morhen, regiões inóspitas, são um labirinto de águas estagnadas, neblina tóxica e criaturas ancestrais perdidas.
poder bélico amaldiçoados infames
Os Amaldiçoados Infames constituem a mais temida força bélica de Verminia, um exército não de homens comuns, mas de guerreiros marcados irrevogavelmente pelo Vestígio Carmesim ou moldados por ritos profanos conduzidos nos salões ocultos de Khaer Vorenthall. Eles são a personificação viva — ou morta — do poder bélico da família real, instrumentos de guerra, terror e supremacia. Cada Amaldiçoado Infame foi um dia um servo fiel ou um guerreiro de mérito elevado, agraciado — ou punido — com o Encarnamento de Sangue, um ritual que funde sua alma com fragmentos do Sangue Ancestral, corrompendo sua humanidade e os transformando em entidades híbridas: parte soldados, parte monstros que dizimam a todos.
Fisicamente, eles são colossais, com corpos reforçados por placas naturais de carne endurecida, veias negras e pulsantes que brilham com uma luz rubra tênue, e olhos permanentemente marcados pelo brilho escarlate da maldição. Sua força física transcende a de qualquer guerreiro mortal, e sua resistência é lendária: não sentem dor, não temem ferimentos, e são capazes de lutar mesmo após a perda de membros, sustentados unicamente pela pulsação do Sangue Ancestral. O poder bélico dos Amaldiçoados Infames não reside apenas em sua brutalidade, mas também na disciplina. Diferente de hordas selvagens, eles seguem uma hierarquia rígida, comandada por oficiais da Guarda Carmesim e, acima deles, pelos Vorenthall Sangraal, uma sublinhagem da família real que supervisiona a realeza.
segredos de FAMÍLIA pacto do pecado
O Pacto do Pecado é o mais antigo e profano dos contratos que sustentam o poder da família Vorenthall e o domínio absoluto sobre Verminia. Forjado em eras imemoriais, muito antes da fundação de Nhar Vemarr, este pacto não foi firmado entre homens ou reinos, mas entre a própria linhagem dos Vorenthall e uma entidade primordial conhecida apenas como O Pecado — uma força arquetípica, sem rosto ou forma definida, que representa o aspecto mais puro e indomável da transgressão, do desejo e da corrupção. Diferente de pactos comuns, o Pacto do Pecado não é selado por palavras ou contratos escritos. Ele é um juramento existencial, uma oferenda de alma e sangue feita pelos ancestrais da casa, aceitando que todo o destino da família seria entrelaçado à essência desse princípio corrompido.
Em troca, os Vorenthall receberam três dádivas fundamentais: o Sangue Ancestral, que lhes conferiu a possibilidade da imortalidade e da vampirização; o Dom do Comando, que garante à linhagem uma autoridade natural, quase hipnótica, sobre mortais e imortais; e o Direito à Transgressão, uma permissão metafísica que os exime, espiritualmente, de culpa ou punição, legitimando seus atos mais vis. O Pacto do Pecado está impresso na alma de cada descendente, manifestando-se como uma cicatriz espectral, visível apenas por aqueles que detêm o Olhar dos Condenados — uma visão espiritual rara a família.
profecia do oraculo apocalipse de sangue
O Apocalipse de Sangue é a profecia mais temida e silenciada nas profundezas de Verminia, um presságio antigo que a família Vorenthall guarda com um misto de reverência e terror. Segundo os fragmentos preservados nos tomos ocultos do Codex Vermis, trata-se de um ciclo inevitável de destruição e renascimento, intimamente conectado à entidade primordial conhecida como Ouroboros, o símbolo eterno da serpente que devora a si mesma. De acordo com a lenda, o Pacto do Pecado selado pelos ancestrais Vorenthall não apenas garantiu poder e longevidade, mas também colocou toda a linhagem e as terras de Verminia sob o fio da navalha de uma condenação cósmica. O Apocalipse de Sangue é descrito como o momento em que o Sangue Ancestral, acumulado e corrompido ao longo dos séculos, atingirá sua massa crítica, rompendo as barreiras que delimitam o plano material e convocando o despertar.
Diferente de outras manifestações de fim dos tempos, o Apocalipse de Sangue não se apresenta como um cataclismo súbito, mas como uma purgação gradual: rios que se transformam em correntes carmesins; o céu que perde sua cor, tornando-se um véu escarlate eterno; as criaturas vivas deformadas pela essência vampírica latente; e os próprios Vorenthall, um a um, consumidos por sua herança até que não reste mais humanidade, apenas predadores sem razão. O ouroboros é central nessa profecia porque representa a natureza inexorável do ciclo: a linhagem Vorenthall, ao mesmo tempo criadora e devoradora de seu próprio fim. O sangue que alimentou a glória da dinastia é o mesmo que a condenará, numa espiral inevitável de autodestruição. No auge do Apocalipse, Ouroboros — ou sua manifestação — deverá se erguer das profundezas do Ventre do Pecado.
