besta transmutada
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Zhulvar não é apenas um colosso adormecido nas profundezas da terra — é uma entidade onírica mineralizada, uma mente viva que sonha há milênios sob as camadas rochosas do mundo e que faz os outros sonharem com ele. Conhecida como a Besta Oniromante, Zhulvar não se manifesta no plano físico com fúria ou forma definida, mas sim através do inconsciente: invadindo sonhos, distorcendo lembranças, moldando ideias como quem esculpe a pedra com o pensamento. Suas manifestações ocorrem sempre durante o sono profundo dos sensíveis: magos, clarividentes, estudiosos, ou qualquer um que tenha tocado, mesmo que por acidente, uma linha de mana cravada no solo ancestral. Nos sonhos, Zhulvar aparece como uma criatura imensa, envolta em vapor e cristal respirante, com olhos firmes.
Zhulvar habita o subconsciente da terra, um plano mental ancestral que sobrevive através do sono dos mundos. Ele vaga entre memórias minerais, restos de deuses esquecidos, e ecos dos primeiros pensamentos dos titãs. Quando encontra mentes abertas, implanta sonhos que crescem como estalagmites mentais, alterando a maneira como o sonhador pensa, sente ou canaliza energia. Não são raros os casos de conjuradores que acordam com feitiços transformados em estruturas que eles jamais aprenderam — moldados pelas camadas subconscientes esculpidas por ele. Ele é atraído por áreas instáveis, locais onde o plano material se rompe pelo uso exagerado de magia ou trauma antigo, atingindo seus objetivos de maneira grandiosa.
características da besta
conhecimento geral
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Zhulvar é uma entidade abissal, ancestral e silenciosa, temida nos sussurros dos oniromantes e reverenciada pelos raros cultos subterrâneos que ousam estudá-lo. Conhecida como a Besta Oniromante, Zhulvar não possui origem definida, mas tudo indica que sua existência remonta ao tempo em que os sonhos do mundo ainda não eram separados da matéria — quando pensamento, rocha e energia formavam um único fluxo consciente. Ele é considerado o guardião mineral dos devaneios profundos, o responsável por manter selados os sonhos enterrados da própria terra. Diferente de criaturas físicas ou espectrais, Zhulvar age entre planos — ele não anda, não fala, não toca. Ele invade. Suas manifestações se dão em sonhos, em estados de transe e, principalmente, em regiões ancestrais.
Seus sussurros se infiltram durante o sono, alterando a percepção da realidade e plantando símbolos que se expandem nas mentes dos afetados como raízes psíquicas. Aqueles que sonham com Zhulvar começam a se lembrar de coisas que nunca viveram, a esquecer promessas feitas ou a conjurar magias que nunca estudaram. Nos registros mais antigos, Zhulvar é descrito como uma massa viva de obsidiana líquida, com olhos cravados de minerais que giram em padrões impossíveis. Suas nove cristas dorsais — muitas vezes confundidas com caudas ou tentáculos — são canais através dos quais ele transmite visões, delírios e ordens mentais. Quando Zhulvar se manifesta intensamente, os céus permanecem silenciosos, mas o chão vibra em pulsos curtos, como se o mundo estivesse respirando um sonho antigo.
status |
Não-Domável
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habitat |
Subterrâneo
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altura |
6.0 metros;
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comprimento |
18 metros;
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peso |
indefinido;
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dificuldade |
★★★★★
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poder da besta
reverberação oniromântica
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Seu poder passivo mais temido é a Reverberação Oniromântica. Ao entrar em um raio próximo da criatura, os oponentes começam a perder contato com a realidade: seus sentidos se confundem, os sons se tornam vozes de infância, suas armas pesam como culpa e o chão assume formas que remetem a locais dos próprios sonhos. Essa aura cresce em intensidade conforme o combate avança, levando os mais frágeis mentalmente a estados de pânico ou paralisia introspectiva. Essa entidade luta ao lado de Zhulvar, conhece todos os medos e padrões do inimigo, e enfraquece sua mente a cada segundo que permanece ativa. Em alguns casos, ela toma o lugar da vítima, fundindo-se com ela de forma simbólica... e, para o mundo, é como se nada tivesse mudado — mas por dentro, a pessoa nunca mais é a mesma.
