pai das viagens
yronmak
INSPIRADO EM SIMBAD
Yronmark não nasceu sob nenhuma profecia, mas o mundo se curvou à sua passagem como se fosse feito para ele. Nenhum mapa bastava para contê-lo. Nenhum mar, por mais violento, ousava negar-lhe a travessia. Era movido por uma fome que não se saciava com ouro, nem com fama — mas com o desconhecido. O horizonte era seu vício, e cada nova costa, uma promessa feita à alma inquieta que o habitava. Diziam que ele era abençoado pelos ventos. Outros juravam que havia feito um pacto com criaturas antigas, trocando seu medo por sorte. Mas a verdade era mais simples: Yronmark confiava mais em seu instinto do que em qualquer deus. Quando todos recuavam, ele avançava. Quando navios afundavam, ele ressurgia em praias onde nunca se pisou. Em vida, visitou arquipélagos submersos e desertos celestes.
Nunca permaneceu muito tempo em um só lugar. Não porque fugia — mas porque sempre havia algo além. Sua coragem não era feita de força, mas de escolha: a escolha de partir, mesmo quando tudo dizia para ficar. A escolha de confiar em si mesmo quando o mundo inteiro era silêncio e água. A escolha de não pertencer a ninguém, exceto ao vento. Com o tempo, seu nome virou símbolo. Herdeiros de Yronmark são raros, pois o legado não escolhe os mais fortes, nem os mais sábios — escolhe os que se recusam a viver entre muros. São aventureiros natos, mestres da evasão, do improviso, da leitura dos sinais invisíveis. Veem padrões nas estrelas, falam com monstros sem palavras e escapam de mortes certas como se fossem apenas desvios de rota. ​Yronmark não teve túmulo. Apenas seu barco vazio, flutuando em um mar calmo, com uma vela rasgada.

história do legado
navegador do inalcansável
Yronmark não foi herdeiro de reinos, nem filho de profecias. Foi moldado pela água, pelo vento e pela solidão. Cresceu entre velas rasgadas e mastros estalando sob tempestades. O mar foi seu berço, o horizonte seu mestre, e o desconhecido sua promessa. Desde jovem, carregava um olhar que via além do visível — como se algo dentro dele soubesse que o mundo conhecido era pequeno demais. Ele não tinha âncora. Cada porto era uma passagem. Cada ilha, um segredo. Navegou por oceanos que nem os deuses nomearam, onde estrelas diferentes nasciam e criaturas que não cabem nos livros observavam em silêncio. Viu cidades escondidas sob as ondas, ouviu o rugido de ilhas flutuantes e escapou de tempestades que pareciam ter vontade própria. Nunca buscava tesouro — buscava sentido.
Mas Yronmark não era apenas um explorador. Era um símbolo de algo maior: a recusa em se limitar. A coragem de seguir mesmo sem garantia de retorno. O instinto de improvisar, de adaptar-se, de ler os sinais que ninguém mais vê. Era o tipo de homem que atravessava muralhas sem tocá-las, que convencia monstros com histórias, e que saía vivo de naufrágios por já ter morrido em sonho antes. Dizem que certa vez ele navegou por um mar de névoa que levava ao fim do mundo. E que, ao chegar lá, jogou fora sua bússola e sorriu. Ninguém mais o viu. Mas seu navio, o Arashi, às vezes aparece ao longe, navegando sozinho em mares desconhecidos. E sempre que um espírito livre decide partir — com uma história no peito e um mapa mal desenhado nas mãos — o vento sopra em favor. O Legado de Yronmark escolhe os que carregam o caos da travessia e a calma da sobrevivência. Os que fazem alianças com tempestades e enxergam caminhos entre as correntes. Os que sabem que tudo que vale ser vivido está além da última costa, uma lenda que poucos conseguirão conhecer no futuro.

habilidades passivas
primeiro desbloqueio
Em Midrel, os Legados não são apenas marcas narrativas ou títulos honoríficos — eles são fontes vivas de poder. Ao serem adquiridos, cada Legado desperta habilidades passivas únicas, profundamente ligadas à essência do herói, figura ancestral ou entidade que o originou. Essas habilidades são desbloqueadas automaticamente no momento da compra, como se o próprio mundo reconhecesse o vínculo selado entre o personagem e a história que ele agora carrega. Essas passivas agem de forma constante e espontânea, sem exigir ativação. Cada Legado possui uma ou mais dessas passivas exclusivas, e nenhuma pode ser obtida por outros meios de forma geral.

