SÉTIMO bahamut
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Vorthernark é uma entidade abissal e colossal, reverenciada e temida nos confins dos oceanos como a Senhora dos Mares, a grande matriarca das profundezas e soberana das correntes ocultas que moldam os ciclos marinhos. Conhecida também como a Abissal Meio-Polvo, sua existência está entrelaçada à essência primordial dos mares insondáveis, às forças que habitam abaixo da luz, onde os limites entre a carne e a água se desfazem e onde o tempo parece estagnar. Em sua forma verdadeira, Vorthernark possui um corpo monstruoso e hipnótico, metade semelhante a uma criatura cephalópode de proporções titânicas, e metade a uma figura feminina e ancestral, marcada pela beleza exótica e pela força indomável do oceano profundo, o que torna suas habilidades ainda mais incompreensíveis aos mortais.
Sua parte inferior se compõe de dezenas de tentáculos imensos, cada um recoberto por uma pele viscosa e iridescente, que exibe tons de azul profundo, roxo e verde esmeralda, com ventosas circulares e irregulares que não apenas aderem, mas secretam substâncias ácidas capazes de dissolver pedra, metal e carne. Esses tentáculos movem-se com a lentidão majestosa das correntes abissais, mas quando necessário, estalam com velocidade letal, quebrando cascos de navios ou puxando monstros marinhos inteiros para as fauces ocultas entre eles. A partir da cintura, Vorthernark ergue um torso feminino de aspecto imponente, recoberto por uma pele lisa e fria, com tonalidades que oscilam entre o cinza-prateado e o azul petróleo.
características da besta
conhecimento geral
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Vorthernark, a Senhora dos Mares, apresenta uma anatomia colossal e hipnótica que sintetiza perfeitamente a natureza abissal do oceano e a plasticidade predatória dos grandes cefalópodes. Sua presença é marcada por uma combinação de forma fluida e força esmagadora, adaptada para o domínio absoluto das profundezas marinhas. A parte inferior de seu corpo é composta por uma coroa de tentáculos gigantes, longos e musculosos, que se movem com uma lentidão majestosa ou com uma velocidade brutal, conforme sua vontade. Cada tentáculo mede centenas de metros, recobertos por uma pele viscosa, iridescente, com tons que oscilam entre o azul profundo, o verde musgo e o violeta espectral. As ventosas são assimétricas e circulares, com bordas serrilhadas, secretando uma substância ácida que não apenas fixa suas presas, mas as corrói, facilitando a imobilização e a digestão lenta e consciente — um processo mais ritualístico do que biológico, como se cada vítima capturada fosse lentamente integrada ao domínio.
O corpo central ergue-se a partir dessa base tentacular, formando um torso imponente e humanoide, mas com traços marcadamente inumanos: a pele lisa e fria exibe texturas ondulantes que lembram os padrões naturais das pedras vulcânicas submersas e das conchas abissais, proporcionando uma aparência ora mineral, ora orgânica. Seu peito e braços são revestidos por membranas finas, translúcidas, que se estendem como barbatanas laterais, amplificando sua silhueta e permitindo que ela se desloque através das correntes com a mesma eficiência de uma enguia gigante ou de um monstro mítico das fossas. O rosto de Vorthernark, ao mesmo tempo belo e aterrador, possui traços alongados e alienígenas: olhos grandes e fixos, de um verde-fosforescente hipnótico, sem pupilas, que parecem irradiar uma luz fraca nas águas escuras, orientando criaturas e confundindo navegantes. Sua boca, dissimulada pela pele lisa, se abre verticalmente, revelando fileiras concêntricas de dentes curvos e longos, adequados não apenas para rasgar carne, mas também para triturar ossos ou destroçar os cascos das embarcações que ousam invadir seus domínios. Da cabeça de Vorthernark, partem dezenas de filamentos sensoriais, semelhantes a tentáculos finos, que substituem os cabelos e se estendem por metros ao seu redor, funcionando como órgãos táteis que percebem a menor variação nas correntes de água, detectam pulsações de vida e localizam vibrações causadas por embarcações a centenas de quilômetros de distância. Esses filamentos, sempre em movimento, compõem uma coroa etérea e viva que flutua como algas encantadas, conferindo-lhe uma aura.