Todos os seres conscientes próximos têm suas memórias embaralhadas: aliados viram inimigos, o passado se inverte, magias são conjuradas de trás para frente, e comandos se tornam desejos involuntários. O vórtice suga a essência da sanidade dos envolvidos e a alimenta, tornando-o mais real, mais denso, mais presente. Zhulvar, por fim, é imune a tentativas de leitura mental, ilusões, encantamentos de confusão e compulsão. Essas magias são devolvidas ao conjurador em forma de ecos, muitas vezes com distorções piores. Ele pode inclusive fazer uso de feitiços roubados da mente alheia, reproduzindo magias esquecidas ou jamais lançadas, mas que estavam presentes na imaginação ou nos medos do inimigo, atingindo seus objetivos.
pontos fortes e fracos
CONFRONTANDO A BESTA
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No vasto e selvagem mundo das criaturas, todas as bestas — das mais humildes às mais colossais — carregam em si tanto poder quanto limitação. Nenhuma é invencível, pois cada uma foi moldada pelas forças naturais, mágicas ou divinas que lhes deram origem, e essas mesmas forças impõem um equilíbrio inevitável. Se uma besta domina o fogo, ela pode ser vulnerável ao silêncio ou à ausência de oxigênio. Se carrega uma couraça impenetrável, talvez sua mobilidade seja lenta, ou seus olhos incapazes de enxergar em ambientes de pura luz. Se voa entre as tempestades, talvez não suporte a gravidade das profundezas.
pontoS forteSZhulvar é quase imbatível no domínio mental e onírico. Seu maior ponto forte é a capacidade de manipular a realidade através do inconsciente, transformando pensamentos, medos, lembranças e intenções em armas reais. Ele pode criar zonas de distorção psíquica onde o tempo desacelera, memórias colidem, e o campo de batalha se transforma no reflexo mais instável da mente de seus inimigos. Feitiços lançados perto dele tendem a se fragmentar, mudar de alvo ou se manifestar de maneira diferente do que o conjurador pretendia. Ele é imune a ilusões, encantamentos mentais, compulsões e controle da vontade, pois não possui uma mente fixa ou linear — seu pensamento é cristalizado em múltiplos níveis simultâneos.
PONTOS FRACOSApesar de seu vasto poder psíquico, Zhulvar possui pouca resistência física direta quando ancorado no plano material. Seu corpo, embora de aparência sólida e cristalina, é vulnerável a ataques que carregam âncoras de lucidez, símbolos de foco absoluto, ou magias forjadas a partir de memória verdadeira e identidade consciente. Em ambientes com forte presença simbólica — como templos da clareza, campos encantados com runas da verdade, ou lugares onde juramentos foram cumpridos plenamente — sua influência se torna errática e instável. Zhulvar também é vulnerável a guerreiros e conjuradores que não temem a perda de si mesmos, pois não consegue distorcer o que é naturalmente caótico.
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recompensas da besta
premio de consolação
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No coração do desconhecido, além do medo e do fascínio que as bestas despertam, existe um outro motivo pelo qual tantos ousam enfrentá-las: as recompensas. Cada besta carrega em si algo único, precioso e, muitas vezes, inatingível por qualquer outro meio natural. Seja um fragmento de sua essência, um mineral que só cresce sobre seu dorso, ou uma glândula que destila poder ancestral, as bestas são fontes vivas de relíquias, materiais raros e segredos perdidos. Essas recompensas não são simples espólios de batalha — são partes do mundo que não podem ser encontradas em minas, lojas ou bibliotecas.
nucleo do sonhoUm fragmento mineral opaco, pulsante e quente ao toque, como se contivesse um devaneio prestes a despertar. Esse núcleo é uma condensação real do plano onírico de Zhulvar — pode ser utilizado como componente mágico para aprimorar magias de ilusão, clarividência ou domínio mental, ou ainda como âncora de sonhos conscientes, permitindo ao portador sonhar com total lucidez, invadir planos subconscientes ou esculpir a realidade dentro de sonhos coletivos. Em mãos perigosas, o núcleo também pode ser plantado em outra mente… corrompendo-a de dentro.
cristal do reflexoExtraído das camadas externas do corpo de Zhulvar, esse cristal multifacetado mostra, em vez do reflexo do portador, diferentes versões alternativas de si mesmo — escolhas não tomadas, caminhos rejeitados. Quando usado em combate como amuleto ou foco, permite ao usuário evocar temporariamente uma habilidade ou feitiço que ele poderia ter aprendido, mesmo que nunca o tenha treinado. Fora de combate, é um poderoso item de introspecção mística, mas seu uso excessivo pode causar colapso de identidade.
areia do delírioUm punhado de pó escuro e brilhante, recolhido do solo psíquico deixado para trás após a derrota de Zhulvar. Essa areia não pertence ao tempo, nem à realidade desperta. Ao ser lançada em um ritual, sobre um grimório ou até mesmo ao chão, ela abre um portal temporário para um fragmento do inconsciente coletivo. Pode ser usada para recuperar memórias bloqueadas, acessar verdades esquecidas, causar confusão mental em massa, ou prender temporariamente um inimigo dentro de um ciclo onírico do qual só sairá com auxílio externo. É extremamente perigosa quando manipulada sem foco. Alguns dizem que, se você cair em sono profundo.
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