instinto do horizonte
Yronmark nunca se perdia — não porque tinha um mapa, mas porque carregava um sexto sentido impossível de explicar. Seus herdeiros despertam essa mesma conexão com os rumos do mundo.
Mesmo quando cercados, confusos ou encurralados, sempre sabem para onde ir. Nunca escolhem o caminho errado. Essa intuição não é mágica: é ancestral. Além disso, pressentem emboscadas, rotas secretas e locais ocultos. Sempre que estiver em terreno desconhecido, o herdeiro recebe melhorias na evasão e consegue detectar armadilhas e mentiras com maior facilidade. Essa habilidade é fundamentada em PERCEPÇÃO e SABEDORIA, pois é através do sentir e do saber.

passo errante
Yronmark era impossível de capturar. Estava aqui — e, no instante seguinte, ninguém sabia mais onde estava.
Essa habilidade torna o herdeiro extremamente difícil de manter sob controle. Efeitos de paralisia, imobilização, lentidão ou confinamento têm eficácia reduzida ou falham completamente. Sempre que estiver em movimento constante, o herdeiro torna-se mais resistente a ataques direcionados, como se o próprio vento o envolvesse em sua dança errante. Em combate, essa passiva permite que ele atravesse zonas de perigo com mais segurança, reposicione-se com leveza e encontre brechas mesmo onde não havia espaço.
Baseada em AGILIDADE e FURTIVIDADE, pois é com leveza e ausência que se quebra o controle.

sopro da fortuna
Dizem que Yronmark fazia o impossível não por força — mas por sorte. Não era uma sorte cega, mas moldada na ousadia de quem aceita as consequências. Herdeiros do seu legado carregam essa sorte viva, que age em momentos extremos. Sempre que estiverem em desvantagem clara — cercados, feridos ou acuados — eventos improváveis podem ocorrer a seu favor: uma falha crítica do inimigo, uma estrutura que desaba no momento exato, uma arma que escorrega das mãos do adversário. Não se trata de truque. É o mundo respondendo a quem se recusa a morrer. Essa habilidade é sustentada por DESTREZA e FÉ, pois a sorte real exige mãos precisas e confiança.

habilidades ativas
conhecimento geral
Em Midrel, os Legados não se limitam a conceder apenas habilidades passivas — eles também despertam habilidades ativas exclusivas, profundamente enraizadas na essência heroica, espiritual ou mítica da figura que originou o legado. Essas habilidades ativas representam manifestações diretas da vontade, do poder ou da memória viva do ancestral, sendo únicas, poderosas e, muitas vezes, transformadoras. Ao adquirir um Legado, o personagem desbloqueia automaticamente uma habilidade ativa vinculada ao núcleo simbólico daquele legado. ​Essas técnicas carregam um peso narrativo enorme e são respeitadas por todos aqueles que estão ao seu redor dentro de uma missão, aliados ou não.
[NÍVEL I] Fenda das Marés - Yronmark era mestre em desaparecer quando o mundo parecia fechado ao redor. Seu herdeiro, ao ativar essa técnica, desliza pela realidade como se o mundo fosse feito de caminhos secretos apenas ele pudesse ver. O herdeiro escolhe um ponto visível e se move até ele instantaneamente, ignorando barreiras físicas, cercos, armadilhas ou áreas de controle mágico. Se o destino estiver em terreno desconhecido, pode surgir em uma posição inesperada, dificultando a reação inimiga. Esse salto entre espaços representa a liberdade absoluta do errante — um rompimento com a lógica do aprisionamento. A habilidade é sustentada por sua AGILIDADE, que permite o impulso súbito e o reposicionamento preciso, e por sua DESTREZA, que mantém o controle absoluto do movimento.

[NÍVEL V] Canto de Cordas - 
[NÍVEL X] Estilhaço das Marés -
[NÍVEL XV] Brumas Esquecidas -
[NÍVEL XX] Marcas do Horizonte -