pacto da besta
afogamento abissal
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Firmar um pacto com Vorthernark, a Senhora dos Mares, é um ato de rendição e aceitação profunda da essência abissal: um reconhecimento de que o mar não é apenas um espaço físico, mas uma força viva, silenciosa e inexorável, que envolve, sufoca e transforma tudo o que toca. Esse pacto não se sela com palavras nem símbolos, mas com uma imersão completa no domínio de Vorthernark, onde o pactuante precisa abandonar por completo o ar dos vivos, submergindo até as profundezas mais escuras e inóspitas, aceitando a pressão esmagadora e o frio absoluto como parte da sua nova natureza. O ritual é conhecido como o Afogamento Abissal. O aspirante deve ser levado até uma fossa oceânica, onde a luz nunca penetrou e onde as correntes frias são tão densas que até a vontade vacila. Ali, envolto pelas águas negras, é envolvido silenciosamente pelos filamentos sensoriais de Vorthernark, que se estendem como serpentes infinitas e delicadas, enrolando-se ao redor do corpo, penetrando pele, pulmões e mente.
Quando a vida parece ter se extinguido, Vorthernark transmite uma parcela de seu núcleo, infundindo a essência marinha no coração do pactuante, reiniciando sua existência de maneira geral. A partir deste momento, o pactuante torna-se um Arauto das Profundezas, um ser híbrido entre o mundo da superfície e o domínio abissal, com capacidades que transcendem as limitações dos seres terrestres. Seu corpo sofre alterações discretas, mas definitivas: a pele torna-se fria e úmida, adquirindo tons azulados ou acinzentados, enquanto por baixo da derme surgem traços musculares que se contraem como os tentáculos de uma criatura cephalópode. Pequenos filamentos sensoriais podem despontar atrás das orelhas ou ao longo da espinha, permitindo-lhe perceber as mudanças nas correntes de ar ou de água, além de captar vibrações e sons a distâncias imensas. O pacto concede ao Arauto o domínio sobre o Abraço Abissal: a capacidade de invocar tentáculos líquidos ou físicos, feitos de pura energia oceânica, para agarrar, imobilizar ou esmagar inimigos. Pode manipular a água à sua volta com precisão quase absoluta, criando redemoinhos, muros de água ou zonas de pressão tão intensas que podem colapsar corpos ou estruturas em segundos. Além disso, o pactuante é imune aos efeitos de pressão e temperatura das profundezas, podendo submergir indefinidamente, resistir ao frio extremo e mover-se com agilidade sobrenatural nas correntes marinhas. O preço deste pacto, entretanto, é a renúncia à terra. O Arauto sente-se cada vez mais deslocado entre os seres que respiram ar e caminham sobre chão firme, desenvolvendo uma atração irresistível pelas águas profundas, um chamado silencioso que sussurra constantemente aos seus pensamentos, puxando-o para longe das costas e dos portos, para o meio do mar, onde o silêncio e a imensidão o aguardam.
poder da besta
abraço abissal
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O poder supremo de Vorthernark, a Senhora dos Mares, é conhecido como o Abraço Abissal, uma manifestação viva e inevitável da vontade do oceano profundo. Diferente das tempestades violentas da superfície ou dos maremotos que rasgam continentes com fúria explosiva, o Abraço Abissal é silencioso, lento e irresistível, como a maré que avança sem pressa e que, ao final, submerge tudo sob sua vastidão escura. Quando Vorthernark ativa esse poder, o ambiente ao redor se transforma de maneira imediata e implacável: as águas se tornam espessas, quase sólidas, como uma muralha líquida que impede o movimento e absorve qualquer tentativa de resistência. O mar ganha uma densidade sufocante, como se todas as correntes convergissem em um só ponto: ela mesma. De seu corpo, dezenas — ou centenas — de tentáculos feitos de matéria líquida e energia abissal se estendem a partir das profundezas ou das sombras submersas, tomando forma sólida onde quer que ela deseje.
Esses tentáculos não são meramente apêndices físicos, mas extensões conscientes de sua vontade, capazes de atravessar quilômetros de distância, emergindo do fundo do mar, dos esgotos das cidades costeiras, dos espelhos d'água mais inofensivos ou até mesmo das chuvas torrenciais que ela convoca. Cada um desses tentáculos é revestido por uma película iridescente e fria, cuja superfície parece feita de um vidro líquido em constante fluxo, e que, ao envolver sua presa, não apenas imobiliza, mas esmaga, afoga e dissolve, como se o corpo capturado estivesse sendo tragado diretamente para as profundezas abissais, mesmo que fisicamente ainda esteja na superfície. O Abraço Abissal é uma prisão e uma sentença: aqueles que são enredados por seus tentáculos sentem o calor e a força vital sendo drenados, a respiração falhando mesmo antes da água ocupar os pulmões, como se o próprio corpo entendesse que a resistência é inútil. Não há gritos sob o domínio de Vorthernark, apenas o estalo úmido dos ossos cedendo sob a pressão colossal e o silêncio do fundo do mar, onde nada mais importa além da presença imensa e indiferente dela. Além do poder físico, o Abraço Abissal permite que Vorthernark manipule a água em escalas continentais: pode gerar vórtices capazes de engolir navios inteiros sem deixar vestígios, criar muralhas de água que isolam territórios costeiros, inundar cidades ou, ao contrário, drenar grandes volumes para formar fossas e abismos onde antes havia terra firme. Ao redor de sua manifestação, a pressão atmosférica cai, os ventos cessam e o próprio tempo parece desacelerar, como se tudo estivesse à espera de ser tragado.
informações adicionais
misterios do mar
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Vorthernark, a Senhora dos Mares, é mais do que uma criatura abissal; ela é a encarnação consciente das forças primordiais do oceano, um arquétipo tão antigo quanto a própria formação dos mares e tão indiferente quanto as marés que seguem seu curso, alheias à vontade das civilizações. Não é apenas uma besta colossal, mas um princípio natural — o aspecto insondável, silencioso e inelutável da água que tudo cobre, apaga e transforma. Em muitas culturas costeiras e ilhas isoladas, Vorthernark é conhecida por diversos nomes: a Mãe das Profundezas, a Rainha das Fossas, ou simplesmente Aquela que Abraça. Não se trata de uma divindade a ser cultuada com esperança de salvação ou benção, mas de uma força a ser reconhecida, respeitada e, acima de tudo, temida. A presença dela nas tradições orais é sempre associada ao desaparecimento súbito de embarcações, à fundação de abismos marítimos.
Sua relação com os seres marinhos é profunda e absoluta. Criaturas como lulas colossais, serpentes oceânicas, cardumes inteligentes e até monstros abissais que jamais emergem respondem instintivamente ao seu chamado, agindo como extensões menores de sua vontade, mantendo o equilíbrio ou o isolamento de regiões submersas. É dito que nas Cavernas de Lótar, um abismo marinho que ninguém ousou mapear por completo, existe um ecossistema inteiro moldado por ela: corais negros que se fecham como presas, algas venenosas que seduzem e paralisam, e correntes que giram eternamente ao redor de um vórtice sem fundo — todas manifestações de sua presença contínua. Vorthernark não age por ira ou vingança, mas por uma espécie de inércia consciente: ela percebe quando os ciclos marinhos são violentamente perturbados, quando as águas são exploradas além de seus limites, quando algo — ou alguém — ameaça romper o equilíbrio silencioso das profundezas. Nesses momentos, ela emerge ou projeta seus tentáculos através do Abraço Abissal, reequilibrando as forças, não necessariamente com destruição absoluta, mas com uma correção que, para os frágeis padrões humanos, parece catastrófica e definitiva. Entre os poucos que estudam ou veneram Vorthernark, há uma convicção unânime: ela não negocia, não aceita barganhas nem pactos que alterem sua decisão. O máximo que os povos costeiros podem fazer é reconhecer sua presença, lançar oferendas ao mar para demonstrar respeito e humildade, e esperar que o oceano, através dela, escolha poupá-los ou, pelo menos, permitir que afundem rapidamente, sem agonia.